29 de junho de 2013

Mas, ainda cá estamos???

Lembram-se do que se dizia – à boca cheia – antes das eleições de Março? O clube ia acabar, íamos começar nos distritais, meio plantel ia sair do Sporting alegando ordenados em atraso, penhoras, fisco, falência, bancos, UEFA, PUMMMM!!!




Uma vez, fiz um vídeo (na era JEB) que terminava com um "cogumelo" nuclear. Ainda bem que não sou de Fafe.





Pois é, estamos prestes a iniciar a época 2013/2014 e… ainda cá estamos. E melhor do que há 3 meses, acrescentaria. O Patrício (ainda) cá está, o Rojo também, o Capel, o Bruma… Não percebo. Não deveríamos estar agora a discutir um novo nome para o clube, como fizeram há uns anos os adeptos da Fiorentina e do Salgueiros, tipo Sporting 1906 F.C.?

Temos o Leonardo Jardim como treinador, de quem muito se dizia que seria o sucessor ideal e natural de Vítor Pereira, e cuja vinda para o Sporting pode bem ter sido o verdadeiro rastilho que culminou no tal corte de relações com o Porto, e, finalmente, espetámos um murro tão grande na mesa de negociações, que o advogado do Bruma viu-se obrigado a rescindir contrato com o “papão” Pini Zahavi.

E, a pièce de résistance, não temos Godinho Lopes. Nem Pereira Cristovão, nem Carlos Barbosa nem Carlos-o-homem-das-100-contratações-e-só-se-aproveitou-o-Liedson-Freitas. Epah… SPOOOOOOOORTING!!!

(Ok, desconfio do Montero e do Maurício, mas pronto, resta-me aguardar para ver… O que sei é que nenhum deles custará 6 milhões ou virá a “custo zero” ou ainda que o verdadeiro valor não será pago ao clube vendedor).

Os lamps… Epah, primeiro que tudo, os gajos são burros que nem uma porta. A sério. Imaginem esta parangona, há uns meses: 

“Investidores (inserir aqui a nacionalidade, menos a portuguesa) prometem revolucionar o panorama das transmissões televisivas de futebol em Portugal. Promessas de 30% de aumento nas receitas televisivas para todos os clubes. Para já, como o Benfica é o único clube que termina contrato com a Olivedesportos, serão os jogos na Luz que terão transmissão no novo canal desportivo. Na calha, estão o Sporting e alguns clubes da 1ª e 2ª Liga. O novo canal chamar-se-á “TVGolo."

Quantos Sportinguistas ou portistas não se deixariam seduzir por este novo canal?? Seguramente, mais do que os que se deixarão seduzir – mesmo com a Liga Inglesa no “pacote”… - com este “novo” canal premium da Benfica TV. Lol. Era tão simples… Arranjavam um “testa de ferro”, criavam um canal “independente” , davam-lhe um nome todo pipi, mantinham a Benfica TV tal como está e, tenho poucas dúvidas, teriam mais sucesso do que, potencialmente, irão vir a ter com esta “nova” Benfica TV… Pelo menos da minha parte, não terão. (coff * card sharing * coff)

Já falei muito sobre a tv dos lamps. Desejo, do fundo do coração, que se “estampem”. E, se ao mesmo tempo, a Sporttv ir contra o muro, epah, seria épico. Mais épico do que o “triplete” da época passada. Vai ser giro…

Quanto ao futebol, propriamente dito, epah, eu olho para os jornais todos os dias a apresentar uma cara nova para os lamps e só tenho uma sensação de déjà vu semelhante à que tive na primeira época de Godinho Lopes, onde era apresentado um novo jogador cada semana. Se fosse lamp, ficaria preocupado por (ainda) não ter 2 defesas-esquerdos (um titular e outro suplente), um substituto de Matic (e caso este saia, seriam 2) e um verdadeiro “suplente” de Artur. Ah, claro que a continuação de Jorge Jesus como treinador dos lamps é uma win-win situation (tal como a permanência/saída de Cardozo): é que, se correr mal de início, os lenços brancos vão começar a aparecer e se, por acaso, correr tudo bem até Março/Abril, a “nuvem negra” do final da época passada irá surgir sobre as cabeças dos jogadores e adeptos e isso será sempre óptimo. ^^



