28 de julho de 2013

Serenidade ou "tranquilidade v2.0"

A primeira nota de destaque para o jogo de apresentação de ontem entre o Sporting e a Real Sociedad vai para o minuto de silêncio antes da partida, em memória do trágico acidente rodoviário de Santiago de Compostela. É que não foi mais um simples minuto silêncio habitual que estamos acostumados a ver nos estádios portugueses, em que aos 5 segundos, o silêncio é interrompido por um tipo a bater palmas e que mete todo o estádio a fazer barulho durante o suposto… minuto de silêncio. Ontem não, ontem foi um verdadeiro minuto de silêncio. Palmas.



Minuto de silêncio, Sporting - Real Sociedad por SangueLeonino



Palmas foi o que se ouviu durante os primeiros 20 minutos da "nova" Curva Sul, pois parece que, depois de um elemento da Juve Leo ter colocado uma tarja um pouco por cima da tarja dos Directivo, estes não gostaram e pararam de bater palmas e de apoiar o Sporting a partir daí. Nem sei que dizer sobre isto. Tal como não soube o que dizer quando o Carlos Xavier disse que não sabia se ia ao jogo de ontem, pois ainda "não tinha recebido nenhum convite". Palhaçada. Ou só eu sei porque não somos campeões.


Quando vi os jogadores desfilarem para a apresentação, fiquei desiludido. Tudo por causa de um nome, Ilori. A sério que fiquei. Para mim, Ilori é mais precioso que Bruma. Por uma razão simples; extremos há aos pontapés, defesas centrais já é mais difícil. Mais difícil do que encontrar defesas centrais em Alcochete, só encontrar (bons)defesas centrais na 2ª divisão brasileira. Confesso, fui um dos que torceu o nariz quando vi aquele auto-golo no Canadá mas ontem… Fiquei deveras surpreendido com a exibição – e não foi pelo golo – que o Maurício protagonizou. Até quando pode, julgo que aos 65 minutos. Indisposição, diz ele. ‘Tava todo roto, digo eu.

Cédric. Não percebo como é que um tipo que sabe falar alemão e tudo, é tão… burrinho em campo. Da exibição dele, recordo-me de um passe (falhado) dele, mesmo em frente a Leonardo Jardim, na segunda parte, e que deu origem a (mais) um contra-ataque (não me chamo Jorge Jesus) dos espanhóis. Isto porque também me lembro de um lance exactamente igual, mas com Vercauteren no banco e a meter as mãos à cabeça assim que Cédric falhou um passe. Tal como Leonardo fez ontem. Metam mas é o Cédric a ver vídeos do Philipp Lahm.

Patrício esteve tão bem como se de um jogo de despedida se tratasse. Wait!...

Jefferson não fez esquecer Insúa (ainda) mas só com o jogo de ontem já fez esquecer um tal de… Joãozinho. (1 milhão! Ahhahahah). 

William “Yaya Touré” Carvalho fez um jogo do… caraças! Sempre a tentar jogar ao primeiro toque, não se limitando a tarefas defensivas, prático, simples, tudo aquilo que Rinaudo não é.  E eu sou um grande admirador do argentino…

Começamos o jogo com 6 jogadores vindos da formação e iniciámos a 2ª parte com 7. Acho que nos 19 ou 20 jogadores, 10 são da "cantera". Enough said. E uma palavra à paciência de Wilson Eduardo que, após Bettencourt, Costinha, Paulo Sérgio, Carvalhal, Godinho Lopes, Vercauteren, Domingos, Sá Pinto, conseguiu aguentar-se no Sporting de modo a, finalmente, concretizar o sonho antigo de jogar ao lado do seu irmão, João Mário, com a camisola do Sporting.


Finalmente, quero apenas destacar o treinador. Como escrevi ontem ou anteontem, finalmente temos um treinador a sério. E que diferença faz! Imagino estes jogadores ontem sob o comando de, por exemplo, Sá Pinto. Estão a ver um formigueiro quando mandamos para lá um bocado de açúcar? Era assim o Sporting de Sá Pinto (e Vercauteren). 

Com Jardim, temos serenidade e organização. Se calhar era por isso que o Antero Henriques o queria para o Porto.

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