25 de fevereiro de 2014

E isto foi só hoje!!

Primeiro, foi o "herói" Kelvin, no final da tarde, no Instagram:

Kelvin mostra descontentamento por não jogar

Através do seu Instagram, Kelvin, jogador do FC Porto, deixou bem claro o seu descontentamento pela falta de utilização na equipa azul e branca.
"Sei que que vida não é fácil, mas também queria entender algumas coisas! Só quero jogar e ser feliz, pois desse jeito não aguento mais", escreveu o brasileiro, herói do título conquistado na época passada, quando marcou ao Benfica no jogo que decidiu o título.



Depois foi o guarda-redes suplente, o "gigante" Fabiano:



E para acabar em beleza, ainda veio o "novo Messi" meter sal na ferida:

Iturbe: «Kelvin, sei o que estás a passar»

Kelvin lamentou-se pela pouca utilização no FC Porto e houve quem lhe desse "cobertura". Também Juan Manuel Iturbe, atualmente por empréstimo no Hellas Verona, teve poucas oportunidades de dragão ao peito e aproveitou agora para defender o colega brasileiro.

"Força Kelvin. Sei o que estás a passar e não é fácil. Infelizmente, há pessoas que não te deixam ser feliz e jogar futebol como desejas", disse, em mensagem publicada na conta pessoal de Twitter, esta terça-feira.


Apito Mata-Ratos

Ontem, ao ver o Dia Seguinte, como costumo fazer sempre, subitamente, depois de ter assistido à teatral não-saída dos jogadores do Porto no dia anterior, quando ouvi o Rui Oliveira e Costa, ao dissertar sobre a crise no seu clube do coração, o Porto, falar sobre qualquer coisa que o António Oliveira teria dito na noite anterior, no programa Play-Off, senti um "click" e que me fez alcançar a real dimensão do que se está a passar no Dragão. Fui rever o programa de domingo à noite e registei algumas das frases mais "fortes" do António Oliveira:

- "E os clubes, não só os clubes, como até algumas infraestruturas desportivas neste momento, estão a começar a perder o respeito ao Futebol Clube do Porto. Eu diria até que, nalguns casos, até abusivamente, com falta de respeito. (...) As Federações, as Ligas, os Conselhos de Disciplina"

- "Eu sei o que estou a dizer e tenho legitimidade para o dizer e, para o fazer, muito mais ainda."

- "O que é que me parece que está aqui? Estamos perante um quadro (...) Não é uma cabala, há aqui uma orquestração enorme, de algumas estruturas do futebol português, para derrubar o Futebol Clube do Porto."

- "Eu sei o que estou a dizer (...) Algumas infraestruturas do futebol português - e não queria, repare, não queria, sequer, mencionar nem colocar nenhum aspecto político em redor desta questão, que até podia fazer mas não vou fazê-lo"

- "Como é que, por exemplo, num programa aqui, a semana passada, alguém* dum clube com responsabilidade, tem a 'certeza absoluta' que vai ganhar ali (sic) e atreve-se a dizer 'mas é a última vitória'?"

* (Acho que aqui o António Oliveira se estava a referir ao Rui Oliveira e Costa, infame adepto do Sporting e que, apesar das patetices que vai dizendo semanalmente, é uma personagem um pouco tenebrosa... Já li algures que o gajo é maçon e como tal, com acesso privilegiado a informação sensível dos meandros da vida política, social e porque não também, desportiva, do nosso país. Por alguma razão o gajo se mantém há anos e anos à "tona" do comentário desportivo televisivo (RTP, SIC) e, sendo dono de uma reputada empresa de "estudos de opinião", a Eurosondagem, (que trabalha directamente com orgãos de comunicação social ligados à Controlinveste - JN, DN, O Jogo, Sporttv), não será de estranhar que o António Oliveira o leve (extremamente) a sério quando ROC diz qualquer coisa do tipo "O fim do ciclo do Porto está próximo e até pode ganhar mais uma Liga mas não ganha mais nenhuma". Quer dizer, creio que foi a isto que o António Oliveira se referiu, não fui rever o Dia Seguinte da semana passada para o confirmar. Mas se não foi ao ROC que ele se estava a referir, então foi ao representante lampião, Rui Gomes da Silva, que é a mesma coisa, e de quem já li algures que também seria "maçon" (e advogado, político, ex-Ministro...) e, portanto, também é alguém com acesso a muita informação privilegiada... Mesmo que aquela cara de pateta pareça dizer o contrário.)

- "Então mas eu digo isto porquê? Digo isto e não tenho conhecimento de nada do que se está a passar? Ninguém anda a dormir. E eu ando nisto há 40 e tal anos. Portanto, eu sei o que estou a dizer, conheço as pessoas, identifico-as, e sei que há uma grande orquestração em relação ao Futebol Clube do Porto."

- "Importante, para mim, é que os portistas, definitivamente, percebam: se unam cada vez mais, cada vez mais ao Futebol Clube do Porto, que se unam e não se desunam. O Porto vai passar por um período dificílimo - não é só desportivamente, atenção, chamo novamente a atenção para isso -"

- "Os problemas do Porto vão começar agora. O Porto não é só futebol. Repare, o Porto não é só um clube de futebol. As pessoas não se iludam."

