13 de março de 2018

wet, windy night in Chaves

A meio da primeira parte, reparei que estávamos a jogar com um onze que consistia em ex-jogadores dos seguintes clubes: Portimonense, Braga, Vancouver Whitecaps, Rijeka e Rio Ave. Tínhamos ainda o Bryan Ruiz. Se retirássemos as camisolas listadas verde e brancas e colocássemos umas outras quaisquer nos nossos jogadores, poderíamos muito bem pensar que estaríamos a assistir a um jogo de uma eliminatória da extinta Taça Intertoto, em vez de um outro Chaves-Sporting disputado em pleno inverno. Mais um.

Começamos o jogo como normalmente temos começado os jogos esta época: devagar e devagarinho, a ver o que 'isto' vai dar. Ainda antes da única real oportunidade de golo, em que os jogadores do Sporting se esforçaram para oferecer a hipótese de rematar à baliza ao pior jogador que o faz lá na frente, o Gelson, já o Chaves tinha tido uma ou duas chances de golo, uma das quais superiormente defendida por Rui Patrício, que, afinal, ainda lhe falta uns quantos jogos para se tornar o jogador do Sporting com mais jogos oficiais disputados. Dica: porque raio o Sporting não faz uma parceria com a competentíssima WikiSporting e começam a trabalhar em conjunto?

Começou a segunda parte e não levou muito tempo até JJ perceber que a única maneira de alguém conseguir meter a bola dentro da baliza seria colocar em campo o homem que o faz de forma quase tão natural como respirar, o mortal Bas Dost. Dez minutos após ter entrado, culminando uma jogada iniciada com um passe longo e brilhante de Coates para Ruben Ribeiro, oeste fez aquilo que costumámos vê-lo fazer no Rio Ave, quando, com uma técnica sedosa, contornou o adversário e centrou uma bola teleguiada para a cabeça do holandês voador, que no meio de três jogadores do Chaves, guarda-redes incluído, conseguiu chegar mais alto que eles todos e enfiar a bola dentro da baliza. O Chaves sentiu o golo e, nos três, quatro minutos seguintes, podíamos ter matado o jogo com oportunidades seguidas de Bryan Ruiz (3 remates falhados em 3 segundos), Battaglia e, finalmente, Coates, numa cabeçada a sair a rasar a barra.


Pai Dost



'Matar' o jogo logo aos 60 e tal minutos? Isso seria demasiado fácil para o Sporting. Claro que tínhamos de sofrer, pelo menos, até aos 86 minutos, quando o 'Manel' Battaglia, do alto do seu posto de lateral direito, rouba a bola perto da área do Chaves e a endossa para o matador Dost, que faz um passe para a baliza e colocando um ponto final na aventura em Chaves... ou ainda não? Claro que não. O inevitável golo adversário no final do jogo tinha de acontecer, pois claro. E claro que, para mim, o maior culpado do golo não foi o árbitro, que assinalou o penalty, nem Coates que o cometeu. O maior culpado foi mesmo Gelson que deixou o tipo do Chaves ir com a bola para o interior, direito à nossa área, sem que tivesse sequer tentado fazer uma útil falta junto à linha lateral, evitando assim o amarelo, mesmo que tal não fosse estritamente necessário, pois Gelson ainda não tinha visto nenhum. E claro que tínhamos de sofrer mesmo até ao apito final, para podermos depois comemorar uma saborosa vitória que nos valeu três pontos numa noite "fria e ventosa" de inverno...

Paços e Chaves, o Stoke City da #LigaMickeyMouse. Sporting e Man. City sobreviveram, o Porto, não.

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