O Porto. Não sei… É, realmente, uma incógnita. Poderia arriscar dizer “Ah, e tal, agora sem o Moutinho, o James e com um treinador desconhecido, é que eles vão cair por aí abaixo”, mas já não dissemos o mesmo quando saiu Falcao, Hulk e apareceu um tal de Villas-Boas? 

Pois… A única coisa diferente aqui, é que o Pinto da Costa tem mais uns anos em cima de cada perna. E, até hoje, não houve ninguém que conseguisse resolver o eterno problema da efémera passagem humana pela nossa querida Terra... Salvé.

João Rocha

Quando ainda mandava umas postadas no Cabelo, faleceu o ex-presidente do Sporting, João Rocha. Na altura, não escrevi nada sobre ele, porque não tinha nada a dizer (sou péssimo em elogios e não conheci o seu trabalho como presidente do Sporting) mas muitas pessoas o fizeram, entre ex-jogadores, dirigentes e jornalistas.

Guardei, precisamente, duas recordações de João Rocha contadas em primeira pessoa por dois jornalistas d'A BOLA, porque achei que simbolizavam o que era o homem e que ajudariam a quem não o conheceu - como eu... -  a entender melhor quem foi o 32º presidente do Sporting Clube de Portugal...



"Cheguei ao jornalismo no final dos anos sessenta (acho que não preciso de dizer que já foi no século passado). Era, então, um jovem estudante de medicina, com algum jeito para a escrita e com uma assumida paixão pelo futebol. Acompanhava, através de meu pai, o jornalismo desportivo, em especial de A BOLA, mas nessa altura não me passava pela cabeça fazer carreira de jornalista profissional.
Um dia, o Aurélio Márcio convidou-me para falar com ele no Diário Popular (um dos grandes jornais portugueses e uma grande escola prática de jornalismo) e convidou-me para ser colaborador do jornal. Foi como jornalista em formação do Diário Popular que conheci, pela primeira vez, João Rocha. Era um homem elegante no trato, com um lencinho a espreitar o bolso do casaco, empresário de sucesso, dos primeiros a perceber em Portugal a extraordinária importância do relacionamento comercial com a China.

João Rocha tinha frequentado o curso comercial da escola Ferreira Borges e fazia parte, com o meu pai e com o seu primo Egídio Serpa, da seleção de futebol que a representava. Falou-me desse tempo, quando o procurei para uma primeira entrevista, pouco depois de ter sido eleito, pela primeira vez, presidente do Sporting. Havia, aliás, uma simpatia especial do Popular pelo Sporting, uma vez que um dos seus principais administradores, o dr. Brás Medeiros, era, também, um grande sportinguista e dirigente do clube.

Durante treze anos muitas vezes nos cruzámos e convivemos. Em Portugal, mas também nos Estados Unidos, país de especial predileção de Rocha, onde o Sporting jogava, quase invariavelmente, em cada final de época naqueles jogos de pré-férias que serviam para o clube ganhar dinheiro, para os emigrantes portugueses matarem saudades dos seus clubes do coração e para os jogadores se divertirem à custa da ampla liberdade que, noutras circunstâncias, não teriam.
Nesses tempos, os jornalistas integravam as comitivas dos clubes e seleções. Viajávamos no autocarro dos jogadores, dormíamos nos mesmos hotéis, comíamos nos mesmos restaurantes. À noite, quando os futebolistas se iam deitar (alguns por pouco tempo), ficávamos a conversar, madrugada dentro, com os treinadores e dirigentes. Era uma relação quase sempre sadia e sem complexos. Haveria casos de promiscuidade e subserviência, sim, mas ainda hoje existem e não é por os jornalistas acompanharem as equipas.

