13 de novembro de 2016

#revisiona-mos

A maior supresa da grande "investigação" do jornal A BOLA de hoje é apenas que foi publicada já em novembro e não em maio, logo após mais um título do Benfica (para aumentar a humilhação) ou do Sporting (para retirar brilho). Tudo o resto que vem lá publicado por António Simões (pudera...) é algo que já tinha lido algures num qualquer blog lampião. As "chapas" do troféu da Taça de Portugal, a infame acta da FPF de 1939... já tudo era conhecido.

Apenas registo duas coisas:

- A tentativa, voluntária ou propositadamente, de "colar" a Bruno de Carvalho esta reivindicação do Sporting, quando já desde - pelo menos - 1954, esta questão se colocava.

- A omissão de frases, partes, pequenas peças do "puzzle", como por exemplo esta frase importantíssima do livro de Henrique Parreirão "(...) Federação respondeu, acabando com todas as dúvidas e confusões: São campeões de Portugal todos os clubes que ganharam esta prova, propriamente dita, de 1921/22 até 1937/38 e serão campeões nacionais os clubes que vierem a ganhar a competição, organizada em novos moldes, a partir de 1938/39."


Esta frase, alegadamente proferida pela FPF, "serão campeões nacionais os clubes que vierem a ganhar a competição, organizada em novos moldes, a partir de 1938/39", retira qualquer possibilidade de o Benfica poder - seja em 2005 ou noutra altura - reivindicar os 3 títulos do Campeonato da Liga (1934-1938) como sendo os de "campeões de Portugal" e juntá-los à lista dos 32 títulos de campeões da 1ª Divisão Nacional. Aliás, é o que, justamente, o próprio jornal A BOLA faz hoje! Não junta os títulos:




Agora, a partir do momento em que o Benfica "oficializa" o Campeonato da Liga de 37-38 (mais os de 35-36 e 36-37), acrescentando 3 títulos de uma assentada ao seu palmarés, feriu no orgulho (desportivo) de todos os que participaram nos desafios do Campeonato de Portugal disputados entre 1934 e 1938(39). Esse é o pecado mortal que faz com que o Sporting (e muito bem, digo eu), queira reivindicar os títulos ganhos entre 1921 e 1939. E sobre isto, não tenho mais nada juntar ao que já disse anteriormente.



EDIT:

Quero apenas terminar dizendo que eu não acredito que alguma vez a FPF, Liga, FIFA ou UEFA dêem razão ao Sporting. É algo que já tomo como garantido. É melhor que nos habituemos a isso.Isto faz-me lembrar o que se passa com a Juventus e os seus 32/34 títulos. Como se sabe, em 2006 rebentou o escândalo "Calciopoli", a Juventus foi enviada para a 2ª divisão e foram retirados (pela Liga Italiana) os 2 títulos de campeão ganhos em 2005 e 2006. Oficialmente, a Juventus tem "apenas" 32 títulos mas isso não impede os seus adeptos e o próprio clube de comemorarem e reivindicarem 34 títulos. Eu não concordo com a reivindicação da Juventus mas aceito o direito ao protesto do clube italiano e seus adeptos. E, ao final de contas, é isso que interessa. Quando escrevi este post, fi-lo tendo em mente apenas os adeptos do Sporting, não quis nem quero convencer lampiões. Não é isso que me importa. Eu sei bem em que país vivemos. Sei bem contra quem lutamos. O que me importa é o Sporting e os Sportinguistas, nada mais.

Sporting Sempre. 

2 comentários:

Jordão disse...

Então nem a Burla dá razão aos lampiões. Nessa perspectiva, o beifica não tem 35 títulos, mas sim 32. Note-se que não foi o Sporting que pôs em causa a separação dos troféus, pois quem começou esta guerra foi orelhas e o merdaíl.

Temos pena, mas só se enterraram ainda mais, porque na ânsia de dizer que o Bruno de Carvalho não tem razão a Burla acaba por reconhecer que o beifica é aldrabão. E pior, fica demonstrado que os lampiões são mesquinhos e mentirosos, que mesmo com o maior palmarés usaram FPF para adulterar a história para tentar diminuir os outros clubes, incluindo clubes pequenos que nem são seus directos concorrentes. São a vergonha do país!

Anónimo disse...

Daqui a uns anos os lampiursos ainda vão descobrir mais meia dúzia de títulos perdidos no baú e concluir que, afinal, foram fundados em 1755 (coincidências do diabo). A História testemunha as revisões cíclicas que são apanágio daquela agremiação, que vive em permanente desassossego com a sua própria história. Por isso acreditem: não fica por aqui...