LC – Conta-nos uma história que pouca gente saiba…
MN – Em 1999, fui contratado pelo Sporting como conselheiro do presidente. A minha missão era mostra-lhe como tudo se movimentava nos corredores do futebol, nomeadamente no campo da corrupção. Estive lá 6 anos e ajudei o clube a ganhar 6 titulos: 2 campeonatos nacionais, 2 Taça de Portugal e 2 Supertaças. O pior foi quando comecei a notar que havia gente dentro do clube que não estava a ser séria e comecei então a investigar os próprios dirigentes do Sporting e descobri que uma grande parte deles tinham um esquema montado onde ganhavam fortunas com a compra e venda de jogadores. Quando alertei o presidente para esse facto e ele tomou algumas medidas, não aguentamos mais de 6 meses no clube. A força da corrupção foi superior à nossa, apesar dele ser presidente.
Marinho Neves, numa entrevista, aqui.
29 de maio de 2014
25 de maio de 2014
Quero lá saber da "décima"
Quero lá saber da "décima" ou do 17º golo do Ronaldo (falta muito para uma primeira página d'A BOLA com "Cristiano Ronaldo, o melhor jogador português de sempre!"?). Quero lá saber do Slavchev, do Cardozo, do multi-milionário que comprou o Valência ou do "Marco Jardim". Quero lá saber se o Jesus vai para o Milan, Carcavelinhos ou se continua nos lamps, ou ainda se o Pinto da Costa continua a sua "intifada" contra o sul. Isso é futebol e futebol papo ao fim de semana. (Alô, Brasil!) O que, verdadeiramente, eu quero saber é porque raio o dono daquela empresa (Sportinveste) que me envia um recibo assim que acabo de fazer uma compra na Loja Verde online e que tão maltrata o site oficial do meu clube, estava a fazer na apresentação pública do livro "Bruno de Carvalho, o herói sem medo". Isso, sim, é o que eu queria saber.
Outra coisa que me deixou intrigado, foi quando vi que o Rui Gomes da Silva, o ultra-lampião do Dia Seguinte, partilhou um texto/post publicado num blog benfiquista (ia escrever lampião mas reconheço que, tendo em conta outros blogs da mesma cor, este é um oásis no meio do deserto) que tinha como título "Importante: A armadilha de Joaquim Oliveira chamada Fernando Seara".
Pensem um minuto: o Rui Gomes da Silva considera que a candidatura de Fernando Seara é contra os interesses do Benfica! wtf?!
Não tenho inside infos, não conheço "alguém que conhece alguém que sabe que é isto que vai acontecer", e como tal, resta-me analisar o que vejo. E o que vejo deixa-me perplexo. Mas se alguém souber explicar, agradeço. Quero lá saber da "décima".
Não percebo. Juro que não percebo. |
Outra coisa que me deixou intrigado, foi quando vi que o Rui Gomes da Silva, o ultra-lampião do Dia Seguinte, partilhou um texto/post publicado num blog benfiquista (ia escrever lampião mas reconheço que, tendo em conta outros blogs da mesma cor, este é um oásis no meio do deserto) que tinha como título "Importante: A armadilha de Joaquim Oliveira chamada Fernando Seara".
Pensem um minuto: o Rui Gomes da Silva considera que a candidatura de Fernando Seara é contra os interesses do Benfica! wtf?!
Não tenho inside infos, não conheço "alguém que conhece alguém que sabe que é isto que vai acontecer", e como tal, resta-me analisar o que vejo. E o que vejo deixa-me perplexo. Mas se alguém souber explicar, agradeço. Quero lá saber da "décima".
18 de maio de 2014
"Ou estão connosco ou contra nós"
"The Great Seal of the United States of America" ou "Esta merda faz-me lembrar qualquer coisa!..." |
Excerto do episódio #10 da série documental "The Untold History of the United States", produzida, realizada e narrada por Oliver Stone:
"E no entanto, é a compaixão pelo outro que, afinal, tem distinguido os nossos líderes excepcionais… seja ele Washington, Jefferson, Lincoln, Roosevelt ou em outras frentes, pessoas como Martin Luther King.
George Bush, ao invés, colocou o mundo de sobreaviso: “Cada Nação, cada região tem agora uma decisão a tomar. Ou estão connosco ou estão com os terroristas.”
E justificando o seu direito de o fazer como uma luta monumental entre o bem e o mal. Imaginem um qualquer cidadão de um qualquer país que um homem como este lhes diga “ou estão connosco ou contra nós.” E imaginem como vocês se sentiriam em relação à América.
O povo americano estava ainda sem saber porque tinham sido atacados ou porque é que o Departamento de Estado começou a avisá-los sobre terrorismo numa lista de países estrangeiros que não parava de aumentar. Mas uma parte crescente do povo finalmente começou a perceber o que a maioria dos não-americanos já sabiam que tinham experienciado na metade final do século passado.
Nomeadamente de que os Estados Unidos eram outra coisa do que professavam ser, que eram na realidade como que um monstro militar que tencionava dominar o mundo.
Em vez de explicar as verdadeiras razões por detrás dos ataques - a forte oposição da Al Qaeda à presença de tropas americanas na Arábia Saudita e o apoio americano a Israel na sua luta continua contra os Palestinianos – Bush balbuciava “Porque é que nos odeiam?”
(os negritos são meus, obviamente)
"Porque nos odeiam", perguntava Bush. Só há dois clubes em Portugal, o Benfica e o anti-Benfica, vocifera Rui Gomes da Silva (e os milhões de lampiões que crêem que foram, propositadamente, roubados na final da Liga Europa porque o Platini assim o decretou).
Isto chegou a um ponto em que, ou estamos com eles ou estamos contra eles. Ou somos do Benfica ou somos anti-Benfica. Esqueçam a rivalidade centenária, esqueçam os derbies, esqueçam os very-lights (Descansa em Paz, Rui Mendes.). Ou Benfica ou anti-Benfica. Parolos do caralho.
Na espuma da ejaculação produzida pelas dezenas de directos dedicados à lampionice nestas últimas semanas, passaram despercebidas várias pequenas notícias e informações.
- O Porto emitiu (mais) um empréstimo obrigacionista no valor de 15 milhões e que pode aumentar de valor consoante a procura. Trocando por miúdos, precisam de guita.
- O Benfica, já disse antes, lançou uma mega-campanha de spam, com o intuito de arranjar mais sócios. Basicamente, a banca fechou a torneira e precisam de guita.