- "Atenção. Unam-se, não se desunam. Porque o caminho vai ser muito longo e há muitos movimentos em curso, que vêm de variadíssimos quadrantes, variadíssimas instituições, variadíssimos estruturas que têm de derrubar o Futebol Clube do Porto."




Apito Mata-Ratos




Há duas formas de olhar para estas declarações de António Oliveira: ou as ouvimos como vindo de um mero ex-jogador de futebol e ex-selecionador que não desdenhava formas tão supersticiosas para ganhar jogos como colocar dentes de alho nos balneários ou lançar búzios no Brasil; ou ouvimo-las como vindo do irmão do dono da Sporttv, JN, DN, O Jogo, publicidade estática nos estádios e percentagens em SADs de clubes (incluindo Sporting, Benfica e Porto), recém-formado em advocacia e um dos mais sérios candidatos a candidatos às iminentes eleições no Porto.

Se ouvirmos como descrito na primeira hipótese, acontece-vos o que me aconteceu a mim quando ouvi pela primeira vez no domingo: não liguei.

Se o ouvirmos como descrevi na segunda hipótese, lembrando-nos da curiosa expressão "os ratos não fogem" utilizada anteontem por Pinto da Costa, e sabendo da forma como Angelino Ferreira, o administrador da SAD do Porto para a área financeira, abandonou o "barco", a minha dedução é:


Está para arrebentar um novo Apito Dourado, agora "apontado" para as offshores, fundos de jogadores, fisco, etc. Vai uma aposta?



24 de fevereiro de 2014

Fim de Semana Com o Morto

Quando via ontem a decadente e patética "performance" de Pinto da Costa y sus muchachos, ontem, à saída do estádio do Dragão, rindo-se das perguntas dos jornalistas que o questionavam se Paulo Fonseca teria colocado o lugar à disposição e tentando fazer passar uma ideia de normalidade, lembrei-me de um icónico filme dos finais dos anos 80, o "Fim de Semana Com o Morto" (Weekend At Bernie's).


Foda-se, que Paint Sk1llz! \o/



Na ficção, tão cómica como as cenas ocorridas ultimamente no Dragão, os protagonistas Larry e Richard, a convite do patrão Bernie Lomax, vão passar um fim de semana de sonho à luxuosa mansão deste na ilha de Hampton. Lá chegados, dão de caras com o corpo de Lomax, assassinado pela Mafia, devido à sua ganância e perdição por rabos de saia. Larry e Richard, temendo que os acusem de o ter morto e de modo a manter a "normalidade", passam o fim de semana inteiro a fingir que Lomax está vivo. É isto que Pinto da Costa está a (tentar) fazer crer: que está tudo normal e que o Paulo Fonseca está "vivo". Bullshit. Paulo Fonseca está morto e bem morto e só ainda não foi "enterrado" porque há um Benfica-Guimarães esta noite e o Porto (ainda) está na Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga. Se o Benfica ganhar hoje, como se espera, e se o Porto não conseguir eliminar o Borussia, o Bayern, o Leverkusen, o Eintracht, então, aí sim, tenho poucas dúvidas que assistiremos ao "enterro" do Paulo Fonseca já no próximo fim de semana.

Em 1993, saiu a sequela "Fim de Semana Com o Morto 2" (Weekend At Bernie's II), cujo enredo não me lembro qual é nem me apeteceu ir ver agora. Sei que não teve tanto sucesso como o primeiro. Mas tenho a certeza de que sequela realizada no Dragão terá bastante mais sucesso...






23 de fevereiro de 2014

É O FIM!!

"Grande jogo"

A prova de que não percebo nada de futebol foi dada ontem quando o Luís Freitas Lobo designava como um "grande jogo" aquilo a que eu achava que estava a ser uma bela merda de jogo. Relvado de merda, Rio Ave enfiado lá atrás, à espera do erro do Sporting, jogadores leoninos com "medo" de meter o pé - ao contrário dos jogadores do Rio Ave -, enfim, estava dada a receita para o desastre. E quando o Jefferson fez a "bobeira" que resultou no golo do Rio Ave, pronto, estava tudo acabado.

Vitória de Mané às cavalitas de Slimani (apesar de na foto parecer o contrário) 


Estava eu a decidir em quem depositar as culpas de mais uma derrota em Vila do Conde - se no "nanismo" do André Martins, na "amorfidade" (esta palavra existe?) do Adrien, se no síndrome jogam-muito-nos-outros-clubes-mas-quando-chegam-ao-Sporting-parece-que-desaprendem- do Héldon - quando o Super Slimani chega lá acima e mete uma batata lá dentro, correspondendo brilhantemente a um cruzamento do redimido Jefferson.

E é aqui que chego a Leonardo Jardim. Muitas, muitas vezes pensei e disse-o "Epah, o Carrillo só joga bem quando entra a meio do jogo; quando joga a titular nunca faz nada!". E do mesmo quase que começava a pensar do Slimani, sobretudo depois do último jogo na Luz. Não o sei explicar, não percebo porquê (quer dizer, talvez porque nas segundas partes, os adversários já não marcam tanto em cima e haja mais espaço ou algo do tipo), o que sei é que os melhores jogos que vi do Carrillo e Slimani são aqueles que eles entram a meio do jogo. E os piores são, precisamente, aqueles que iniciam como titulares. Mindfuck do caraças. Ou não.

