"Pressão, linhas altas e futebol vertical". E ainda acrescentou que "defender à moda antiga deixou de estar na moda". O Sporting, com JJ, joga à "moda antiga" e é delicioso de se ver. Bola nos pés, jogo controlado, tabelinhas, até chegar à grande área e... centrar para o Bas Dost. Quando funciona, é perfeito, tão perfeito como um relógio suíço. O problema é que há jogos em que o adversário está a jogar o tal futebol de 2016: pressão, linhas altas e futebol vertical e o Sporting não tem pedalada para isso. Na Europa, então, é por demais evidente. Apesar do Benfica se ter remetido à defesa após o 2º golo, a verdade é que jogam um futebol mais parecido com aquele que Jonathan Wilson referia: mais vertical, mais pressão, mais remates...
Há dias em que jogar "perfeito" não chega. Há jogos em que a vitória tem de ser "inventada". Contrariar o destino. Lembro-me de jogos do melhor Mourinho (mais no Inter, mas também no Real e Chelsea) que, a meio do jogo, pareciam perdidos. E conseguiu-os vencer, não graças à qualidade em si mesmo (dos jogadores) mas à vontade (de Mourinho e dos jogadores). Ganharam porque quiseram ganhar, não porque estavam a jogar melhor.
No Sporting de JJ, na maior parte das vezes, ganhamos porque jogamos melhor, porque somos melhores do que o adversário. Mas costumamos perder - jogos e pontos - porque o adversário "quis" mais do que nós. Desde Sá Pinto, que não vejo ninguém que sinta a camisola listada como ela deve ser sempre sentida. Fico sempre com a sensação de que os jogadores do Sporting, principalmente os que sabem o que é o Sporting, podiam ter dado mais, aquele "extra", aquelas 'ganas' de quererem mais do que os outros... Os outros "comem a relva", atiram-se para o chão, fingem lesões, pressionam o árbitro; tudo e mais alguma coisa para ganhar. Os nossos jogam bom futebol. Pois bem, isso às vezes não chega.
Neste fim de semana, o Real Madrid ganhou nos últimos 10 minutos da partida, um jogo que estava perdido. Lembro-me que mandei um tweet a dizer algo do tipo "Ganharam graças à vontade de ganhar". É uma maravilha ver as 'ganas' com que todos os jogadores do Real Madrid se lançaram à procura da vitória, sem terem "vergonha" de se mandarem para o chão a pedir penalties ou "medo" de empurrar adversários... Aquele sururu antes do 3º golo, junto do guarda-redes contrário é importante, porque pressiona o adversário, influencia o destino, contraria-o. Às vezes, tem de se ganhar "feio". Como o Benfica costuma fazer contra o Sporting.
É por isso que fiquei mais fodido com o banana do William (e outros, excepto o Coates) não ter levantado a merda dos braços a reclamar penalty do que com o árbitro por não ter o ter marcado. O Porto dos anos 90/00, além da "fruta" e bons jogadores, tinha aquela coisa de "comer a relva" e que era o tal "plus", aqueles centímentros ou segundos "extra" que os jogadores do Porto davam à equipa, naquela obsessão de ganhar. Ganhar. Ganhar. E que este Benfica dos anos 2010's começa a ter... O Sporting, que eu me lembre, nunca teve.
Só o Coates é que se lembrou de protestar... |
P.S. Sobre a arbitragem de Jorge Sousa... qual é o espanto?
Concordo em parte. De facto o Sporting teve mais remates, cantos e ocasiões criadas. A eficacia é que não foi a melhor...
ResponderEliminarMas sim, há um problema de ganas.. falta um Beto Acosta que meteu o Paulinho Santos KO, por exemplo. Ou um Slimani..
Exactamente. Não diria melhor. Os jogadores do Sporting passam a imagem de serem uns bons rapazes que não metem medo a ninguém. Não é preciso serem a fruta, mas continuamos a ser muito macios em todos os aspectos.