- Nesta semana, surgiram os castigos aplicados ao Man City devido ao fair-play financeiro. Basicamente, "só" têm 60 milhões para gastar esta época mas, como vão se libertar de dois ou três "home grown players", serão obrigados a contratar os respectivos substitutos, ou seja, jogadores ingleses. Portanto, esqueçam Mangala e Fernando no Porto por 55 milhões (como diz hoje o CM). É impossível.
- E como a UEFA vai estar de olho bem aberto aos gastos dos clubes nesta época e nas próximas, esqueçam também os 45 milhões da cláusula do William. Ou os 347939445 milhões do Zenit por Garay, Gaitan, Enzo Perez, André Gomes e C.ia.
Tem pinta de "leão"! |
Sobre o triângulo Sporting, Jardim e (Marco) Silva, que dizer, excepto que "só sei que nada sei"?
Custa-me, claro, ver o Sporting iniciar outra época com novo treinador, novamente a reconstruir algo em vez de continuar a construir o projecto desenhado há tempos. Se é verdade que mais importante que o destino, é a própria viagem, às vezes sinto que o Sporting anda perdido no meio das perigosas estradas do Peru, arriscando cair a qualquer momento no fundo da ravina, enquanto procura alcançar o "El Dorado", isto é, os títulos.
Ontem, enquanto via o Atlético de Madrid sagrar-se campeão ao fim de 18 anos, em casa do Barcelona, pensei várias vezes que, mais do que orçamentos, "estruturas" ou presidentes, o que interessa realmente é a crença em ganhar. Vontade. E o Diego Simeone incutiu essa vontade de ganhar nos jogadores do Atlético. Eu quero um Diego Simeone no Sporting aos anos. O Sá Pinto parecia que podia trazer essa vontade toda mas saltar dos júniores do Sporting para a equipa principal não é o mesmo que iniciar a carreira de treinador no Racing, passar por Estudiantes, River Plate, San Lorenzo e Catania, antes de chegar ao Atlético de Madrid.
Sinto falta de títulos no Sporting. A brincar, a brincar, já passaram 12 anos depois do último título de campeão. Não exijo - não sou capaz - o título na próxima época mas - lamento, Jardim - quero um treinador que eu saiba que, mesmo não o dizendo publicamente, está pensar mesmo em ser campeão. Como o Simeone, que mesmo com a conversa pública do "partido a partido", nós sabíamos, ou pelo menos, dava a entendê-lo, que o gajo estava mesmo a pensar em ser campeão.
Com o Leonardo Jardim eu sei que era mesmo "jogo a jogo" e depois logo se via. E viu-se. Au revoir.
16 de maio de 2014
14 de maio de 2014
Entrevista de Facundo Quiroga ao O JOGO
Craque! |
O futebol argentino já não é o que era: “A pressão chega a ser insuportável”, conta o veterano central que, farto de “episódios negativos”, fez uma pausa na carreira. Diferente era o estado de espírito há 14 anos: como titular, festejava o fim do jejum de títulos no Sporting...
Um, três, sete, onze argentinos vestiram a camisola do Sporting nos últimos 14 anos, mas apenas um foi campeão a dobrar: Facundo Hernán Quiroga. Aliás, as conquistas nacionais de 1999/2000 e 2001/02, as únicas dos leões num intervalo de 32 anos, elevam o central a um lugar singular na história do clube de Alvalade, pois foi o único nascido no país das pampas a ganhar dois títulos. A conversa começou pela efeméride e desaguou num mar de revelações sobre o atual momento do jogador, que, afinal, ainda não encerrou a carreira, apenas a suspendeu, diz, por algum tempo.
Há precisamente 14 anos, Augusto Inácio confiou-lhe um lugar ao lado de André Cruz no centro da defesa do Sporting, na derradeira tentativa para conquistar o título nacional que era uma miragem desde 1982. Houve tremedeira na decisão?
Vínhamos de uma derrota terrível com o Benfica, em Alvalade, e a pressão sobre a nossa equipa era fortíssima. Tínhamos de vencer o Salgueiros, era impossível falhar – por nós, pelo clube, pelos adeptos, por todos. Unimo-nos, mentalizámo-nos, preparámo-nos muito bem durante a semana e chegámos onde queríamos. Com uma boa vitória, compensámos o desaire no dérbi e saímos campeões. Para mim, um miúdo naquele tempo, ter sido titular na decisão foi fantástico. Suportei bem o stress e fiquei feliz por ter contribuído para aquela explosão de alegria. No balneário, foi uma loucura: garrafas de água e bebidas isotónicas pelo ar, toda a gente molhada... Houve muita emoção, uma festa imensa. Foi um momento de libertação, sem dúvida.
À sexta jornada já o Sporting tinha despedido Giuseppe Materazzi e contratado Augusto Inácio para treinar a equipa. Com tanta turbulência, ficaram pasmados com a recuperação e o sucesso final?
Passámos por momentos difíceis, é verdade, mas creio que foi exactamente aí que começámos a ser campeões, porque mostrámos capacidade para passar por cima dos problemas e seguir em frente. Quando se muda um treinador, normalmente é sinal de que alguma coisa não está bem. Fomos melhorando aos poucos e o grupo ficou mais unido, dando tudo pelos objetivos para deixar bem o clube.
No currículo tem ainda o título nacional de 2001/02. Qual foi o que lhe deu mais gozo?
Hum… O segundo. Porque a nível pessoal foi mais complicado. Por causa da grave lesão que sofri num joelho em 1998/99, na minha primeira época do Sporting, tive de demonstrar que realmente tinha valor e estava à altura do que o clube me exigia e esperava. Tinha sobre mim a pressão particular de provar que merecia estar naquele plantel. A cada jogo em que participava, e lembro-me que muitas vezes atuei como lateral e não a central, exigia muito de mim. Correu bem, porque fomos campeões e porque consegui evoluir como jogador.
E agora, aos 36 anos, deixou de jogar, ou, melhor dizendo, fez uma pausa depois de terminada a ligação ao All Boys. Porquê?
Foi uma decisão pessoal. Ultimamente o futebol argentino tem sido dominado pelas pressões: dos dirigentes, porque querem resultados a todo o custo, pelos adeptos, pelas claques mais fanáticas, com as quais temos de lidar. E a verdade é que, com tudo isso, com os insultos que as pessoas nos vão dirigindo nos estádios, a família, mesmo que inconscientemente, também sofre, esteja ela presente ou assistindo pela televisão. Para eu estar mais tranquilo e para que os meus familiares não tenham de passar por situações negativas, decidi dar um descanso e encarar o futebol de outra maneira. Viajava imenso, mas agora tenho mais tempo para os meus filhos, que já estão crescidos. Mas continuo a treinar como um profissional.
