… Seria o título do post que usaria se eu fosse um lampião que
escrevesse neste blog ou neste, ou se escrevesse, pasme-se, no jornal oficial do Benfica. Como não sou, usaria “Um Jardim
sem Orquídeas” para descrever o que se passou ontem à noite em Alvalade.
Também poderia ter utilizado como título para o post uma
frase que começa a ficar célebre em Alvalade (“Não vi, não vi!”), já que é a
segunda vez que me lembro de a “ler” nos lábios de árbitros que apitam jogos do
Sporting em casa e que têm de (não) decidir lances de mãos de jogadores
adversários nas áreas. O primeiro foi João Ferreira que respondeu o mesmo que
Xistra (“Não vi, não vi!”), assim que Ricardo, o então guarda-redes do
Sporting, correu em sua direção gritando que o golo do Paços de Ferreira tinha
sido marcado com a mão. Hoje foi Adrien e André Martins gritarem a Xistra “Mão!”,
ao que o suposto adepto do Sporting respondeu, “Não vi, não vi!”.
Mas a principal razão para não termos vencido ao Rio Ave não
se chama Xistra mas sim, por absurdo que pareça, Markovic ou Quintero.
Infelizmente, o Sporting não tem no seu plantel um jogador que “ganha-jogos-sozinho”
como o sérvio do Benfica ou o colombiano do Porto. Tinha esperanças que
Carrillo fosse o nosso joker mas está mais visto que não é. Usando outra
terminologia do jogo de cartas, Carrillo é um bluff, que às vezes (poucas)
resulta mas na maior parte das vezes, não resulta.
Uma orquídea verde. |
Se não temos "orquídeas", temos de ir lá com ervas daninhas, cactos, ou
seja o que for. Começámos a empatar o jogo a partir do momento em que o nosso
jardineiro preocupou-se mais com o jardim do vizinho e resolveu colocar em campo um
pesticida (Rinaudo) para tentar conservar a flor que tinha nascido na primeira
parte e protegê-la de investidas do Rio Ave, em vez de ter semeado uma nova flor que resultasse um novo fruto (golo). Não foi por Xistra que não
ganhámos o jogo, foi por não termos ainda presente que, no jardim de Alvalade,
quem manda somos nós e, portanto, em vez de defender o 1-0, deveríamos ter ido
à procura do 2-0 e não tentar conservar o golo de vantagem. Não há Markovic, há
Mané. Não há Quintero, há Vítor. Foda-se.
Para acabar, a única coisa boa que retiro deste empate (e
exibição) de merda, é que, finalmente, vai-se acabar com a treta do Sporting “candidato”
e mais não sei o quê. Infelizmente, não somos candidato a nada. Depois da
miserável classificação da época passada, do brutal corte no orçamento desta
época, é absolutamente estúpido tentar adivinhar, neste momento, se o Sporting
é candidato ao título, à Liga dos Campeões ou à UEFA.
Com muita pena minha, este ano, não poderemos almejar mais
do que o 2º ou 3º lugar. E mesmo esse posto será difícil de alcançar…
É caso p’ra
dizer aos jogadores do Sporting que este jogo com o Rio Ave foi um “abre-olhos”.
Espero que não os fechem muitas mais vezes esta época.
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