 Pois bem, e como é que ganhámos o jogo em Vila do Conde? Com as substituições do "mister" Leonardo Jardim. Podemos criticar o onze inicial, a táctica escolhida, tudo mas ao fim ao cabo, se não fossem as alterações do "mister", acho que não ganharíamos o jogo.

Curiosamente - ou não -, depois do golo da vitória do Mané, deixámos de ouvir o Freitas Lobo a falar em "grande jogo" ou que este estava a ser "o jogo dos treinadores". Vou gastar algum do meu tempo a ver e comparar a reação do Freitas Lobo a comentar golos do Sporting e Benfica. Aposto que não vou ficar surpreendido. :)

P'ra terminar, só dizer que já temos mais pontos do que tínhamos no final da época passada. Ah, e dizer que se o Mané jogasse no Benfica, nesta altura o debate do momento seria "Mané no Mundial?".

Mister



Três substituições, dois (Slimani e Mané) marcam os golos e o terceiro (Carrillo) faz a assistência para o golo da vitória.




mís·ter
(inglês mister, senhor)
substantivo masculino
1. Jovem ou homem que é premiado num concurso, geralmente de beleza ou afim.
2. [Gíria]   [Desporto]  Treinador, geralmente de futebol.
Palavras relacionadas: mister.

mis·ter |tér| 1
(latim ministerium, -ii, função, ofício, assistência)
substantivo masculino
1. Cargo ou actividade profissional. = ARTE, OCUPAÇÃO, OFÍCIO, PROFISSÃO
2. Aquilo que é forçoso, necessário ou urgente.
3. Incumbência, encargo.
4. Intuito, finalidade, objectivo.

"mister", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/mister [consultado em 23-02-2014].

22 de fevereiro de 2014

Sporting B

Há algum tempo que não via um jogo do Sporting B. Vi hoje contra o Moreirense e estava à espera de pior. Podíamos e devíamos ter ganho (aquelas bolas à barra...) mas também podíamos ter perdido. Fora disso, não quero falar mais do jogo nem se jogámos mal ou não, ou se o Abel é bom ou mau treinador.


Gostava de ver o Iuri a jogar a "10".


A forma que eu encontrei para tentar perceber e avaliar os jogadores e objectivos da equipa B é perguntar se "jogador X tem qualidade para jogar na equipa principal?". Segue a minha opinião:

- Luís Ribeiro. É o André Carriço dos guarda-redes. Excelente nas camadas jovens, sofrerá nos séniores. Faz-me lembrar o Mika, ex-Benfica e actualmente no Atlético, da 2ª Liga.

- Riquicho. Vai ser o suplente de Cédric, espero eu.

- Hugo Sousa. Não é mau mas só terá lugar no plantel principal se o José Eduardo Bettencourt voltar a ser presidente do Sporting e o Paulo Sérgio treinador.

- Samba. Ou vai-se tornar craque numa outra modalidade do Sporting (Karaté, Judo, Boxe) ou  vai ser um suplente do Maurício. Ainda não percebi bem.

- Kikas. Vai ser o patrão do meio-campo da equipa B do Sporting para o ano. E no seguinte. E no outro a seguir. E no outro...

- Wallyson. Tem pé esquerdo para fazer parte do plantel principal do Sporting já na próxima época. Falta agora o resto, que é o mais difícil.

- Dramé. Não é "bommm"... mas também não é "mauuu". Para já, tem lugar na equipa principal mas só nos sonhos dele.

- Esgaio. Já lá devia estar.

- Ponde. Vai-lhe fazer bem uma época emprestado ao Cercle Brugge.

- Manafá. Lembro-me que gostei muito de o ver jogar naquele mini-torneio/troféu Taça de Honra de Lisboa, na pré-época e hoje também não desgostei. Mas falta ali qualquer coisa... Tem a velocidade do Douala (lembram-se dele?) mas, infelizmente, também tem a capacidade de decisão do camaronês.

- Chaby, Chaby, Chaby...

(Não falei no Magrão e Piris, pois estão ambos já no plantel principal. Também não falei no João Mário, Medeiros nem no Betinho, pois esses têm lugar no plantel principal de caras, mais cedo ou mais tarde.)

Paulo Fonseca vai jogar com o Borussia, empata com Bayern e Eintracht e ainda vai a Leverkusen!

Às vezes, esqueço-me que tenho o blog... :P





Duas notas:

- Eu sei muito bem que quando o gajo disse "Bayern" ou "Bayer", se estava a referir ao Bayer Leverkusen, mas colocá-lo a enganar-se nos nomes de 3 clubes alemães tinha mais piada do que se fossem apenas 2... :P

- Sempre que alguém comenta o vídeo, recebo um email de aviso e onde contém o dito comentário. É delicioso ler os comentários dos adeptos do Porto e perceber a absoluta incredulidade, estupefação e raiva, muita raiva, que os portistas sentem em relação ao Paulo Fonseca. De admirar também os apelos a Pinto da Costa para que "faça algo", quase como um católico quando apela ao divino em momentos de aflição. Delicioso. :)

20 de fevereiro de 2014

Hoje sou grego, como sempre.