Sim? Como se prepara?
Trabalho todos os dias sob a orientação de um treinador que tem rotinas profissionais. E ao fim de semana jogo futebol para não perder a forma. Claro que é tudo mais tranquilo, mais relaxado. O corpo pede-me que treine, que transpire mais,mas a mente sobressalta-se menos. Se houver possibilidade de jogar oficialmente mais seis meses ou um ano, estarei disponível, mas para desfrutar, sempre com responsabilidade, claro. Entretanto vou tirando o curso de treinador.
O futuro passará por aí, ser treinador?
Tenho essa vontade, sim. Com os técnicos e os colegas que tive na carreira, alguma coisa devo ter aprendido.
Costuma ver jogos do campeonato português?
Bastantes. Em parte também me considero um adepto do Sporting e, mesmo na internet, estou sempre atento ao que se vai passando, esperando a cada ano que seja campeão.
Grave lesão num joelho mudou-lhe o perfil
AOS 20 ANOS, EM BOLONHA - Quiroga ainda hoje tem dificuldade em discorrer sobre o episódio “mais triste” da carreira. “Custou-me voltar ao meu melhor nível e isso foi o que me doeu mais”, recorda
Estava em grande forma, já a liderar a defesa do Sporting, quando, no primeiro semestre da temporada 1998/99, sofreu uma grave lesão no joelho direito. Esse infortúnio, aos 20anos, matou-lhe alguns dos sonhos?
Foi o momento mais triste da minha carreira. Aconteceu num jogo da UEFA,em Bolonha. Tinha chegado há pouco tempo ao clube, vinha com todo o entusiasmo de jogar... e depois tive a rotura no ligamento cruzado anterior. Mas também se aprende coma s coisas más. Soube fortalecer o meu lado psicológico, tomando consciência de que no futebol nem tudo são rosas e é preciso ter capacidade para encarar as infelicidades. É passado e é assim que o recordo. Soube ultrapassar essa fase e ter uma carreira que me deixa feliz. Consegui jogar em Itália, na Alemanha e ainda ser internacional A argentino, que era uma das maiores metas.
Percebo que ainda hoje lhe custa falar sobre o incidente ocorrido a 29 de setembro de 1998. A lesão deixou sequelas? Limitou-o fisicamente?
Não, não me condicionou. Mas é verdade que estive muito tempo em recuperação – foram quase dez meses, se bem me lembro. Para uma lesão do ligamento cruzado anterior, foi muito tempo. Esse foi o maior contratempo que tive. Mas depois, graças a Deus, não tive mais inconvenientes. Obviamente, sendo o futebol um jogo de contacto, sempre havia um temorzito. E não vou mentir: custou-me voltar ao meu melhor nível, porque estava a passar por um momento muito bom e sentia-me motivado. Isso foi o que me doeu mais.
Na Europa representou também Nápoles, por empréstimo do Sporting, e Wolfsburgo. Sem a dita lesão, teria jogado nesses campeonatos, mas em equipas com historiais e objetivos mais altos?
Eu acredito que as coisas na vida acontecem por algum motivo. Pensando agora, talvez tivesse jogado noutro país, sim, como também poderia ter assinado por mais anos com o Sporting – que foi sempre impecável comigo – e ter tido outra história no clube. Mas acho que não me prejudiquei. Além do mais, tive duas experiências muito ricas, a primeira no Nápoles, que me deu a oportunidade de jogar assiduamente em 2000/01, recuperando-me para o Sporting – eu precisava de um ano assim; e a segunda no futebol alemão. Sondagens de outros clubes sempre existiram, mas, ou porque eu queria ficar ou porque o Sporting não me queria vender, os negócios que não se deram.
Ronaldo pagou boleias com receita de batidos
Não é para todos: Facundo Quiroga foi colega de Messi na seleção da Argentina, quando o génio do Barcelona começou a ser chamado por Pekerman, e assistiu ao nascimento do fenómeno Cristiano Ronaldo, que teve como companheiro no Sporting na época 2002/03 e ainda na pré-temporada de 2003/04, até Sir Alex Ferguson e o Manchester United o levarem para Inglaterra. Do ano em que o miúdo despontou na primeira categoria dos leões, Quiroga recorda as boleias que lhe deu. “Éramos vizinhos, na Moita, e fizemos o caminho casa- Academia-casa várias vezes. Ainda me ensinou a fazer um batido com um monte de frutos. Era uma receita da mãe dele. E o Ronaldo dizia que lhe fazia bem. Hoje em dia sou um admirador da carreira dele, porque tudo o que conseguiu foi com base em esforço, suor e sacrifício. Quem o conheceu na intimidade, como eu, sabe que ele está a atingir todos os objetivos que tinha quando começou. Vê-lo consagrado deixame contente”, testemunha o argentino.
Rojo já sabe dançar do eixo para lateral
Central no Sporting, lateral na seleção da Argentina: Marcos Rojo muda de posto ao saber da vontade e do critério dos treinadores. Afinal, onde é que o esquerdino rende mais? Em que medida a variação posicional lhe é prejudicial? Quiroga, que até viveu uma experiência do género quando representavam os leões, não vê barreiras nem empecilhos: “Com Mascherano também acontece algo de semelhante. Do que conheço dele, e pelo que posso avaliar dos jogos do Sporting e da seleção, acho que Rojo tem capacidade para fazer bem as duas funções.”
“Inteligência” vai guiá-lo a voos mais altos Simeone está apenas “a aquecer” no Atlético de Madrid
Endeusado em Espanha, o treinador que nesta temporada arrisca ser campeão nacional ao comando do Atlético de Madrid no fim de semana que vem e, no sábado seguinte, dia 24 de maio, em Lisboa, surpreender ainda mais com a conquista da Liga dos Campeões é o mesmo que em 2008, no River Plate, batalhou pela contratação de Facundo Quiroga. “Estou agradecido a Diego Simeone, porque foi ele que me chamou para ser titular. Fiquei com as melhores das impressões, porque é um treinador sagaz, inteligente, não deixa escapar nada e está capacitado para o que se exige na Europa. Não fico nem um pouco surpreendido com o trabalho que está a fazer. No futebol de hoje, em que se vive tanto para os resultados, é difícil um treinador manter-se muito tempo num clube, mas Simeone está apenas a aquecer para outras coisas boas que há de fazer em clubes maiores”, vaticina o antigo central do Sporting, que tem “vontade” de se meter num avião e viajar até Lisboa para assistir ao vivo à final da Champions League e visitar o seu ex-clube: “Vamos ver se é possível. Vontade não me falta.”
