13 de abril de 2014

Uma questão de perspectiva

Esta merda é tudo uma questão de perspectiva. Tivesse o jogo de ontem sido jogado no início da época e estaríamos todos satisfeitos, contentes por colocar em prática aquilo que na teoria é uma verdade insofismável mas que, por muitas razões, não tínhamos conseguido consolidar nos últimos anos: em Alvalade mandamos nós. Mesmo sem fazer grandes jogos. Mas não jogámos mal. Longe disso. Não me recordo de um lance verdadeiramente perigoso do Gil Vicente junto à baliza do Rui Patrício. Nem um.  Mas como o jogo aconteceu à 27ª jornada da Liga, sentimos todos que, sim, ganhámos, mas...

Aposto que todos os Sportinguistas, quando viram o Slimani a enfiar uma batata na galinheira do Gil, logo no primeiro minuto, pensaram que isto ia dar goleada. Mas não deu. Porque nos estamos a habituar bem.

As coisas são aquilo que nós comparamos com outras coisas. Este mesmo jogo, na próxima época, estará carregado de assobios durante boa parte dos noventa minutos.


É o nosso Cristiano Ronaldo. A sério.


O Carrillo é o nosso único desequilibrador. Enquanto não nos apercebermos disto, veremos sempre os jogos do Sporting com angústia. Quantas bolas perde o Cristiano Ronaldo por jogo? Contem-nas. Quando perguntaram (foi o tipo da RTP que comenta os jogos de futsal, btw) ao Leonardo Jardim, na conferência de imprensa após o final do jogo, porque razão não tinha tirado o Carrillo em vez do Capel, aquando da entrada do André Martins, devido a alguns assobios e insatisfação por parte de alguma parte do público de Alvalade, o treinador do Sporting respondeu com um facto eloquente: as duas assistências para golo vieram dos pés do peruano. Mais palavras para quê?


A Bola escolheu o Cédric como o melhor jogador em campo. O Record escolheu o Carrillo. O Jogo, Slimani. Eu escolho o Rojo. Custa-me ter de utilizar este exemplo mas... gostaria que o Rojo fosse o nosso Luisão. Farto-me de bater na mesma tecla, mas não me ocorre mais nada que isto: Eu quero um Sporting vencedor, ganhador, títulos. E isso só se alcança com trabalho e persistência. Espero que daqui a três anos, o onze do Sporting ainda tenha, pelo menos, sete jogadores desta época.


Estamos na Liga dos Campeões. Na próxima época, vamos comparar os jogos com os desta época. Os jogos da época de Godinho Lopes, Sá Pinto, Vercauteren e Jesualdo (e sétimo lugar) já lá vão.


P.S. A cena dos 50 euros para construir o pavilhão não poderia - deveria! - estar também aberto a adeptos em geral e não fechado apenas a sócios?! E se o dinheiro doado pelos sócios ficar aquém do esperado, como é? Não haverá pavilhão? Não quero que as minhas palavras soem a ultraje mas... espero que esta iniciativa não seja como aquela cena do fecho do fosso levada a cabo por Godinho e Pereira Cristóvão... Uma desculpa para não fazer nada.

EDIT: Parece que a cena do pavilhão também está aberto a adeptos (thanks, @MidFigueiredo!), o que, caso se confirme, muda totalmente de figura. Para melhor, claro está! É que, sendo assim, acredito mesmo que o pavilhão será uma realidade.





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