6 de fevereiro de 2018

G.S.P.

Ouvi atentamente BdC a explicar as razões da pretensão de mudanças de estatutos na passada AG de sábado, a sua marcação, a sua experiência pessoal e institucional como presidente do Sporting nestes últimos anos e como isso fê-lo ter a necessidade de obter mais "armas" para combater a oposição insidiosa do Sporting. A primeira reação que tive foi "Porque raio ele não explicou isto uns dias da AG, na nossa SportingTV??". A explicação simplista de que é na AG que se debatem os assuntos não me convence, neste mundo de hoje, com todos os meios que temos à disposição, parece-me absurdo que não haja uma explicação introdutória do que se ia votar. Continuo a dizer que se tal tivesse sido feito, creio que as alterações passariam com maioria e sem este tumulto absurdo que estamos a viver agora.

Colocando para trás o que se passou e aquilo que acho que devia ter acontecido, eis que estamos numa situação em que ou sim ou sopas. Ou estamos com Bruno e a sua direção ou não estamos. Ou confiamos no seu trabalho, que boas provas tem dado nestes últimos anos, ou não confiamos, tão simples como isto. Ouvindo BdC esta noite, e depois de ter escrito este post desta tarde, lembrei-me novamente do general Patton e a sua campanha na reconquista da Europa aos nazis durante a 2ª Guerra Mundial. Basicamente, isto de BdC é o general Patton a enviar uma carta ao Departamento de Guerra a pedir mais homens, operadores de tanques, "os melhores possíveis". Chegado ao terreno, Patton viu-se perante uma oposição mais forte do que previa e exigiu melhores armas. É isto que BdC está a fazer aos Sportinguistas "Querem que continue a guerra? Aprovem(-me) os estatutos." Como é que podemos censurar tal pedido? Veja-se, BdC já nem pede que nós, civis, nos voluntariemos para ir combater o inimigo, já só pede melhores armas, melhores meios. Por mim, terá tudo o que estiver ao meu alcance.


imagem googlada de "Patton", o filme (1970)




Quando estava a pesquisar para escrever o post, li algo sobre Patton, cuja personalidade irascível já conhecia de coisas que já tinha lido e, sobretudo, do excelente filme de 1970, "Patton", e li algo sobre ele que me fez sorrir. Patton, em agosto de 1943, durante a campanha da Sicília, inserida na reconquista de Itália aos nazis, esbofeteou 2 soldados americanos que estavam hospitalizados por sofrerem de "fadiga de guerra" ou "trauma" (o termo "stress pós-traumático" ainda não tinha sido inventado) e não evidenciarem qualquer ferimento físico. Tal como escrevi esta tarde a um comentário, os Sportinguistas ainda sofrem de "stress pós-traumático", após estes longos anos de "croquettismo". Estamos quase a poder sair de casa mas ainda em fase de convalescença. Como imagino BdC, se pudesse, a dar duas bofetadas a uns quantos Sportinguistas que estão agora recolhidos em concha enquanto o Sporting está numa guerra tenebrosa contra vários inimigos ao mesmo tempo (Benfica, Porto, jornalistas, FPF, etc)... e onde eu incluo, às vezes!



Patton foi obrigado a pedir desculpa e até o presidente dos Estados Unidos, Eisenhower, lhe escreveu uma carta de reprimenda. Não li tudo mas parece que o caso tomou alguma proporção e, inclusive, prejudicou-o na sua carreira militar, com Eisenhower a privilegiar outros militares em vez do general Patton, cuja descrição na Wikipedia é a seguinte:

"Patton's colorful image, hard-driving personality and success as a commander were at times overshadowed by his controversial public statements."



P.S. No fim, os Estados Unidos ganharam a guerra e o George S. Patton é, hoje, o mais conhecido general americano dessa época.

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