ResponderEliminarduas pequenas notas: benfica não teve mais remates... apenas mais eficácia, que é o que ganha o jogo de domingo.
ResponderEliminarQuanto às "ganas" infelizmente, e embora concorde com o essencial, que o Sporting perdeu mais por demérito próprio, se o Sporting jogasse como jogou o Madrid nesses minutos finais teria de certeza uma ou duas expulsões do jorge sousa.
Obviamente, não perdemos apenas por falta de 'ganas'... mas com um pouco mais delas, talvez não tívessemos, pelo menos, perdido.
ResponderEliminarObrigado pelos comentários!
SL
Uma das maiores falácias do futebol é que ganha quem tem “mais vontade”...
ResponderEliminarQuase nunca isto é verdade porque na maioria dos jogos a “vontade de ganhar” é similar, e nos “grandes jogos”, entre grandes equipas, ainda mais essa vontade de ganhar” se equipara e equilibra...
Outra das maiores falácias do futebol é olhar para um jogador absolutamente extraordinário, como William Carvalho, e dizer que lhe “falta vontade de ganhar” (ou de protestar), apenas e só porque tem características técnicas que em muito se sobrepõem às capacidades físicas, precisamente o inverso daquilo que acontece com o seu congénere Fejsa, imensamente inferior tecnicamente, mas cuja “entrega física” dá a entender ter muito mais “vontade de ganhar”...
O Fejsa, o Pizzi, o Nélson Semedo, o Jimenez, ou até o Ederson (guardião “activo” versus guardião “passivo”), não têm mais “vontade de ganhar” que o William, o Marvin, o Bryan Ruiz, o Dost, ou até o Rui Patrício (guardião de perfil mais clássico/”passivo”), simplesmente apresentam uma disponibilidade física superior, que quase sempre se conjuga com uma qualidade técnica inferior, e é a partir das características dos jogadores que os treinadores constroem os sistemas e os “modelos”, sejam eles mais de “contra-ataque”/futebol tendencialmente caótico/descontrolado/feio, sejam mais de “ataque continuado”/futebol consequente/rendilhado/ “bonito”.
As equipas são “programadas” para jogar um determinado futebol, quase sempre tendo por base as características e capacidades dos jogadores dirigidos por treinadores competentes, e é óbvio que os treinadores não conseguem nem podem fazer com que, a meio de um jogo, os seus jogadores mudem de características, ou esqueçam aquilo que foi treinado durante a semana...
É da natureza de um sistema mais de “posse de bola” e de ataque continuado que, quando a equipa adversária tem uma qualidade idêntica, se fecha bem, ou até se adianta no marcador, que a paciência do adepto dessa equipa se esgote com mais facilidade, que o adepto dessa equipa deseje ver um ataque mais rápido, um desfecho mais directo, uma resolução mais veloz, um equipa com mais “vontade de ganhar”, tudo falácias na mente de quem tem a percepção de que “os jogadores não correm”, “os jogadores não estão a dar o máximo”, “os jogadores são uns bananas” porque não se viram para o árbitro nem protestam um penalti em vez de tentarem rematar à baliza (hein?!)...
Nem sempre “querer é poder”, e nem todos os jogos são o Real Madrid contra o (SuperFraco) Depor, nem todos os jogos são uma alegre e feliz corrida contra o tempo, uma “recuperação à pressão em 10 minutos”, entre um clube de “Galácticos” e outro de “Merdáticos”...
Não se pode comparar um jogo com tão grande desproporção de forças com um dérbi entre os dois mais fortes clubes de Portugal...