P.S. No dia 14 de Maio de 2000, aconteceu isto:
Sporting contrata Oriol Rosell (bye bye William?)
Tem pinta de norte-americano, o gajo. |
Eis os tweets da info:
2. Sporting Lisbon bound Oriol Rosell, who played under Oscar Garcia at #fcb, produced Xaxi like statistics in MLS http://www.sportingkc.com/news/2014/05/beyond-box-score-oriol-rosells-passing-performance-class-its-own …
1. Transfer news: Former La Masia graduate Oriol Rosell returning to Europe. Leaving Sporting Kansas City for Sporting Lisbon #fcb
12 de maio de 2014
Gosto tanto de ti, Sporttv
ATENÇÃO
Recebemos reclamações de direitos de autor relativamente ao material que publicou, nos seguintes termos:
- de SPORT TV Portugal, SA sobre Lateraliza-mos! - Com quem é que joga o Sporting?
ID do vídeo: BkO5COKAvZM - de SPORT TV Portugal, SA sobre A "falta" que Bruno Paixão viu sobre Matic - Com quem é que joga o Sporting?
ID do vídeo: 03btxOdX_ug - de SPORT TV Portugal, SA sobre Funes Mori Vs Cinfães (3ª división Portuguesa) - Com quem é que joga o Sporting?
ID do vídeo: -34Iv7kX5c0 - de SPORT TV Portugal, SA sobre WOW! MUST SEE! BRAGA HOOLIGANS INVADE FOOTBALL PITCH! - Com quem é que joga o Sporting?
ID do vídeo: TnMbyce-sEw - de SPORT TV Portugal, SA sobre Corrida do Sporting 2013 @ Sporttv - Com quem é que joga o Sporting?
ID do vídeo: 40Hw1nnpOnQ
Zulmira
Acaba o campeonato e começa a silly season. Ou será que nunca acaba?...
Ontem, então, foi um fartote. Jardim fica, o projecto vai a meio. Ontem, saiu um comunicado do Sporting, a avisar para não acreditar nas manhas dos jornais, e passou despercebido a quase toda a gente. Marco Silva substitui LJ. Acaba o jogo, LJ não é taxativo em relação à sua continuidade. Marco Silva tem um discurso a roçar a despedida. Começam os programas "desportivos". LJ vai para o Mónaco, diz o cabrão do Hugo Gilberto, na RTP Informação. A pergunta da semana é sobre quem deve ser o próximo treinador do Sporting. Surpreendeu-me que não tenham colocado o Paulo Fonseca como hipótese. LJ tem uma oferta concreta do Mónaco, diz Pedro Sousa, ex-director de comunicaçãode Godinho Lopes do Sporting. LJ e Bruno de Carvalho já não se falam ao tempo, diz o Paramés. Também pensei o mesmo quando vi a cara de enfado de BdC no banco, quando estávamos a jogar mal como o crl e prestes a sofrer a primeira derrota em casa. Na SIC Notícias, parece o António Oliveira até aventou a hipótese de LJ ir para o Benfica!!
Admitamos: nós não somos muito diferentes das mulheres. Nós também gostamos de acompanhar telenovelas.
Hoje, Marco Silva sai, oficialmente, do Estoril. E vai para onde? Sporting? Benfica? Braga? Mónaco? Entretanto, a Antena 1 "apurou" que não houve nenhuma proposta dirigida ao Sporting e/ou Leonardo Jardim. Wtf?
E se Jorge Jesus, após a final da Taça de Portugal, sair do Benfica (para o Mónaco ou para o Milan, como sugeriu Pedro Sousa?) e entrar o Marco Silva? O senso comum ditará que foi uma vitória do Benfica sobre o Sporting. Se for para o Braga, então... "Fomos comidos mais uma vez", como já "tínhamos" sido com o Rafa.
LJ não olha a meios para atingir os fins. LJ nunca fez mais do que uma temporada num clube em Portugal. LJ sai sempre a meio dos contratos. LJ come as mulheres dos presidentes. LJ é um psicopata. LJ, bardamerda.
Perdemos o jogo ontem, com o Estoril de Marco Silva(!), jogámos mal e o LJ é uma merda, não sabe motivar os jogadores, não deu oportunidade aos putos da equipa B, anda a queimar o Carrillo (quando em Abril apostava nele), o Marco Silva é que era. E agora vai para o Benfica!... Merda.
Já estamos a perder 1-0 e ainda agora começou a pré-pré-temporada. A boa notícia é que o Mónaco não quer comprar BdC. Ainda há tempo para empatarmos isto antes de começar o jogo.
Não encontrei melhor imagem para ilustrar o conceito de silly season. |
Ontem, então, foi um fartote. Jardim fica, o projecto vai a meio. Ontem, saiu um comunicado do Sporting, a avisar para não acreditar nas manhas dos jornais, e passou despercebido a quase toda a gente. Marco Silva substitui LJ. Acaba o jogo, LJ não é taxativo em relação à sua continuidade. Marco Silva tem um discurso a roçar a despedida. Começam os programas "desportivos". LJ vai para o Mónaco, diz o cabrão do Hugo Gilberto, na RTP Informação. A pergunta da semana é sobre quem deve ser o próximo treinador do Sporting. Surpreendeu-me que não tenham colocado o Paulo Fonseca como hipótese. LJ tem uma oferta concreta do Mónaco, diz Pedro Sousa, ex-director de comunicação
Admitamos: nós não somos muito diferentes das mulheres. Nós também gostamos de acompanhar telenovelas.
Hoje, Marco Silva sai, oficialmente, do Estoril. E vai para onde? Sporting? Benfica? Braga? Mónaco? Entretanto, a Antena 1 "apurou" que não houve nenhuma proposta dirigida ao Sporting e/ou Leonardo Jardim. Wtf?