"No jogo Bemfica-Sparta os «Leões» aplaudiam as avançadas dos tchecos... Em compensação no Sporting-Sparta os «vermelhos» aplaudiam também os tchecos.
 Não é desportivo, nem se compreende como o faciosismo possa levar adeptos dos nossos 2 maiores clubs a procederem desta maneira.
Quem nos ajuda a remar contra a maré e a dizer ao publico que quando um dos nossos clubs joga contra estrangeiros, não é o Sporting nem o Bemfica que jogam, mas sim portugueses contra estrangeiros?"

O Domingo Ilustrado, #51, 03 de Janeiro de 1926

Bada Bing

Vi, por mero acaso, os últimos 5 minutos do Porto 2-2 Valongo, a contar para o Campeonato Nacional de hóquei em patins, no Porto Canal. Vou só anotar o que mais me ficou na retina:

- A extrema masculinidade exibida pelos atletas (nas tatuagens, na atitude, nos palavrões, nas ameaças ao público, etc) que praticam um desporto em que é necessário saber andar com umas rodinhas nos pés e com um pau nas mãos.

- O Valongo ganhava 1-2 quando comecei a ver o jogo. Passado pouco tempo, o Porto chegou ao empate após um penalty onde foi claro, até para leigos como eu, que o jogador do Porto se mandou para o chão. O treinador do Valongo ficou tão indignado que até foi admoestado com um cartão azul.

- Imediatamente ao apito final, as câmaras do Porto Canal focaram exclusivamente a cara de resignação dos jogadores portistas e nem um segundo foi gasto pela televisão que queria "eliminar o estigma de que isto era um canal do FC Porto" para filmar a natural festa dos jogadores do Valongo junto à bancada onde se encontravam os seus adeptos. Acho que os valonguenses irão manter esse estigma.

- Apreciei a ironia do repórter de campo do Porto Canal, que, logo na primeira pergunta ao treinador do Porto na flash-interview, comenta "importa desmistificar que o Valongo hoje não foi campeão nacional".

- Registei que ninguém do Valongo falou e não houve nenhuma justificação aos telespectadores por que tal não aconteceu. Será que é normal não entrevistarem os jogadores/treinadores adversários? Chiça, até na Benfica TV, um canal de televisão declaradamente de clube, o fazem!



Um destes dois personagens é um mafioso conhecido. Qual?


Para terminar, um sinal de que o "Império" está a cair, é quando o homem do dinheiro bate com a porta antes da venda ou falência do negócio que tantos bolsos fez encher de dinheiro aos seus "accionistas". A saída do Angelino Ferreira, que controlava o cash flow, isto é, o guito do FCP há 20 anos, é quase tão surpreendente como seria se num dos últimos episódios de Os Sopranos, o tipo que controlava o dinheiro do Tony, Silvio Dante, se demitisse de gerente do Bada Bing e fosse gozar o resto da reforma na Florida, levando com ele na memória os segredos do negócio de "família".

 Pensando melhor, talvez outro suicídio nas casas de banho do Dragão fosse demasiado suspeito e assim deixaram-no sair sem problemas... até aparecer morto na piscina da sua casa no Algarve, devido a um ataque cardíaco ou coisa parecida.

Ninguém se reforma da máfia.

19 de fevereiro de 2014

9Alba, o Xamã argeliino que veste a camisola do Sporting

Começaram a surgir umas imagens de um adepto de um clube argelino qualquer, equipado com a camisola do Sporting, pendurado na cobertura de um estádio armado em Homem-Aranha e, supostamente, preso pela polícia por ter invadido o relvado. Um streaker argelino-leonino, portanto.

Parece que esta merda de andar pendurado em estádios de futebol é muito popular no Magrebe.


Anda, vou-te levar a ver um jogo na Lixeira da Luz num dia de Inverno, em janeiro.


Perdi algum tempo a pesquisar e este tipo não é um maluco qualquer, o gajo é - parece-me - o chefe ou uma merda assim de uma das claques, os "La MIA VITA ღ USM Marengo", do clube argelino USMM Hadjout, que está actualmente na 2ª divisão mas que não o impede de ter assistências e ambientes no estádio de fazer inveja as muitos clubes europeus, nomeadamente portugueses. Nos vários comentários a fotos onde o gajo aparece, muitos falam num tal 9Alba (Um derivado de Karba?), suponho que seja o nome de guerra dele. E não é só na página dos "La MIA VITA" que o gajo aparece. Aparece nesta, nesta ou nesta.


O gajo tem pinta daqueles Xamãs norte-americanos, líderes espirituais de uma seita.