ResponderEliminarMas podem-se comparar “espíritos”, e aí é verdade que o “espírito lampião” é irmão do “espírito merengão”, ou não fossem ambos os clubes-símbolo das duas ditaduras ibéricas, ou seja, clubes de espírito prepotente, arrogante, e ditatorial, e também é verdade que se pode traçar um paralelo entre “espírito leonino” e o “espírito catalão”, ou não fossem ambos clubes-símbolo de uma forma resistente, poética, e bela de estar no desporto, de apreciar o “futebol-arte”, de “privilegiar o futebol-espectáculo”, de fazer valer o preço do bilhete, de ter orgulho no Ecletismo, na Academia, “nos jovens da Academia e da La Masía”, e normalmente a maioria dos adeptos do Sporting e do FC Barcelona orgulham-se de ser de um clube de princípios e valores desportivos e éticos, orgulham-se de vencer com classe, com inatacável superioridade, e panache, mas o problema acontece quando a vitória não aparece na consequência natural de quem “pratica o melhor futebol”, de quem joga melhor, de quem tem mais posse de bola, de quem remata mais, de quem acerta mais vezes entre os postes (como aconteceu no dérbi com o Sporting), o problema surge quando a acepção Universal de que “quem melhor joga está mais perto de ganhar” se demonstra falível, demasiado falível perante um futebol excessivamente volúvel, selvagem, e dominado por uma mão esquerda que passa a bola para a mão direita e, no contra-ataque, já “fodemos a lagartagem”!
Aí chega o “alto e para o baile”! Grita uma parte dos ex-adeptos do futebol-arte, “que se foda a arte”, berram eles, é preciso correr, ouviste “William Pastelão”?
É preciso ranger os dentes, com a faca atravessada na dentadura ensanguentada, escutaste “Bryan Paradão”?
É preciso “mais vontade de ganhar”, percebeste “Dost Travadão”?
É preciso ser um “guardião activo”, entendes, seu “Franguício-2º-melhor-do-mundo-em-2016-depois-do-Buffon”?
Esta cambada de meninos acha que se ganha os jogos a praticar o melhor futebol?! Não Senhor! Os jogos ganham-se a lutar, a arranhar, a escavar, a escavacar, a moer o juízo à lagartada, a bombardeá-los no campo, na bancada, e no banco de suplentes, a varrer como um zagueirão cujo prazo de validade expirou há um montão, a correr como um pezudo orelhudo, a jogar a bola com as duas mãos como um estrábico destravado, a beneficiar de um árbitro que não marca um penalti contra o SLB no Estádio da Luz porque nenhum árbitro marca um penalti contra o SLB no Estádio da Luz (a menos que, nos últimos minutos, haja uma diferença de 3 ou mais golos e seja necessário calar a lagartada porque já passaram demasiadas épocas sem um penalti na “Catedral”), porque vivemos numa Ditadura Lampiónica que queremos transformar numa Ditadura Nossa, uma Ditadura que subjugue os outros da mesma forma que eles nos subjugam a nós... Com mau futebol mas com muita “mais vontade” de “roubar”... E como este país adora roubar... E como a táctica se mistura com as emoções, e com as contradições tácticas e históricas, e com o espírito do tempo, e com a raiz dos clubes, e dos regimes fascistas, regimes do século passado, ou então mais do presente...
@JMF
ResponderEliminarObrigado pelo extraordinário comentário. SL
Obrigado pelo elogio
ResponderEliminarGosto de ler quem escreve de forma reflectida sobre o futebol, como é obviamente o seu caso, um indivíduo que lê o Jonathan Wilson tem claramente gosto em dar uso aos neurónios, mas nem sempre as verdades gerais se aplicam a situações concretas...
O facto de uma equipa praticar melhor futebol não significa automaticamente que tenha melhores jogadores que uma equipa que pratica um futebol menos agradável à vista, significa apenas que ou o treinador tem um gosto por um futebol de posse (Guardiola/Wenger), ou o treinador entende que esse futebol de posse é o mais indicado para atingir os seus objectivos (JJ, que um dia chegou a dizer que "a posse de bola é uma treta", criou de facto uma "ciência alternativa"...),aliás, a maior prova de que nem sempre praticar o melhor futebol é a melhor solução (principalmente para equipas menos dotadas tecnicamente) está no Rayo Vallecano de Paco Jemez, tão elogiado e tão referenciado pelos "puristas da bola", tão gabada a sua coragem de estar a vencer por 1-0 ou 2-0 e continuar a atacar "de forma quase suicida" as defesas de Real Madrid e FC Barcelona, que acabava sempre por levar um saco cheio para casa (meia dúzia ou mais!), não havia problema, diziam os seus defensores, "o que interessa é o estilo, a posse de bola, e a Coragem", mas os sacos tornaram-se tão cheio, e tão pesados, que o Rayo já não mora na primeira, e o Paco foi entretanto despedido do poderoso Granada (no topo da tabela invertida) e despachado para o México...