E se Jorge Jesus, após a final da Taça de Portugal, sair do Benfica (para o Mónaco ou para o Milan, como sugeriu Pedro Sousa?) e entrar o Marco Silva? O senso comum ditará que foi uma vitória do Benfica sobre o Sporting. Se for para o Braga, então... "Fomos comidos mais uma vez", como já "tínhamos" sido com o Rafa.
LJ não olha a meios para atingir os fins. LJ nunca fez mais do que uma temporada num clube em Portugal. LJ sai sempre a meio dos contratos. LJ come as mulheres dos presidentes. LJ é um psicopata. LJ, bardamerda.
Perdemos o jogo ontem, com o Estoril de Marco Silva(!), jogámos mal e o LJ é uma merda, não sabe motivar os jogadores, não deu oportunidade aos putos da equipa B, anda a queimar o Carrillo (quando em Abril apostava nele), o Marco Silva é que era. E agora vai para o Benfica!... Merda.
Já estamos a perder 1-0 e ainda agora começou a pré-pré-temporada. A boa notícia é que o Mónaco não quer comprar BdC. Ainda há tempo para empatarmos isto antes de começar o jogo.
10 de maio de 2014
Reino da águia
O que é que eu penso sobre o momento e o futuro do Sporting? É difícil, perante tanta informação e contra-informação, perspectivar o que será a próxima época do Sporting. No final da época passada, todos - mas mesmo todos! - esperavam que nos batêssemos pelo 3º ou 4º lugar, pois os dois primeiros seriam, inevitavelmente, Porto e Benfica. Acabámos em 2º e, como disse o Adrien, não estivemos até ao fim a lutar pelo título porque aconteceram algumas coisas.
O presidente diz que, para a próxima época, somos assumidamente candidatos ao título desde o início; o treinador diz que "é preciso criar condições" para tal. Ora bem, vou dizer o que eu penso.
O maior candidato a ser campeão na próxima época é o Benfica. E o Porto será o maior candidato ao 2º lugar - aquele que dá acesso directo à Liga dos Campeões -, com o Sporting na espreita, como esteve esta época. Perante todos os factos, não consigo antever mais nada. Não sabemos quem fica, quem sai, se LJ fica, se sai... só nos resta aguardar.
A dinastia do Porto acabou. E como já disse em posts anteriores, não foi nesta época que acabou. As vitórias de pirro da última época e mesmo da anterior, ocultaram a podridão que invadiu o reino do Dragão. O Flopetegui só veio para o Porto porque era barato e porque já não há 18 milhões para pagar por um Danilo qualquer. Agora é tempo de ir às sobras do Barcelona e Real Madrid B.
Não tenham dúvidas: morte ao Dragão, longa vida à águia!
Que sorte que a Benfica TV teve... no ano em que se torna "paga" e transmite os jogos do clube em sinal fechado, eis que JJ consegue o impossível e alcança o "tetra"...! Não será alheio o pormenor de a Marktest (ou alguém usando este nome) andar a telefonar aleatoriamente (?) aos portugueses, com a desculpa de estar a fazer um estudo de mercado, e andar a perguntar se eu admitiria subscrever uma "nova" Benfica TV caso esta tivesse outra designação, tipo "Footv" ou algo do género.
O império de Luís Filipe Vieira alcançou a velocidade de cruzeiro. Ainda que a mais recente campanha de angariação de sócios - onde enviaram 4,5 milhões de folhetos pelo correio - mais pareça uma desesperada acção de "spam", destinada a angariar "guito" junto dos benfiquistas, pois o Banco de Portugal mandou fechar a "torneira" dos bancos aos clubes de futebol, é inegável assumir que o reino da águia está a ocupar, se é que já não ocupou, o lugar que durante os últimos 30 anos era do Futebol Clube do Porto.
Importa referir a diferença entre Sporting e Benfica. Enquanto que, para se ser sócio do Benfica, apenas basta estar sentado em casa à espera de um folheto que caia na caixa do correio, nós, Sportinguistas, temos de ser nós, voluntariamente, a efectivar o acto. Sem pavillhão, sem a Caixa Geral de Depósitos a patrocinar, sem Câmaras a facilitar, sem a RTP a ajudar e sem o Governo a dar a mão, só nos resta a nós próprios, somente a nós, Sportinguistas, a ajudar a crescer o nosso grande amor, o nosso Sporting.
Missão Pavilhão, aqui.
(É muito fácil ser-se benfiquista.)
A propósito:
""Segundo os presidentes das colectividades e os proprietários, as Casas do Benfica vivem de resultados e se o Benfica não ganha, existe menos gente a vir ver o jogo e a comprar bilhetes. “No início da época foi alarmante. Chegámos a vender só cinco bilhetes para os jogos. Para este jogo vendemos 106”, adianta António Chaparro"
Presidente da Casa do Benfica de Samora Correia, na semana passada, no jornal regional, O Mirante.
A nossa esperança é que a notícia de hoje do L'Équipe seja verdadeira e que o Jorge Jesus já tenha mesmo assinado um pré-contrato com o Mónaco, aquele clube cujo director desportivo é um tipo chamado Luís Campos e que uma vez conseguiu treinar dois clubes na mesma época e onde ambos acabaram por descer de divisão. Ah, g'anda Jorge Mendes!
Só espero é que amanhã, em Alvalade, os Sportinguistas não batam palmas ao Marco Silva, tal como fizeram, há uns anos, ao Rúben Micael...
O presidente diz que, para a próxima época, somos assumidamente candidatos ao título desde o início; o treinador diz que "é preciso criar condições" para tal. Ora bem, vou dizer o que eu penso.
O maior candidato a ser campeão na próxima época é o Benfica. E o Porto será o maior candidato ao 2º lugar - aquele que dá acesso directo à Liga dos Campeões -, com o Sporting na espreita, como esteve esta época. Perante todos os factos, não consigo antever mais nada. Não sabemos quem fica, quem sai, se LJ fica, se sai... só nos resta aguardar.
A dinastia do Porto acabou. E como já disse em posts anteriores, não foi nesta época que acabou. As vitórias de pirro da última época e mesmo da anterior, ocultaram a podridão que invadiu o reino do Dragão. O Flopetegui só veio para o Porto porque era barato e porque já não há 18 milhões para pagar por um Danilo qualquer. Agora é tempo de ir às sobras do Barcelona e Real Madrid B.
Não tenham dúvidas: morte ao Dragão, longa vida à águia!