Curto estas merdas. O clube dele, aparentemente, equipa à Sporting (ou pelo menos veste as cores verde e brancas) e imagino o estatuto que não deverá ser, poder envergar uma camisola de um grande clube europeu que use as mesmas cores. Nos vários vídeos que vi a propósito deste clube e respectivas claques, vi algumas camisolas do Celtic e adereços do Saint-Étienne, por exemplo, mas neste momento julgo que a maior ambição de um ultra dos USMM Hadjout passa por conseguir ter uma camisola do Sporting, com o nome "Slimani" escrito atrás...


Como se diz "Fuck A.C.A.B." em árabe?

16 de fevereiro de 2014

Futebol português num .gif


NÓS ACREDITAMOS EM VOCÊS! (Orgulho) V2




Ainda em relação ao vídeo "NÓS ACREDITAMOS EM VOCÊS", só para dizer que não sei do que é que gosto mais. Se...

 - ... da sobriedade do Sportinguista dos 0:35
- Do cachecol do Sportinguista dos 0:38 e que fez o meu pai soltar um "Também tens de me agradecer!"
- Da cumplicidade Sportinguista entre pai e filho aos 0:40, 0:54 e 1:25
- Do genuíno optimismo do Sportinguista aos 0:45
- Do "Eu acredito em bocês" do Sportinguista aos 0:48
- Da confiança do Sportinguista aos 1:03
- Do calor do Sportinguista angolano aos 1:09
- Do calor do Sportinguista "moçambicano" aos 1:37
- Da alegria da futura Sportinguista aos 1:12
- Do Sportinguista "canino", metido entre pai e filha, aos 1:18
- Do fervoroso Sportinguista aos 1:20
- Da decoração do quarto Sportinguista aos 1:24, 1:33 e 2:18
- Da sintonia Sportinguista aos 1:27 
- Do entusiasmo Sportinguista aos 1:51
- Do simbolismo clássico do Sportinguista aos 1:54 
- Do "Eu acredito em vocês" com sotaque castelhano, aos 1:59
- Do grito uníssono das leoas, aos 2:01
- Do sentido de humor Sportinguista, aos 2:04
- Da originalidade Sportinguista, aos 2:25
- Do dramatismo do Sportinguista aos 2:37
- Do realismo dos leãos, aos 2:45 e 2:57
- Da "fofura" da leozinha aos 2:50
- Das rugas leoninas aos 2:54
- Do Sportinguismo árabe aos 3:03


 Muitas palavras, muitas línguas, o mesmo sentimento: Sporting Clube de Portugal!

NÓS ACREDITAMOS EM VOCÊS! (Orgulho)

15 de fevereiro de 2014

Bus

O meu lugar favorito em viagens de autocarro é o mesmo do nosso capitão, Ricardo Dias.


Já tinha pensado nisto antes mas só agora, depois de ter visto este post no Facebook da página oficial do jogador de andebol do Sporting, Pedro Solha, é que me lembrei de escrever algo....

Aparentemente, a equipa de futebol tem um autocarro de "última geração" e a equipa de andebol tem outro mais modesto, conforme se pode ver na foto que o Pedro Solha publicou. Ora, em dias como o de hoje, em que a equipa de futebol joga em Alvalade e a viagem desde Alcochete até ao estádio até é curta, porque não abdicar do autocarro "premium" e libertá-lo em prol da equipa de andebol que, nesse mesmo dia, tem de se deslocar até Mafra para jogar um jogo "europeu"? Custa assim tanto ir desde Alcochete até Alvalade neste autocarro? Seria por isso que não ganharíamos o jogo mais logo?

Eu sei que poderá soar a demagogia mas nestes pequenos pormenores, por vezes, está a diferença que faz ganhar jogos ou perdê-los. Conseguem imaginar o "plus" de energia que os jogadores de andebol sentiriam ao chegar ao pavilhão de Mafra, para defrontar o todo-poderoso Montpellier, num imponente autocarro de dois andares?


Who did it?

Sábado, dia de Sporting-Olhanense, e não consigo deixar de pensar no jogo de terça-feira. Quero culpar alguém mas não consigo culpar Jardim, Eric ou Bruno de Carvalho. Nos últimos 26 jogos contra Benfica e Porto e apenas… duas vitórias. Esta merda, como já tentei explicar nos últimos posts, não é uma coincidência. O poço do Sporting começou-se a escavar com Santana Lopes e Roquette e acabámos a enterrar-nos com Bettencourt e Godinho Lopes. Paulo Sérgio? Carvalhal? Maniche? Caicedo? Pongolle?!? As pistas para o “suicídio” do Sporting no derby de terça-feira estão aí todas à vista, basta procurar mas não é na constituição para o onze de Jardim que (não) jogou na terça que as vão encontrar.



Dica: já foi presidente do Sporting e tem nome com duas consoantes.


Pronto, era só mais um desabafo. Vamos lá olhar para o que interessa, o futuro. P’ra já, vem aí o jogo de mais logo com o Olhanense.

É p’ra ganhar. Golear, se possível. Não há muito mais a dizer antes de um jogo contra o último ou penúltimo e que já contratou trinta (30!) jogadores esta época.