João Rocha era um líder forte e firme. Tínhamos de ter cuidado para não corrermos o risco de ganhar, facilmente, uma posição dominante na relação com o jornalista. Era, no entanto, um homem sensível e preocupado com os outros. Tenho exemplos que o comprovam. Comigo passou-se um episódio curioso e que nunca esqueci. Numa noite, véspera de saída de A BOLA, em que o Sporting jogou, fiquei a trabalhar no meu quarto de hotel em Boston. João Rocha tinha oferecido um jantar aos jornalistas (o que era uma prática usual nesse tempo), mas eu recusei, porque tinha de trabalhar até altas horas. Pensava comer, já de madrugada, uma sandes ressequida, quando bateram à porta do meu quarto. Era uma empregada que me trazia um tabuleiro de imprevistas iguarias. João Rocha enviava-me o jantar com um cartão onde escrevera umas palavras amáveis em que manifestava consideração e até amizade.

Mais importante e significativo o episódio que se passou com o Nuno Ferrari, também nos Estados Unidos. O Nuno – um dos maiores fotojornalistas de todos os tempos – era reconhecidamente benfiquista, mas um homem e um profissional considerado e valorizado em todos os clubes, muito especialmente no Sporting e no FC Porto. Calhou-lhe, nesse verão, acompanhar a digressão do Sporting. Estava doente, tinha já tido sinais preocupantes de uma crise cardíaca, mas achava-se (como sempre) em condições de trabalhar. Longe disso. O Nuno teve um ataque cardíaco que poderia ter sido fatal. João Rocha estava por perto e enviou-o para a melhor clínica de Nova Iorque. Salvou-o. O ataque tinha sido muito forte e o Nuno Ferrari ainda ficou muito tempo entre a vida e a morte. Foi sujeito a demorados e dispendiosos tratamentos. Foi João Rocha quem assumiu, de imediato, a caução e responsabilidade pelo pagamento, fosse o preço que fosse.

João Rocha é, justamente, considerado o último grande presidente do Sporting. O homem perspicaz e lúcido que um dia me contou um segredo: “Vítor Serpa, o Sporting nunca poderá deixar de ser o mais eclético clube de Portugal. É aí que reside a nossa diferença e a nossa força. Se pensarmos apenas no futebol seremos mais pequenos que o Benfica, mas se formos o que só nós podemos e queremos ser, então seremos o maior clube português.”

Vítor Serpa, jornalista e director de A BOLA, 9 de Março de 2013


                                   
                                   

27 de junho de 2013

Caminho das Estrelas

A última vez que foi campeão, foi em 2002*. A partir daí, sucessivos treinadores passaram pelos comandos da equipa e diferentes métodos de trabalho, organização e prospecção foram implementados mas todos com o mesmo resultado: o insucesso.

Finalmente, em 2013, a equipa parece ter um rumo e um desejo muito claro: todos a rumarem para o mesmo lado, esquecendo os egos pessoais e a defenderem um único objectivo: o símbolo que trazem ao peito na camisola. 

Pelo meio, surgiram dirigentes metidos em esquemas pouco claros, alegações de corrupção e negócios milionários e obscuros** e que ainda hoje estão por esclarecer devidamente.

No plano desportivo, apareceram treinadores que, ora apostaram nos jogadores “nacionais”, ora apostavam nos “estrangeiros***. Tudo em vão. Nunca houve uma verdadeira “equipa” e houve sempre apenas um grupo de bons jogadores e que nunca conseguiram alcançar o que aquele grupo de 2002 conseguiu pela última vez: serem campeões.

Apesar das promessas de novo título antes do início da mais importante competição, a verdade é que, a meio da prova, a equipa soçobrou constantemente e o degrau mais desejado da "escalada" ficou sempre por atingir: a taça de campeão.

