25 de junho de 2016

Regresso ao futuro (do Sporting)

Finais de junho, pleno verão, oitavos do Europeu, Portugal elimina a Croácia e só consigo pensar no Sporting. Mais precisamente, no título que o Sporting perdeu esta época. Sim, o título era nosso e perdê-mo-lo, ainda sem saber bem como.

Estava tudo a correr maravilhosamente bem, com golos, vitórias e boas exibições - a melhor época do Sporting que me lembro! - e, no entanto, o Benfica foi campeão. Como os ingleses costumam dizer, "it beggars belief". Custa a acreditar.


No início do segundo filme da saga "Regresso ao Futuro", tudo aparenta estar a correr sobre rodas a Marty McFly, o herói da trilogia: tem, inacreditavelmente, uns pais de sonho e irmãos que não embaraçam ninguém e ainda um carro - só dele! - para poder levar a namorada ao baile de finalistas. Carro esse que é limpo até à exaustão por Biff Tannen, o arqui-rival da família McFly. "🎵Marty McFly is on fire, rest of the world is terrified! 🎶 "

O que é que pode correr mal? Tudo.



Isto é o equivalente ao LFV estar a limpar as taças do museu do Sporting.



Já não me lembro quando pressenti que não iríamos ser campeões - se no empate em Guimarães, na derrota com os lampiões ou até mesmo quando soube que Montero tinha sido vendido - mas sabia que algo não estava bem, tinha havido alguma alteração no momentum do Sporting e que acabou por alterar a dinâmica vencedora com que tínhamos iniciado a época.


Quando Dr. Emmett Brown, o homem que ajudou, ainda que inadvertidamente, Marty McFly quase a atingir os píncaros da felicidade no final do primeiro "Regresso ao Futuro", proporcionando a hipótese de almejar o ambicionado final de noite pós-baile de finalistas junto com a sua namorada, os persuade a viajar até ao futuro, de modo a salvar o filho de ambos de uma ida para a prisão, Marty nunca poderia imaginar o que lhe iria acontecer. Biff Tannen, o do futuro, assiste a uma discussão entre Marty e Dr. Brown, após o primeiro ter comprado numa loja de antiguidades uma revista com resultados desportivos do século passado. Já todos sabemos o que aconteceu a seguir: Biff Tannen recolhe a revista do caixote do lixo, viaja até ao passado, entrega a revista ao adolescente Biff Tannen e este altera a história, apostando em resultados desportivos, tendo como guia a "Sports Almanac".



Não há nenhum de 2016-2056?.. :(



Ninguém me tira a ideia que durante esta última época, houve um Luís Filipe "Tannen" Vieira do futuro a viajar para o nosso presente e que avisou LFV para não emprestar Renato Sanches a nenhuma equipa da 1ª Liga, para não renovar com Júlio César tão prontamente (e dar oportunidade ao Ederson) ou para que LFV não perturbasse Vítor Pereira o suficiente para que este se mantivesse no seu cargo até ao final - e tratasse de providenciar o "colinho" necessário para nos conseguirem roubar o campeonato. Só assim consigo compreender como foi possível perder este campeonato que era nosso.


Não me lembro como termina exactamente o "Regresso ao Futuro III" mas sei que Marty McFly e Dr. Emmet Brown tiveram de recuar até ao ano 1888 para poderem neutralizar as "diabrices" que nos fizeram (processos Jorge Jesus, dos "cachecóis", SMS, tweets João Gabriel, etc) e colocar em ordem o "presente"mas creio que esta iniciativa de revertermos os títulos que nos pertencem dos Campeonatos de Portugal dos anos 20 e 30 são um bom sinal que estamos aí para "regressarmos ao futuro". Até porque Marty McFly e Dr. Emmet Brown me fazem lembrar Bruno de Carvalho e e Jorge Jesus. :D






20 de junho de 2016

Campanhas #2

A análise do Carlos Daniel ao jogo de Eric Dier desta noite, contra a Eslováquia. Duas curiosidades: não conseguiu dizer nem a palavra "Sporting" nem a palavra "lateralizar".




Campanhas

Enquanto que na BBC, as primeiras palavras de Rio Ferdinand, Jermaine Jenas e Alan Shearer eram elogiosas para o jogo que William Carvalho fez contra a Áustria, já na RTP3, o primeiro comentário de Carlos Daniel, o "Guardiola" do comentário desportivo, sobre William foi logo para o criticar. Felizmente, Costinha defendeu bem William do ataque vil do benfiquista de Paredes.








Lá elogiou um passe longo de William para, logo de seguida, espetar mais uma farpa e, pasme-se, ousar até associar o William ao termo inventado por Luís Freitas Lobo, o infame "lateralizar", isto depois de Danilo ter feito um jogo completamente "lateralizado" contra os islandeses, ao ponto de, com uma pequena mazela ou não, Fernando Santos o ter substituído por William Carvalho. Felizmente, Peseiro também entalou bem o "Guardiola".

Ah, velhos tempos...

Ah, velhos tempos quando se podia ser anti e ninguém se indignava...

Os adeptos do FC Porto recordaram com cartazes o erro de Rui Patrício do jogo da Seleção Nacional que resultou no golo do empate de Israel.



Ahh, espera, para alguns jogadores ainda se pode ser anti:





Campanha anti-Renato

Concordo plenamente com os dois directores adjuntos dos dois maiores jornais desportivos do país: é uma vergonha a campanha anti-Renato que está a ser feita pelos portugueses.

















A sério, isto é demencial. São eles, os directores de jornal, que vêem "fantasmas" em todo o lado.