17 de setembro de 2013

Festival Eurovisão da Canção

Olho para a classificação, vejo o Sporting em 2º lugar, sorrio e, claro – “quem nunca”, como pergunta  a Manuela Moura Guedes -, sonho em ser campeão. Mas esse sorriso desvanece-se em dois segundos quando me lembro ,que após Rui Costa e Olegário, ainda falta defrontar Capela, Duarte Gomes, Paixão, Baptista e Rui-o-tal-que-foi-condenado-no-Apito-Dourado-Silva, entre outros.

Depois, temos sempre de contar com as ajudas “extras” que Porto e Benfica irão beneficiar dos seus clubes “vizinhos” (politica e geograficamente falando), como Arouca (Pedro Emanuel), Académica (Sérgio Conceição) ou Rio Ave (Espírito Santo), que funcionam como incubadoras dos futuros treinadores do Porto. O Benfica optou por trocar empréstimos de jogadores por contratos televisivos. Já meteu debaixo da sua “asa” o Farense e falou-se no Académico de Viseu e ainda no primodivisionário Marítimo.

Com esses clubes-satélite já sabemos que os 3 pontos vão sempre parar ao bolso do Porto ou Benfica, tipo aquelas votações do Festival Eurovisão da Canção onde os 12 pontos do Azerbaijão, Cazaquistão, Ucrânia e restantes ex-Repúblicas Soviéticas, que vão sempre parar à Rússia.

Meus amigos Sportinguistas, não tenham dúvidas, será tão ou mais difícil o Sporting ser campeão do que Portugal ganhar o Festival Eurovisão da Canção.


Equipamento alternativo para ir jogar ao Dragão. 

Isto é o Benfica e o Porto a irem ao Festival a cantar em inglês, com um som bem pop e com umas bailarinas todas descascadas e o Sporting a cantar um fadinho, em Português e sem luzes ou efeitos especiais a acompanhar. Podemos não ganhar, mas aquele orgulho bem lusitano ninguém nos tirará.

É que, por necessidade e cada vez mais por convicção, o Sporting é uma equipa que se orgulha de jogar com (muitos) portugueses na equipa. No domingo, foram sete. S-e-t-e. E sim, conto o Eric (ou “Érique”, como os colegas portugueses o tratam) como português, até porque fala melhor a língua de Camões do que muitos outros portugueses ditos de nascimento. Desde 2002/2003 que só por uma vez não jogámos com um jogador da formação no onze inicial. Em 2007, contra o Fátima, no estádio do Restelo. Dez anos sempre a jogar com putos da Academia… é obra.

Putos da Academia, Made in Alcochete, facto enaltecido e muitas vezes elogiado na imprensa nacional… Not! O que interessa colocar nas capas e escrever nas crónicas é que o golo do Montero foi em fora-de-jogo! (btw, quando me vêm falar nisso, respondo sempre – e responderei sempre nos próximos anos – “limpinho, limpinho.”)

Agora, imaginem, por um momento, como seriam as capas dos jornais se o benfica jogasse (e ganhasse) com 7 jogadores da formação no 11 titular. Assombroso, não é?


Como disse, vai ser (muito) difícil sermos (já) campeões esta época. Por ora, ficaria contente com um regresso ao Festival Eurovisão da Canção, ou seja, um regresso às competições europeias. Não posso exigir mais.

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