Para piorar a situação, viram emergir, mais a norte****, uma outra equipa que tem  vencido os últimos títulos e cuja hegemonia parecer ser difícil de contestar. Porém…

Eis que em 2013, como disse antes, o panorama alterou-se e surge uma esperança renovada na equipa e os seus líderes, e que, pelo menos, faz sonhar os adeptos e fá-los acreditar de que o título esteja mais perto do que esteve nos últimos anos.

A norte, o líder***** da equipa dominante não vai para velho e, mais a sul, o surgimento de um novo presidente e novo treinador, ajudados por um ex-treinador****** campeão, fez ressurgir a esperança de que talvez seja possível destronar o actual campeão e a sua hegemonia, liderados em campo por uma das maiores promessas******* do futebol mundial.



Sim, acho que vai ser o Brasil/Sporting a conseguir destronar a velha Espanha/Porto.


Luís Félix, um Sportinguista no Brasil - Uruguai!














* Coreia do Sul/Japão // Título do Jardel e João Pinto
** Negócios da CBF e Nike, FIFA, Havelange, etc //  negócios "roquettistas"
*** Jogadores que actuam fora do campeonato brasileiro // Contratações do Carlos Freitas
**** Espanha // Porto
***** Xavi // Pinto da Costa
****** Carlos Alberto Parreira, campeão em 1994 // Augusto Inácio, campeão em 2000
******* Neymar // Bruma



26 de junho de 2013

Se parece bom, se calhar é porque é

Tentar perceber junto dos meios Sportinguistas (blogs, comentadores, etc) se a reestruturação anunciada por Bruno de Carvalho é boa ou má para o Sporting, é como tentar perceber junto dos Benfiquistas se a renovação de Jorge Jesus foi boa ou má para o Benfica. Metade dirá que sim, a outra metade dirá que não. 

Não percebo nada de VMOC’s, percentagens de jogadores, SAD’s ou de capital angolano. O que sei é que o Sporting está na merda – financeira, património e desportivamente falando – e que a culpa não foi do actual presidente do Sporting. Desde os anos 90 que perdemos sócios, património, pista de atletismo (a nossa modalidade mais emblemática, a seguir ao futebol), pavilhão, modalidades e sócios. Apenas a paixão pelo Sporting se manteve igual nos sócios e adeptos Sportinguistas. Tudo o resto definhou.

Como disse, tentar perceber se a reestruturação é boa ou má junto dos Sportinguistas é difícil, pois a opinião difere se quem a emite é um “roquettista” ou um “brunista” (ainda não consigo distinguir verdadeiros blogs “Sportinguistas”). A mim, que sou um leigo na matéria, parece-me o seguinte: atendendo ao que ouvi nos meses que antecederam as eleições de Março – no dia a seguir às eleições será o caos; os jogadores vão sair em debandada, rescindindo alegando salários em atraso; os credores vão “cair” em cima do Sporting; os bancos vão fechar a “torneira” – este acordo não é bom, é excelente!

Basicamente, prolonga-se a dívida bancária por mais umas dezenas de anos, dá-se o estádio como garantia aos bancos (lol), reduz-se o passivo em algumas dezenas de milhões, aceita-se que entrem 2 administradores “forasteiros” (sempre em minoria) e ainda se recuperam passes de jogadores. Repito, atendendo ao que vinha ouvindo há alguns meses, nunca esperaria que Bruno de Carvalho conseguisse um acordo tão benevolente por parte dos bancos.



E quando ouvi ontem o ilustre economista (e benfiquista...) Bagão Félix n’A BOLA TV, algo espantado e, quiçá, com alguma azia, a admitir que não esperava tanta benevolência por parte dos bancos neste plano de reestruturação do Sporting e que, quando, eventualmente, o seu clube necessitasse de algo semelhante para si, desejava que os bancos também demonstrassem a mesma simpatia para com o Benfica, aí sim, tive a certeza de que esta restruturação é, de facto, boa.