Só uma observação: ouvi a conferência de imprensa de Leonardo Jardim na quinta-feira e ele deu a entender que a forma apática como a equipa do Sporting tem entrado nas primeiras partes dos últimos jogos (e só depois nas segundas partes é que se “lembra” que tem de ganhar…) é mais por culpa dos jogadores do que das indicações do treinador. Segundo ele, as indicações que dá antes do jogo vão em sentido contrário: entrar a “matar”, logo na primeira-parte.

Ora, se o treinador diz que é para entrar a “matar”, por que razão não o fazem os jogadores? Fica a pergunta.

Para o resto do campeonato, o que almejo é nada mais do que o 2º lugar. O Benfica, só com muita, muita, muita inabilidade é que não conseguirá ser campeão. Tendo em conta a conjetura e a forma como esta época foi planeada (ano zero), se conseguirmos terminar em 2º, à frente do tri-campeão nacional, será uma época muito, muito, boa.

O 3º lugar, apesar de não dar acesso direto à Liga dos Campeões, não se poderá dizer que seja uma época de sucesso. Nem o contrário. Fica ali no meio termo, num “limbo” qualquer. É bom mas também é mau. É mau mas também é bom. Olhando para a última época, é bom. Olhando para a história do Sporting, é mau.

Havia mais merdas p’ra comentar, como por exemplo a nomeação de Duarte Gomes (ahahahaha) para o jogo do Benfica em Paços de Ferreira, mas fica para outra ocasião.


SL

13 de fevereiro de 2014

Piscinero

Este "piscinero" tinha lugar na equipa do Benfica.


Imagine-se o vigarista: prestes a atravessar a estrada, utilizando a passadeira para peões, espera que um automóvel abrande e trave para o deixar passar. Assim que caminha em frente do automóvel, manda um salto para cima do capot e deixa-se cair no chão, fingindo ser atropelado. Grita e esbraceja, de modo aque o polícia que se encontra no outro lado da estrada repare nele e vá em seu auxílio. Ouvido o “atropelado”, ergue-se imediatamente um julgamento sumário. Ouvem-se as testemunhas que viram a cena, que repetem durante o julgamento que foi o peão que se atirou para cima do automóvel e que a culpa de o condutor ter sido multado foi do polícia que o multou. No final do julgamento sumário, o condutor é punido com multa, inibição de conduzir nos próximos tempos e ainda vê a sua seguradora ser obrigada a indemnizar o peão “atropelado”. As testemunhas repetem que a culpa é toda do polícia, que ele viu mal a cena e nem uma palavra de reprovação dedicam ao peão que o enganou.

No final do julgamento, à porta do tribunal, o jornalista de serviço ouve primeiro o peão “enganador” e, pasme-se, a primeira pergunta que faz é sobre a forma como se tinha esquivado, desta vez sim, a um atropelamento eminente, quando saltou por cima da parte da frente de um automóvel quando atravessava a estrada momentos antes de o automóvel o tocar. Ouvem-se mais uns elogios do jornalista ao peão e sobre a situação que o levou a ser indemnizado com base numa mentira, nem uma palavra. Zero. Ouve-se ainda o pai do automobilista multado e este, tal como as testemunhas, dirige toda a sua ira em direção ao polícia que foi enganado e nem uma palavra de reprovação ao peão que tramou o filho.



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Imagine-se o "piscinero": prestes a atravessar a grande-área, utilizando o espaço livre deixado pela defesa do Braga, espera que adversário abrande e trave para o deixar passar. Assim que caminha em frente do jogador do Braga, espera que ele se aproxime e deixa-se cair no relvado, fingindo ser tocado. Levanta os braços, olha para o árbitro, grita que foi rasteirado e dentro de segundos, aparece o árbitro do jogo. Ouvido o “rasteirado”, apita imediatamente  para a marca de grande penalidade. Ouvem-se os comentadores da TVI, que repetem durante o o jogo  que foi o jogador do Rio Ave que se atirou para o chão e que a culpa de o jogador do Braga ter sido expulso foi do árbitro que o castigou. Após a decisão de marcar grande penalidade, o jogador do Braga é expulso, ficará impedido de disputar o próximo jogo e ainda vê a equipa adversária beneficiar de uma grande penalidade. Os comentadores da TVI repetem que a culpa é do árbitro, que ele foi enganado e nem uma palavra de reprovação dedicam ao jogador do Rio Ave que o enganou.


No final do jogo, à entrada do túnel, o jornalista da TVI ouve primeiro o jogador do Rio Ave “piscinero” e, pasme-se, a primeira pergunta que faz é sobre a forma como tinha marcado o segundo golo ao Braga, desta vez sim, um golo limpo, sem nada a apontar a não ser a forma exímia como conseguiu colocar a bola dentro da baliza e fora do alcance do guarda-redes do Braga. Ouvem-se mais uns elogios do jornalista ao “piscineiro” e sobre a situação que o levou a ser beneficiado com um penalty inexistente, nem uma palavra. Zero. Ouve-se ainda o treinador do jogador do Braga expulso e este, tal como os jornalistas, dirige toda a sua ira em direção ao árbitro que foi enganado e nem uma palavra de reprovação ao jogador que tramou a sua equipa. 

É isto o futebol português.