A discussão entre "bom futebol" Vs "resultadismo" Vs "posse de bola" Vs "futebol directo" Vs "Música Clássica" Vs "Rock & Roll" Vs "Obrigação de jogar como um clube grande" Vs "cobardia de ter os melhores jogadores e jogar como um clube pequeno" será eterna porque não há fórmulas perfeitas, mas quem tem o Messi, o CR7, o Ibra, ou o fdp do Ederson (sim, tem um jogo de pés impressionante e uma agilidade felina) estará sempre mais próximo de vencer...
Poder-se-à até concluir que o "melhor sistema" é aquele que tem os "melhores jogadores", até porque ao longo da História houve muitos casos em que os treinadores diziam para jogar de determinada forma e alguns jogadores geniais decidiam que era preciso jogar de outra (como Cruyff ou Maradona)...
ResponderEliminarA verdade é que (regressando às raízes psico-históricas) o SLB sempre teve um espírito mais combativo e lutador ("Sou de um clube lutador, que luta com fervor", canta o seu hino...) que o SCP, e a origem desse espírito é claramente anterior à Ditadura...
É preciso não esquecer que eles andaram com a "casa às costas", a lutar pela sobrevivência, cerca de meio século, e são mesmo o "clube do povo", enquanto o Sporting sempre foi um clube de e para os privilegiados (daí os nossos fundadores terem rejeitado o Cosme "filho de carroceiro" Damião com a votação das "bolas pretas"...), a quem as vitórias e as glórias chegariam por decreto e superioridade natural de uma intocável aristocracia desportiva...
Até aos anos 40/50 estava tudo a correr bem, mas depois "raptaram" o Eusébio (junto com o António Simões, o Coluna, e o Germano, que estiveram todos com "um pé no Sporting"), o Salazar aceitou finalmente o "profissionalismo no futebol", e o resto da história já toda a gente conhece...
Quanto às "ganas" infelizmente, e embora concorde com o essencial, que o Sporting perdeu mais por demérito próprio, se o Sporting jogasse como jogou o Madrid nesses minutos finais teria de certeza uma ou duas expulsões do jorge sousa.
ResponderEliminarNão estaria mais de acordo... andamos a ser disciplinados pelos árbitros e isso condiciona.
Se virem, normalmente o Adrien, que é o capitão (acho que pelas regras é quem pode argumentar com o árbitro) é quem refila mais, mas mesmo ela tenta controlar rapidamente os colegas quando estas começam "esticar-se".
Este jogo com o Setubal, vi sem óculos e não tenho vontade de rever o jogo, mas tenho quase a certeza que houve um par de faltas que não existiram, algumas duvidosas que não havia dúvida contra quem marcar.
E outras que só eu devo ter visto....
Agora de cor, lembro-me uma falta mais que clara de Gauld à entrada da área que à vista do árbitro deve ter sido simulação de Gelson...
Já nºão sei se sou eu que ando a ser "lavado" por esta CS Sportinguista ou se isto está assim tão mau.