Que sorte que a Benfica TV teve... no ano em que se torna "paga" e transmite os jogos do clube em sinal fechado, eis que JJ consegue o impossível e alcança o "tetra"...! Não será alheio o pormenor de a Marktest (ou alguém usando este nome) andar a telefonar aleatoriamente (?) aos portugueses, com a desculpa de estar a fazer um estudo de mercado, e andar a perguntar se eu admitiria subscrever uma "nova" Benfica TV caso esta tivesse outra designação, tipo "Footv" ou algo do género.
O império de Luís Filipe Vieira alcançou a velocidade de cruzeiro. Ainda que a mais recente campanha de angariação de sócios - onde enviaram 4,5 milhões de folhetos pelo correio - mais pareça uma desesperada acção de "spam", destinada a angariar "guito" junto dos benfiquistas, pois o Banco de Portugal mandou fechar a "torneira" dos bancos aos clubes de futebol, é inegável assumir que o reino da águia está a ocupar, se é que já não ocupou, o lugar que durante os últimos 30 anos era do Futebol Clube do Porto.
Vou preencher o meu com o nome "Jacinto Leite Capelo Rego" |
Importa referir a diferença entre Sporting e Benfica. Enquanto que, para se ser sócio do Benfica, apenas basta estar sentado em casa à espera de um folheto que caia na caixa do correio, nós, Sportinguistas, temos de ser nós, voluntariamente, a efectivar o acto. Sem pavillhão, sem a Caixa Geral de Depósitos a patrocinar, sem Câmaras a facilitar, sem a RTP a ajudar e sem o Governo a dar a mão, só nos resta a nós próprios, somente a nós, Sportinguistas, a ajudar a crescer o nosso grande amor, o nosso Sporting.
Missão Pavilhão, aqui.
(É muito fácil ser-se benfiquista.)
A propósito:
""Segundo os presidentes das colectividades e os proprietários, as Casas do Benfica vivem de resultados e se o Benfica não ganha, existe menos gente a vir ver o jogo e a comprar bilhetes. “No início da época foi alarmante. Chegámos a vender só cinco bilhetes para os jogos. Para este jogo vendemos 106”, adianta António Chaparro"
Presidente da Casa do Benfica de Samora Correia, na semana passada, no jornal regional, O Mirante.
A nossa esperança é que a notícia de hoje do L'Équipe seja verdadeira e que o Jorge Jesus já tenha mesmo assinado um pré-contrato com o Mónaco, aquele clube cujo director desportivo é um tipo chamado Luís Campos e que uma vez conseguiu treinar dois clubes na mesma época e onde ambos acabaram por descer de divisão. Ah, g'anda Jorge Mendes!
O jornalista diz que o JJ já sabe falar "um pouco de francês". Ah, então era isso que ele tem vindo a falar nas flash-interviews! |
Só espero é que amanhã, em Alvalade, os Sportinguistas não batam palmas ao Marco Silva, tal como fizeram, há uns anos, ao Rúben Micael...
8 de maio de 2014
Até tu, Federação?
"Agora «inventaram» que a Federação P. de Futebol nasceu em 1914. Apenas interrompeu funções, delegando-as na Associação de Futebol de Lisboa, entre 1910 e 1914. Mas é anterior, pois claro.
Bem, ao menos são os únicos do meio futebolístico que dão uma data oficial posterior à data real da fundação. Em vez de darem uma anterior (isso, sim, é «milho» neste meio).
CAMPO DA FEITEIRA, com a Igreja de Benfica em fundo.
Primeira Selecção Nacional de Futebol.
Data: 1911.
Camisolas ainda azuis e brancas, que foram as primeiras da Selecção, porque a bandeira teve essas cores até 1910 e a encomenda chegou atrasada, em Novembro de 1910.
Acabem de vez com a ignorância militante e generalizada de que as primeiras camisolas da Selecção Nacional eram pretas, vermelhas, roxas, verdes e encarnadas ou seja lá o que for. As primeiras camisolas da Selecção Nacional foram azuis e brancas, bipartidas. Antes disso, por falta de dinheiro, a Selecção jogou, em Huelva, com as camisolas do Sporting (verdes e brancas, bipartidas).
Em 1910 o único organismo representantivo do Futebol Português era a Associação de Futebol de Lisboa (a Federação fora, provisoriamente apenas, suspensa nesse ano, regressando em 1914).
É com este equipamento que os «seleccionados» jogam. Entre eles, estão fundadores do Sporting, do Benfica e do Belenenses.
-- OUTRO ASSUNTO:
À atenção de Paulo Castelhano e de José Valente, ilustres investigadores do bairro de Benfica, deixamos uma parcela do que, sobre o Campo da Feiteira, escreveu Marina Tavares Dias no livro História do Futebol em Lisboa:
«O Grupo Sport Benfica fora fundado no final de Julho de 1906, tendo como primeiro presidente José Duarte. A festa de apresentação do novo clube teve lugar a 2 de Setembro de 1906, constando do programa uma série de provas velocipédicas, uma prova de pedestrianismo e uma gincana. Esta preferência pelo pedestrianismo e pelo ciclismo tinha a sua razão de ser: na época, Benfica era praticamente pleno campo, com as casas baixas limitadas ao perímetro da velha estrada que seguia para a Porcalhota*. Tratava-se do terreno ideal para correr ao ar livre, entre quintas e matas, ou para passear de bicicleta, aproveitando a longa estrada quase sempre deserta. O futebol estava, pois, fora dos planos iniciais de actividades, para o Sport Benfica. Mas acabou por ser introduzido uns meses mais tarde, por iniciativa da direcção, tendo a angariação de sócios sido alargada aos limites do bairro para que pudesse arranjar-se dinheiro para comprar a bola.*
O major Faria Leal, antigo dirigente do Sport Benfica, revelaria mais tarde: «O futebol tomou logo de princípio enorme incremento e adquiriu-se, por arrendamento, na Quinta da Feiteira*, de que era proprietário o brasileiro comendador César José de Figueiredo, um campo. Este campo, hoje ocupado pelo grande bairro fronteiro à igreja de Benfica, e que foi arrendado por uma ridicularia, fora um extenso faval sulcado de regos, que foi convenientemente trabalhado à enxada pelos próprios sócios, para que pudesse ser adaptado ao jogo. O facto de sermos o primeiro clube que possuía campo próprio atraiu à nossa convivência os jogadores de outros clubes, principalmente os do Sport Lisboa, que como todos eles, se treinavam e jogavam nos areais de Alcântara e Belém, ou no Largo da Luz. Desta convivência resultou, mais tarde, a união Sport Lisboa e Benfica, que subsistiu até hoje.»*
O novo clube, resultado da fusão, passou a ostentar no emblema o símbolo do Sport Lisboa (a águia) e o do Benfica (a roda de bicicleta). Aos sócios do Sport Benfica foram dados os números mais baixos na nova colectividade. Em compensação, o equipamento aprovado foi o de Belém, com camisola encarnada e colarinho e punhos brancos e calções também brancos. (etc.,etc.) — com Cosme Damião, Francisco Stromp e Belenenses Equipa em Igreja De Benfica."
