24 de agosto de 2013

Lei do Caralho

A questão que se coloca a seguir é, o que fazer com Bruma?

E, se dantes ainda tinha a ousadia de dar a minha posta de pescada para quem quisesse ouvir ler, neste momento, após estas sucessivas “pequenas” vitórias – são vitórias, não há que ter medo da palavra – de BdC perante a banca, agentes, jogadores e agora, a uma comissão da Liga, já não tenho coragem de encher um post com “Eu acho que”. Não quero nem saber. Confio totalmente no Presidente do Sporting Clube de Portugal. A sério, 'tou-me a cagar. Que sera, sera.

Epah, não me recordo de uma vitória na secretaria tão retumbante como esta sobre o Bruma e e o seu séquito de parasit… perdão, tutores e advogados, desde… nunca?? A sério, não me recordo de o Sporting ter ganho algo tão importante como isto na secretaria. Uma redução de 100 euros numa multa de 5000, uma diminuição de um jogo num castigo de dois, ok, isso lembro-me. Agora algo assim? Nunca.

Continuando, não quero saber o que se passará com Bruma. Se continua, se é vendido, se fica na Academia a dar voltas ao campo durante uma época. O que eu sei é que o paradigma mudou. Andámos meses e meses a ouvir falar na Lei de Murphy – que diz, basicamente, que se algo poderá correr mal... então irá correr mal – e agora parece que entrámos num mundo novo, numa lei nova, numa Lei do Caralho – Se algo pode correr bem, é porque vai correr bem -, onde não há espaço para birras, amuos, incompetência, infantilidades e jogos às segundas-feiras à noite. (Ok, com certeza que jogaremos uma vez ou outra neste horário, mas mesmo assim… primeira jornada a um domingo, às 15h45m?? Aposto que FSF, JEB e GL nem sequer tentaram alguma vez alterar o horário do primeiro jogo da época em Alvalade.)

Ok, não sabia que imagem colocar, por isso escolhi a 1ª que aparece após busca por "Lei do Bruno de Carvalho"

Claro que vamos perder jogos. Óbvio que o caso “Bruma” não vai ficar por aqui. Com certeza de que, muito dificilmente, realizaremos lucro com a saída de Bruma do Sporting. Mas a cena é que, com quase toda a certeza, o mesmo iria acontecer se o presidente do Sporting fosse um “roquettista” e pior, ainda fosse Godinho Lopes. E ainda pior, é saber que iríamos continuar a perder jogos e a perder jogadores como Bruma, não por que lutássemos contra a corja que gravita à volta da Academia, mas por simples… medo. Basta ler a entrevista de BdC ontem n’A BOLA, quando fala sobre a saída de Edgar Ié para o Barcelona e de Amido Baldé para o Guimarães. Ou a renovação milionária de Adrien. Tudo decisões impulsionadas pelo medo.

Se querem perceber os efeitos que o medo consegue produzir no seio de qualquer grupo ou, particularmente na mente de qualquer pessoa, basta ver o esquema táctico que JJ introduziu no jogo contra o Marítimo, na primeira jornada da Liga. Foi, nitidamente, uma táctica alimentada pelo medo - ainda escaldado pelo épico "triplete" da época passada -, do receio de perder, com 2 trincos a meio campo e Enzo Peréz - que jogou a trinco a época passada - a extremo-direito, não para atacar, mas para ajudar Maxi Pereira. E qual foi o resultado final dessa táctica do medo? A inevitável derrota.

Acabou-se o medo em Alvalade. O medo de reagir, o medo de dizer “não”, o medo de perder jogadores para clube “x” ou “y”.


Perdeu-se o medo de sermos o que somos: um clube enorme.

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