@JMF
ResponderEliminarEu não sou um profundo conhecedor de futebol (não fazia ideia disso do Rayo Vallecano de Paco Jemez) nem de tácticas. Gosto de futebol, vejo bastantes jogos mas gosto muito mais do Sporting. Também gosto bastante de saber da história do Sporting e dos inícios do futebol português, as suas origens, as fundações dos clubes... Agora, o que eu quero mesmo é ver o Sporting a ganhar e, quando escrevo, faço-o de uma forma libertadora, de desabafo e com uma estúpida e útopica ideia alguém do Sporting há-de ler o que escrevo e que vai seguir os meus conselhos. Só isto. Como não tenho muito jeito para a literatura e tácticas, socorro-me muito de exemplos para ilustrar o que penso, seja cenas de filmes, séries ou textos escritos por outrém (Jonathan Wilson, por exemplo). Torna-se mais fácil, para mim, exprimir o que penso. E o blog é mesmo isso: um sítio onde escrevo o que penso, por muito absurdo que possa ser o que penso. Como disse, não tenho curso de treinador nem sou escritor. Há blogs por aí que são escritos por "especialistas"; eu não sou.
Agora, sobre o que escreveu, tenho de lhe perguntar isto: essa história do Cosme Damião, de ter sido negada a sua entrada no Sporting... já li alguns livros sobre origem dos clubes e a única referência a esse facto que encontrei - e mesmo assim, foi superficialmente e sem esse exemplo das "bolas pretas" -, foi num livro da Martina Tavares Dias, "História do Futebol em Lisboa". Não me lembro de ter lido sobre isso em mais lado nenhum, "oficial", digamos assim. Isso confirma-se mesmo? Sempre disse que o Benfica nasceu da inveja do Benfica (de Cosme Damião), de o Sporting ser o clube-modelo que Cosme Damião tinha em mente quando foi ter com os dirigentes do Sport Clube Benfica, a sugerir a união dos clubes.
Para terminar, é verdade que o Benfica, historicamente, sempre foi um clube (e equipa) mais "combativa e lutadora" e é isso que eu digo, para não menosprezarmos essas virtudes na competição que é o futebol português. Continuo a achar que faz falta a este Sporting, dentro de campo, mais 'ganas'.
Obrigado pelos comentários,
SL
@Pedro, eu falo como mero adepto. Gostaria de ver esta equipa com mais 'ganas', de moerem a cabeça aos árbitros e roerem as canelas aos adversários. Mas também percebo (e muito bem!) que isso significaria dar um "alibi" aos árbitros para punirem ainda mais os jogadores. JJ lá saberá o que devem fazer os jogadores, como é óbvio, mas visto de fora, acho que há espaço para podermos jogar um pouco mais "duro" e feio.
Obrigado! SL
Nos primeiros anos a "admissão de novos sócios constituía um privilégio de casta, dependente de uma votação restrita aos 10 “sócios principais”, através de bolas brancas e pretas, bastando duas pretas para eliminar qualquer candidato".
ResponderEliminarFoi assim que eliminaram a proposta de entrada de Cosme Damião no Sporting (um erro histórico, obviamente), e a principal prova de que Cosme Damião quis mas não lhe foi permitida a entrada no Sporting (por ser fraco jogador da "segunda categoria", e filho de gente pobre, o pai era "carroceiro", ou seja, fazia o transporte de bens alimentares numa pobre carroça puxada por um burro)está numa entrevista a Cândido Rosa Rodrigues: “Por uma decisão infeliz dos nossos dirigentes um colega do antigo Sport Lisboa não foi alinhado na equipa do Sporting. Este, despeitado (…), entrou para a equipa do Grupo Sport Benfica e, por sua exclusiva responsabilidade, autorizou a mudança do nome do seu novo clube para Sport Lisboa e Benfica, que de maneira nenhuma tem alguma coisa a ver com o extinto Sport Lisboa”, explicou Cândido Rosa Rodrigues, numa entrevista concedida à revista Flama de 6 de Novembro de 1964.
Eu tenho um exemplar desta revista em minha posse, mas citações análogas apareceram em diversas publicações, só que não interessa a ninguém (nem ao Benfica, nem ao Sporting) que a Verdade seja totalmente revelada e assumida...
Ok, obrigado pelo esclarecimento. Creio que - agora depois de a ler - já a tinha lido algures essa frase de Cândido Rodrigues mas não me recordava.