A nova árvore do Sporting

No documentário “Is the Man Who Is Tall Happy?”, Noam Chomsky, reconhecido filósofo dos nossos tempos e reputado professor de Linguística, às tantas, no meio da conversa com o autor do filme, para ilustrar melhor a sua ideia sobre diferenças entre percepção, realidade e noção de “continuidade” e merdas do tipo, utiliza um exemplo simples mas interessante:

Plantamos uma árvore, ela cresce, e a dada altura cortamos um ramo e plantamos esse mesmo ramo. Imaginemos que esse ramo cresce até se tornar numa outra árvore, idêntica à original. Imaginemos depois que cortamos e deitamos abaixo a árvore original. Ambas têm as mesmas propriedades genéticas mas sabemos que não se trata da mesma árvore, de per si.

Se chegasse alguém de fora e apenas visse a nova árvore, diria que aquela é a árvore genuína mas nós, que vimos a árvore original ser cortada, sabemos que isso não é verdade.



Olha a árvore do Godinho a ser mandada abaixo.


Qualquer alienígena que tivesse chegado a Portugal na terça-feira e visto o derby e lhe perguntassem depois do jogo, quantos Sporting’s existem, ele responderia certamente apenas “um”, o Sporting que ele viu ser atropelado na Luz. Ele não conhece nenhum outro. 

Chomsky terminou o exemplo da árvore dizendo que, quando a árvore é cortada, existe uma "continuidade abstracta" e que é apenas perceptível a quem viu a árvore ser cortada e a nova a ser plantada. Nós assistimos ao derrube da “árvore” de Godinho Lopes e plantámos o ramo do qual nasceu este novo Sporting de BdC, Jardim e William Carvalho

O Sporting de hoje (ainda) é muito mais do que os noventa minutos que durou o jogo de terça-feira, não nos esqueçamos disso.

11 de fevereiro de 2014

Benfiquite aguda

Não vou dizer que já sabia que íamos perder mas… eu sabia que muito dificilmente conseguiríamos empatar na Lixeira, quanto mais ganhar. E ainda por cima com a equipa completamente transfigurada devido às ausências de Jefferson, Carvalho e… Capel e Carrillo. Sim, para mim, foram quatro ausências daquela equipa-tipo que nos iludiu durante as primeiras jornadas da Liga e não apenas duas.

 Quando finalmente parecia que o Jardim estava, finalmente, a “domar” o génio do Carrillo e a ensiná-lo a “como se deve jogar na Europa” e onde vimos o peruano, por exemplo, a ajudar a defesa como nunca até aqui o tinha feito, eis que, subitamente, saem da equipa o jogador que conseguia meter a cabeça em água ao Maxi (Capel) e o Carrillo mais “europeu” que já tínhamos visto até agora. Mas pronto, são opções técnicas, não sou treinador e portanto não vou dizer que o Dier devia ter jogado ao lado do Maurício, o Rojo a defesa-esquerdo e o Adrien a “trinco”. Não.



O que quero falar é da doença que o Sporting começou a desenvolver desde há décadas e que só nos últimos anos, perante os sintomas evidentes, se chegou a um diagnóstico conclusivo e que resultou no tratamento de choque de março passado. Tal como o puto que começou a ir p’ra trás do pavilhão dar umas passas nos primeiros cigarros, deslumbrado com súbita aceitação no grupo mais cool do recreio da escola, o Sporting também se deixou deslumbrar com os milhões da Liga dos Campeões que começaram a cair nos cofres de Alvalade e com a entrada no gang mais in da Europa do futebol. Os efeitos adversos daquelas idas para trás do pavilhão (e depois na rua, no bar, em casa…) e das épocas de Filipe Soares Franco, Paulo Bento e JEB, estão agora a fazer-se sentir. O fumador que descobriu que tinha cancro do pulmão deixou de fumar em março passado, é verdade, mas não é por isso que se sente melhor agora. 

Com a quimio e radioterapia com que é obrigado a levar todos os dias para se manter vivo, admira é como ainda se consegue levantar todos os dias para ir à luta. O Sporting, após os anos de ilusão da Champions e a gastar o que não devia, viu-se obrigado também em março passado a iniciar um tratamento tão drástico quanto necessário. E mesmo que o Sporting esteja, lentamente, a curar-se da grave doença que o aflige, o que é certo é que vai levar anos e anos até vermos de novo um Sporting forte e saudável, tal como era aquele puto antes de começar a fumar e que só pensava em jogar à bola.



Tens lume?



Um dos sintomas da grave doença que o Sporting padecia e ainda padece é a forma como começou a encarar os jogos com o Benfica. Desenvolvemos uma benfiquite aguda. Deixaram de ser jogos para serem ganhos por si mesmo, pelo valor intrínseco que tem um derby e começaram, com FSF e PB, principalmente, a serem encarados como um meio para alcançar um fim: um lugar na Liga dos Campeões. 

 Aos poucos e poucos, os derbies deixaram de ser jogos diferentes para passarem a ser um jogo como outro qualquer. Aquele Sporting que aprendi a ver e que ia jogar à Luz ou às Antas como se estivesse a jogar em Alvalade (o Sporting de Pedro Barbosa ou Sá Pinto, por exemplo), deu lugar a um Sporting mais pragmático, menos corajoso, mais temerário… e o resultado está à vista: 8(!) anos sem ganhar na Lixeira. E não sei quantos sem marcar um único golo.


