Há uns anos, quando perguntei a um amigo meu, “Ouve lá, o
que é que se passa com o Luís e a namorada?”, ele respondeu-me “Aquilo à
noite, parece que é sempre ‘bacalhau com batatas’.”
Na altura era puto e não percebi bem a que ele se queria
referir com aquilo. Mais tarde, apercebi-me que “bacalhau com batatas”, é, para
não ser demasiado explícito, uma queca à missionário com duração de 90
segundos, em média. É isto o Benfica desde Agosto: bacalhau com batatas. Não admira que estejam fartos.
Mais a norte, as relações são mantidas sob o jugo do chicote,
dinheiro e comprimidos azuis. Paixão? O que é isso? No Porto, se “aquilo” não
levanta durante os noventa minutos da relação e a queca termina sem “golos”, a
coisa resolve-se com um doping amoroso na forma de Viagra ou com uma valente
chibatada nas costas da parte feminina e mais frígida do casal, isto é, os jogadores. No Porto, no
final da noite, haverá sempre um orgasmo, nem que seja fingido e pintado a tons
dourado.
A primeira imagem que apareceu no Google após pesquisar por "Amo-te Sporting" |
No Sporting, há uma apresentação semanal do Kamasutra nos relvados portugueses e um
manual completo de satisfação mútua. Temos os preliminares de BdC (ok, esta
parte é uma beca gay) nos dias que antecedem o “desafio” do fim de semana, em
que desperta em nós o Sportinguismo mais animal e "banco-de-trás-do-automóvel" (ainda mais gay) de todos, e continua nos noventa minutos da relação propriamente dita, em que uma parte,
a Curva, grita aos ouvidos da equipa “Tu Vais Vencer…” e ela responde, em silêncio, mexendo-se e contorcendo-se de tal forma excitante que gritamos “Estou-me
a vir!” "Golo!!!" p’raí umas 3 ou 4 vezes por jogo.
Não é à toa quem em Alvalade costumamos encontrar o Gomes de Sá, o Zé do Pipo e o Brás nas bancadas a gritar pelo Sporting.
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