ResponderEliminarEssa do erro histórico... o clube "anti-Sporting" surgiria sempre, creio, com Cosme Damião ou sem Cosme Damião.
SL
@Captomente, apenas para meter aqui uns dados curiosos.
ResponderEliminarNo campeonato Nacional que jogamos contra colossos europes, somos uns autênticos animais a jogar. Falta, falta e falta. Se tivermos em conta a posse de bola então... ui. Fazer apenas um pequeno exercício. Supondo que o jogo tem 80 min de jogo util. 31,22% de 80 dá aproximadamente 25 min. Ou seja em média por cada [25/17,56] 1 min e 25 seg que o adversário tem a bola, o Sporting faz falta.
Campeonato Nacional
Média de Faltas do Sporting 17,56
Média de Faltas Adversário 16,89
Média de Posse de Bola SP 67,67%
Média de posse de bola Adv 31,22%
Fazendo o mesmo exercicio, na Liga dos campeões onde joga a ralé de cada país. Supondo que o jogo tem 80 min de jogo util. 52,33% de 80 dá aproximadamente 42 min. Ou seja em média por cada [42/13,67] 3 min e 3 seg que o adversário tem a bola, o Sporting faz falta.
Europa
Média de Faltas do Sporting 13,67
Média de Faltas Adversário 11
Média de Posse de Bola SP 47,67
Média de posse de bola Adv 52,33
isto são apenas numeros e devido à reduzida dimensão, nem tem significado nenhum.
Mas por exemplo quando estive a ver o jogo do benfica - Sporting (só vi a segunda parte) pareceu-me um jogo normal. Depois para responder a um caramelo num blogue, precisei de ver com atenção uns detalhes do jogo e dei-me ao trabalho de rever com atenção os primeiros 10 min. E nesses primeiros 10 min, cada possibilidade de falta, a favor do benfica era falta, já para o nosso lado, houve 2 que não foram marcadas.
A verdade é que num jogo existem inumeras possibilidades de falta (à sempre contacto, agarranços, cargas de ombro que não o são...), um árbitro pode muito bem inclinar um jogo.
PS: dos dados que coloquei, apenas considerei o campeonato nacional, sem os dados do jogo com o estroril que nao encontrei.
PS2: outro dado engraçado é o que corremos, regra geral nas competições europeias, corremos mais que o adversário.
@Pedro, obrigado pelos dados e pelo comentário. Eu já tinha lido algo parecido, creio que no blog do Artista do Dia. É verdade que somos das equipas que cometemos mais faltas, porém, saberemos cometer "boas" faltas? Por exemplo, ainda no último jogo com o Vitória de Setúbal, vi o Zeeglaar cometer faltas absurdas e inúteis que os juvenis da minha terra aprenderam a não cometer quando ainda eram iniciados! Chegou ao cúmulo do árbitro do jogo explicar ao Zeeglaar o que teria de fazer para evitar que fosse marcada a falta, fazendo o gesto de "abrir os braços"...
ResponderEliminarTenho noção que somos um alvo fácil, é fácil marcarem-nos faltas, é fácil não marcarem faltas ao adversário, sei tudo isso. Também não digo que haja uma solução mágica - não há - mas no meio destes dados todos, haverá algo para reflectir.
SL!
Penso que estamos em sintonia, e atenção concordo plenamente que é extremamente importante a critica, sem nunca nos esquecermos do enquadramento. É a critica que nos faz pensar no que está mal e pensar em alternativas.
ResponderEliminarAgora com o que disseste disto de não sabermos fazer faltas, vou tentar estar com mais atenção nos próximos jogos às nossas faltas, mas acho que se podia perfeitamente dar formação aos nossos jogadores de como as fazer (se é que isso não é feito). O benfica sei que à uns tempos fazia parte dos treinos e do Barcelona também se falava nisso.
Claro que isto somos nós a falar...
abc e obrigado pelos teus posts e feedback, volta e meia quando tenho mais tempo vou varrendo tudo o que á do Sporting pela net e acabo por cá vir parar nos teus posts.