Nem precisei de ler esta outra opinião de outro benfiquista para chegar a esta conclusão. Sim, opinião benfiquista, porque neste momento ainda não consigo alcançar a “bondade” das mil e uma opiniões Sportinguistas que pululam por aí nessa net fora. Talvez daqui a uns meses, quando a bola começar a rolar, o consiga fazer. Até lá, prefiro ouvir o que vão dizendo os “inimigos” assumidos.


24 de junho de 2013

Se o Pedro Cary o diz, está dito!

"Vou continuar no Sporting na próxima época."


Jornalista d’A BOLA TV: “Muito se tem falado da crise por que atravessa o Sporting nos últimos anos, não só no futebol mas também nas restantes modalidades… Com Bruno de Carvalho há um novo alento, um novo olhar para o futuro com mais ambição?”

 Pedro Cary: “Sem dúvida que sim. É um presidente que tem estado próximo, e isso dá-nos uma alegria imensa. Mas não esquecer que nós, jogadores, temos de estar cientes da realidade em que estamos e se tiver que haver alguma necessidade de redução de orçamento, temos de estar cientes que é em todo o lado e nós não podemos fugir a isso. Se tiver que ser, será.”

Jornalista d’A BOLA TV: “Mas graças a Deus que a crise não atinge o futsal do Sporting, pelo menos a nível de títulos.”

Pedro Cary: “A nível de qualidade, não (risos). A outro nível, vamos ver o que é que irá acontecer, mas não tenho receio nenhum. E se tiver que acontecer, que os adeptos do Sporting estejam tranquilos, porque os jogadores sabem onde estão e a vontade é enorme em representar o Sporting.”

 Hoje, ao meio dia, n’A BOLA TV.

23 de junho de 2013

Harlem Shake - Sporting Campeão Futsal!

Outro nível

Fomos campeões em Futsal e foi um título completamente merecido. Como seria, aliás, o título da época passada. Porém, apesar de todas as suas qualidades, Orlando Duarte nunca conseguiu fazer com que os jogadores do Sporting ultrapassassem aquela linha que separa um jogo de futsal de nível europeu (= espanhol) de outro de nível dum qualquer torneio de verão organizado por uma colectividade amadora no bairro de Xabregas.

Não vejo o Nuno Dias na foto, mas vejo o ENORME Zézito! 


Nuno Dias conseguiu pegar neste grupo de jogadores e fê-los entender que, para ganhar em Portugal, não se pode utilizar as tácticas do adversário. Se o fizéssemos (picardias, provocações, agressões, etc), eles ganhar-nos-iam sempre em experiência. Ao invés, Nuno Dias apenas se preocupou em que a sua equipa jogasse um futsal "puro", com trocas de bola, organização impecável e golos. Nada de extraordinário e bastante simples.

O suficiente para ganhar a uma equipa que conta com um "melhores pivots do mundo", como se pode comprovar esta tarde, na "quadra" do pavilhão da Luz. (Alex, entretanto tornado o melhor marcador de derbies de sempre, com 25 ou 26 golos, já nem sei bem, riu-se das palavras do Pedro Catita.)



Por fim, apenas relembrar as palavras de Bruno de Carvalho, em resposta ao preocupadíssimo Gonçalo Ventura, repórter da RTP1, perante os iminentes cortes no futsal do Sporting: "Todos os clubes irão fazer cortes. A diferença é que o Sporting é o campeão."

E convém não esquecer que, aparentemente, o orçamento do Benfica para esta época já era bastante superior ao do Sporting.

E no entanto, fomos campeões. What, me worry?



Bichinho

Antes de mais nada, de referir que estou a escrever isto meia-hora antes do 4º jogo dos Play-off de Futsal e, portanto, quero-me despachar. Se aparecerem erros gramaticais (primeira merda que o Vitto me avisou), paciência.