Fonte: Lisboa Desaparecida
https://www.facebook.com/lisboadesaparecida.marinatavaresdias/photos/a.224008765148.176613.223989515148/10152283829800149/?type=1
CAMPO DA FEITEIRA, com a Igreja de Benfica em fundo.
Primeira Selecção Nacional de Futebol.
Data: 1911.
Camisolas ainda azuis e brancas, que foram as primeiras da Selecção, porque a bandeira teve essas cores até 1910 e a encomenda chegou atrasada, em Novembro de 1910.
Acabem de vez com a ignorância militante e generalizada de que as primeiras camisolas da Selecção Nacional eram pretas, vermelhas, roxas, verdes e encarnadas ou seja lá o que for. As primeiras camisolas da Selecção Nacional foram azuis e brancas, bipartidas. Antes disso, por falta de dinheiro, a Selecção jogou, em Huelva, com as camisolas do Sporting (verdes e brancas, bipartidas).
Em 1910 o único organismo representantivo do Futebol Português era a Associação de Futebol de Lisboa (a Federação fora, provisoriamente apenas, suspensa nesse ano, regressando em 1914).
É com este equipamento que os «seleccionados» jogam. Entre eles, estão fundadores do Sporting, do Benfica e do Belenenses.
-- OUTRO ASSUNTO:
À atenção de Paulo Castelhano e de José Valente, ilustres investigadores do bairro de Benfica, deixamos uma parcela do que, sobre o Campo da Feiteira, escreveu Marina Tavares Dias no livro História do Futebol em Lisboa:
«O Grupo Sport Benfica fora fundado no final de Julho de 1906, tendo como primeiro presidente José Duarte. A festa de apresentação do novo clube teve lugar a 2 de Setembro de 1906, constando do programa uma série de provas velocipédicas, uma prova de pedestrianismo e uma gincana. Esta preferência pelo pedestrianismo e pelo ciclismo tinha a sua razão de ser: na época, Benfica era praticamente pleno campo, com as casas baixas limitadas ao perímetro da velha estrada que seguia para a Porcalhota*. Tratava-se do terreno ideal para correr ao ar livre, entre quintas e matas, ou para passear de bicicleta, aproveitando a longa estrada quase sempre deserta. O futebol estava, pois, fora dos planos iniciais de actividades, para o Sport Benfica. Mas acabou por ser introduzido uns meses mais tarde, por iniciativa da direcção, tendo a angariação de sócios sido alargada aos limites do bairro para que pudesse arranjar-se dinheiro para comprar a bola.*
O major Faria Leal, antigo dirigente do Sport Benfica, revelaria mais tarde: «O futebol tomou logo de princípio enorme incremento e adquiriu-se, por arrendamento, na Quinta da Feiteira*, de que era proprietário o brasileiro comendador César José de Figueiredo, um campo. Este campo, hoje ocupado pelo grande bairro fronteiro à igreja de Benfica, e que foi arrendado por uma ridicularia, fora um extenso faval sulcado de regos, que foi convenientemente trabalhado à enxada pelos próprios sócios, para que pudesse ser adaptado ao jogo. O facto de sermos o primeiro clube que possuía campo próprio atraiu à nossa convivência os jogadores de outros clubes, principalmente os do Sport Lisboa, que como todos eles, se treinavam e jogavam nos areais de Alcântara e Belém, ou no Largo da Luz. Desta convivência resultou, mais tarde, a união Sport Lisboa e Benfica, que subsistiu até hoje.»*
O novo clube, resultado da fusão, passou a ostentar no emblema o símbolo do Sport Lisboa (a águia) e o do Benfica (a roda de bicicleta). Aos sócios do Sport Benfica foram dados os números mais baixos na nova colectividade. Em compensação, o equipamento aprovado foi o de Belém, com camisola encarnada e colarinho e punhos brancos e calções também brancos. (etc.,etc.) — com Cosme Damião, Francisco Stromp e Belenenses Equipa em Igreja De Benfica."
Fonte: Lisboa Desaparecida
https://www.facebook.com/lisboadesaparecida.marinatavaresdias/photos/a.224008765148.176613.223989515148/10152283829800149/?type=1
7 de maio de 2014
6 de maio de 2014
"Pass and move" do William no The Guardian
The gifs that keep on giving: karate kick, scary skiing and the perfect pass
Featuring a churlish baseball fan, impressive hand-eye coordination on the badminton court and a glorious nutmeg
Thanks for all your suggestions on our last gifs blog.
Pass and move
http://www.theguardian.com/sport/blog/2014/apr/26/gifs-keep-giving-karate-skiing-perfect-pass-basketball
Tristes e felizes
Um dos autores da famosa série 'Allo 'Allo!, David Croft, ajudou também a escrever a série que contava as aventuras que se passavam numa mansão inglesa dos anos 20, chamada You Rang, M'Lord? Era uma espécie de Downton Abbey mas em comédia. De um lado, tínhamos as peripécias da aristocrata família Meldrum, onde se incluia uma filha lésbica, um tio depravado por criadas e uma "lolita" apaixonada por um criado. Do outro, tínhamos os criados: a cozinheira e verdadeira "dona de casa" e o polícia que quer casar com ela, o orfão Henry que passa a vida a levar calduços, a criada (e inocente) Ivy, e depois, as verdadeiras estrelas da série: dois velhos conhecidos da I Guerra Mundial e que vão trabalhar juntos para a mansão Meldrum, o mordomo Alf Stokes e, abaixo na hierarquia, o criado James Twelvetrees.