 Uma palavra ao Vitto Vendeta, mentor e a mente por trás do Cabelo do Aimar. Quando recebi um mail dele a convidar-me para escrever no seu blog, depois de alguns minutos “wtf?”, respondi-lhe “porque não?”. Assim foi, e, durante uns meses contribui com as minhas postas de pescada no Cabelo, até ao dia em que, muito naturalmente, informei o Vitto que o meu tempo no blog dele tinha chegado ao fim. Não porque me achasse bom demais para o Cabelo ou coisa que o valha, apenas sentia-me…- “mal” não é bem a palavra, talvez “desconfortável” seja a adequada…- Sim, sentia-me desconfortável no Cabelo a cada dia que passava. Talvez por o Cabelo ser um blog assumidamente benfiquista, talvez pela terrível época do Sporting, talvez pela brilhante (na altura…) época lampiã, não sei bem dizer. O que sei é que disse adeus ao Vitto e ao Cabelo e ficarei eternamente grato por me ter feito descobrir que, além dos vídeos que gosto de fazer e depois colocar no Youtube, também gosto de escrever. Mal, eu sei, mas gosto. Ou passei a gostar.

Se o "jornalismo" desportivo português fosse um jogador, seria o Evaldo.

 E gosto ainda mais quando é para desmascarar a merda que é o jornalismo desportivo português. Não sou um expert, não sou licenciado em Jornalismo ou algo parecido – Raios, não sou licenciado em nada! - , mas uma coisa tenho a certeza: o jornalismo desportivo, exceptuando algumas… excepções, passe a redundância, é mesmo uma merda. Ok, talvez o “jornalismo” desportivo espanhol seja um bocado pior mas logo a seguir vem o jornalismo português, disso não tenho dúvidas. Comparar o jornalismo (e jornalistas) do The Guardian (que não é um jornal exclusivamente desportivo!), por exemplo, ou do L’Équipe, ou mesmo da Gazzetta Dello Sport (por causa do Mourinho, consegui perceber italiano – true story), com o que somos diariamente confrontados pelo Record ou A BOLA, é a mesma coisa que querer comparar [inserir-aqui-uma-piada-qualquer-porque-eu-agora-não-me-lembro-de-nenhuma].

 O último exemplo aconteceu ontem ou na sexta-feira. Depois de um ilustre Sportinguista ter dado destaque a uma votação qualquer feita no site oficial(?) do Deportivo da Coruña , que tinha como objectivo eleger o melhor jogador do ano do Depor, onde Evaldo figurava como o grande vencedor, foi a vez de o Record e o ZeroZero terem também destacado tal votação. Epah, um gajo minimamente atento ao futebol e á Liga Espanhola, via logo que isso só podia ser uma brincadeira dos adeptos do Coruña! Uma votação troll, quem sabe combinada numa qualquer rede social ou fórum, e onde alguém teve a ideia de “Epah, e qual votarmos no Evaldo como melhor jogador do Depor?? - Brilhante!”, responderam os restantes adeptos.

 E assim foi. Tal como quando a Coreia do Norte venceu uma votação online há dois anos, quando se perguntava aos fãs do Justin Bieber por que países deveria passar a sua próxima tournée, os adeptos do Depor decidiram votar em massa no jogador que, em meados de Janeiro/Fevereiro, após rumores de que haveria uma cláusula no seu contrato que estipulava que por cada vez que não jogasse, o Sporting receberia uma quantia (10 mil euros?), deixou de figurar na equipa titular e não sei se mesmo na lista de convocados.

 Foi, como disse antes, uma votação troll. Mas mesmo assim, houve “jornalistas” desportivos portugueses que a levaram a sério. lol…

 Pronto, era só isto por agora. Não sei se vou alimentar o blog diariamente, semanalmente ou se este post é o último. Para já, ainda sinto o “bichinho” de blogger(?) e que, juntando ao meu estatuto natural de Sportinguista, faz com que me apeteça continuar a postar. Sempre em defesa do meu Sporting e contra quem vai jogar contra o meu Sporting. Mas nada de muito sério. A sério, só a gramática. ;)

 SL

Robocop Gay