Alf, o mordomo, é baixo e atarracado e passa vida a tentar enganar os outros. É a personagem mais popular da série. Engana a cozinheira, de quem se finge apaixonar, obrigando-a a cozinhar dois bolos por dia, pensando que são para alimentar os orfãos, quando na verdade são para Alf os vender na pastelaria do bairro, ficando ele com o dinheiro. Bebe as garrafas de vinho do Porto e whisky do patrão à sucapa. Do orçamento para a cozinha, mete sempre algum para o bolso. Não perde a oportunidade para conduzir o Bentley do patrão. Toda a gente gosta dele. Todos confiam nele. Menos James, que o conhece desde os tempos da guerra e sabe bem como é Alf: um aldrabão sem escrúpulos.
James, por seu lado, é um tipo alto e dono do seu nariz. É orgulhoso e honesto. Quando a matriarca da mansão, Lady Lavender, já demente, resolve oferecer as jóias da família à criada Ivy (filha de Alf e eterna apaixonada por James...), James Twelvetrees, contrariando a opinião de Alf em vendê-las e partilharem o dinheiro entre si, decide que devem comunicar ao patrão o que se passou. Assim foi feito. Quando Alf sugere alguma falcatrua em benefício dos criados, James nega sempre, o que o vai tornando antipático aos olhos de quem o rodeia. Honestidade acima de tudo.
Durante as três ou quatro temporadas que demorou a série, Alf ia "vencendo" os episódios, conseguindo passar sempre incólume às burlas e enganos que foi fazendo às pessoas mais próximas de si.
No último episódio da série, porém, após a família Meldrum ter ido à falência e os empregados terem sido despedidos, acomédia acção termina com um Alf triste e sozinho a fumar uma cigarrilha enquanto observa James a caminhar no horizonte, de mão dada com Ivy e com duzentas e tal libras na conta bancária, fruto de anos de poupança. Felizes.
Alf, o mordomo aldrabão e popular. |
Alf, o mordomo, é baixo e atarracado e passa vida a tentar enganar os outros. É a personagem mais popular da série. Engana a cozinheira, de quem se finge apaixonar, obrigando-a a cozinhar dois bolos por dia, pensando que são para alimentar os orfãos, quando na verdade são para Alf os vender na pastelaria do bairro, ficando ele com o dinheiro. Bebe as garrafas de vinho do Porto e whisky do patrão à sucapa. Do orçamento para a cozinha, mete sempre algum para o bolso. Não perde a oportunidade para conduzir o Bentley do patrão. Toda a gente gosta dele. Todos confiam nele. Menos James, que o conhece desde os tempos da guerra e sabe bem como é Alf: um aldrabão sem escrúpulos.
James, não é a pessoa mais popular da rua mas também não rouba. |
James, por seu lado, é um tipo alto e dono do seu nariz. É orgulhoso e honesto. Quando a matriarca da mansão, Lady Lavender, já demente, resolve oferecer as jóias da família à criada Ivy (filha de Alf e eterna apaixonada por James...), James Twelvetrees, contrariando a opinião de Alf em vendê-las e partilharem o dinheiro entre si, decide que devem comunicar ao patrão o que se passou. Assim foi feito. Quando Alf sugere alguma falcatrua em benefício dos criados, James nega sempre, o que o vai tornando antipático aos olhos de quem o rodeia. Honestidade acima de tudo.
Durante as três ou quatro temporadas que demorou a série, Alf ia "vencendo" os episódios, conseguindo passar sempre incólume às burlas e enganos que foi fazendo às pessoas mais próximas de si.
No último episódio da série, porém, após a família Meldrum ter ido à falência e os empregados terem sido despedidos, a
3 de maio de 2014
Manha
A coluna de opinião de hoje do João Querido Manha é acintosa, digna de um director qualquer do jornal do Benfica. Como é possível?
2 de maio de 2014
1 de maio de 2014
Forza Juve!
O que é que me preocupa neste momento? Que os lamps ganhem a Liga Europa.
Não sou hipócrita e não gosto do Benfica. Como dizem os anglófonos, as simple as that. Se os adeptos do Grande Torino, de quem os dirigentes do Benfica tanto gostam de confraternizar, não querem que a Juventus ganhe hoje, porque razão os adeptos do Sporting não podem desejar o inverso?
Se os lamps ganham hoje, têm caminho aberto para vencer a Liga Europa e juntando esse título ao de campeão nacional, vencedor da Taça de Portugal e Taça da Liga, tenho 15 anos de lamps a moerem-me o juízo. Obrigado, mas não. Forza Juve!
Nem vou falar na cena UEFA-Platini-Juventus-Enzo-cabala, de tão patético que foi. Patético. O Eduardo Barroso explicou-o bem.
Disse que era o resultado dos lamps contra a Juventus que me preocupava mas claro, o resultado na Madeira preocupa. Preocupa porque estamos em Portugal. E o presidente do Conselho da Disciplina da FPF (acho que é assim que se chama) chama-se Herculano Lima. O mesmo que decidiu a cena da Taça da Liga assim. E o Porto quer os três pontos do jogo de Alvalade. Pronto. É só por isso que me preocupa o jogo, de resto encaro-o como um jogo de pré-época, testar jogadores e tal.
Daqui a duas semanas, preocupar-me-ei com a próxima época do Sporting.
Até lá... disfrutar. Fruta, 'tão a ver?
Não sou hipócrita e não gosto do Benfica. Como dizem os anglófonos, as simple as that. Se os adeptos do Grande Torino, de quem os dirigentes do Benfica tanto gostam de confraternizar, não querem que a Juventus ganhe hoje, porque razão os adeptos do Sporting não podem desejar o inverso?
Se os lamps ganham hoje, têm caminho aberto para vencer a Liga Europa e juntando esse título ao de campeão nacional, vencedor da Taça de Portugal e Taça da Liga, tenho 15 anos de lamps a moerem-me o juízo. Obrigado, mas não. Forza Juve!
Nem vou falar na cena UEFA-Platini-Juventus-Enzo-cabala, de tão patético que foi. Patético. O Eduardo Barroso explicou-o bem.
Disse que era o resultado dos lamps contra a Juventus que me preocupava mas claro, o resultado na Madeira preocupa. Preocupa porque estamos em Portugal. E o presidente do Conselho da Disciplina da FPF (acho que é assim que se chama) chama-se Herculano Lima. O mesmo que decidiu a cena da Taça da Liga assim. E o Porto quer os três pontos do jogo de Alvalade. Pronto. É só por isso que me preocupa o jogo, de resto encaro-o como um jogo de pré-época, testar jogadores e tal.
Daqui a duas semanas, preocupar-me-ei com a próxima época do Sporting.
Até lá... disfrutar. Fruta, 'tão a ver?