É... Isto ainda vai levar uns anos a curar e é por isso que, para mim, o mais importante não é saber qual a equipa que o Jardim pôs hoje a jogar ou se o Capel devia ter jogado de início ou se o Piris devia ter ficado em casa, nada disso. Neste momento, mais importante é saber se a maior parte destes jogadores estarão cá para o ano

Só assim conseguiremos acabar com esta benfiquite aguda; com dois, três, quatro anos seguidos a jogar com a mesma equipa-base, com o mesmo grupo de jogadores a enfrentar o ambiente adverso na Lixeira de modo a que, finalmente, o nosso equipa consiga desenvolver os anti-corpos necessários para combater esta maleita que nos aflige há anos. 

O que eu espero é que o Sporting se mantenha nos tratamentos e não tenha uma recaída que o leve começar a "fumar" novamente...

10 de fevereiro de 2014

Isto é ser magnânimo. Isto é (finalmente) ser Sporting.

Não foi há muito tempo: há pouco mais de um ano, o jogo Sporting - Videoton, a contar para a Europa League, foi cancelado por causa da uma chuvada "daquelas" e que deixou o relvado completamente alagado. Resultado? A UEFA decidiu adiar o jogo para o dia seguinte, uma sexta-feira, para as 20h05m. Problema? É que na próxima segunda-feira, às 20h15m ou seja, menos de 72 horas "mínimas" de intervalo entre jogos oficiais, jogar-se-ia o derby com o Benfica.

Ah, saudades do relvado do tempo do Godinho...

Resolução? Admito que, mesmo não tendo sido feito da melhor forma, o Sporting tentou que o derby fosse adiado por um dia, de modo a que o Sporting descansasse as tais 72 horas mínimas obrigatórias e que o jogo com o Benfica fosse jogado apenas na terça-feira seguinte. Tal não aconteceu (seja por "culpa" da LPFP e/ou do Benfica ou mesmo da forma "autoritária" como o Sporting quis impor o adiamento, não interessa) e o Sporting lá foi jogar com o Benfica na segunda-feira. Perdemos 1-3, btw.

Ora, na altura escrevi (último parágrafo) no Cabelo do Aimar que o Benfica tinha perdido uma oportunidade de ouro para colocar em actos aquilo que tanto gosta de apregoar. Se, de facto, é "maior clube de Portugal", mesmo que não sendo obrigatório, o Benfica, pela sua grandeza, deveria ter sido ele próprio a oferecer-se para adiar o jogo, quanto mais aceitar o pedido do Sporting para tal, até pela excelente forma que apresentavam na altura e pela miserável forma como estávamos a jogar, não havia assim tanto problema em dar a um "pobre" Sporting apenas mais um dia de descanso. Mas não o fez. Mais uma vez, a mesquinhez dos actos calaram as vagas palavras da propaganda lampiã.


É por isto tudo e por nada em especial que gostei de ouvir o que disse o Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, Jaime Marta Soares (personagem que até nem simpatizo muito, btw), afirmar o disse hoje em sobre postura do Sporting (aceitou de bom grado a marcação do Sporting para a próxima terça-feira) em relação à "quasi-tragédia" de ontem na Lixeira no estádio da Luz:

"O que aconteceu poderia ter acontecido noutro estádio qualquer, por isso, o Sporting, dentro do seu espírito de colaboração, demonstrou a sua postura de elevação"

Isto é ser magnânimo. Isto é (finalmente) ser Sporting.

9 de fevereiro de 2014

MADE IN CHINA

via ‏@LopeszTiago

Parece que este gajo é nosso...

Que golão!! Foda-se!!

Skjern 25-32 Sporting (inclui rip quase completo do jogo)

A seguir ao futebol, o desporto que mais gosto de ver é o andebol. Quando era puto, o andebol era o "segundo" desporto de toda a gente, seja na escola ou fora dela. Portanto, fui-me habituando a jogá-lo e a vê-lo. Hoje em dia, já não aprecio tanto mas mesmo assim, quando há um jogo interessante ou quando joga o Sporting, é impossível desviar o olhar da tv.

O Sporting, creio eu, alcançou ontem uma verdadeira façanha. Ir jogar à Dinamarca, um dos raros países em que, provavelmente, o andebol é desporto nº1 dos seus habitantes, à frente do futebol, e defrontar um dos participantes da Liga Local, o Skjern Håndbold (já uma vez campeão nacional, vencedor de duas Taças Challenge e que ainda na semana passada ganhou assim ao actual campeão dinamarquês) e vencer o jogo por uns esclarecedores 25-32 (chegou a haver uma diferença de 10 golos durante a segunda parte!) foi, pelo menos para o guarda-redes dinamarquês, um "escândalo" e a "pior derrota dos últimos nove anos".

Tenho muita pena - como a grande maioria dos Sportinguistas também deve ter - que o andebol do Sporting esteja tão abandonado. Literalmente abandonado pelos sócios, adeptos, direção... toda a gente não liga muito ao andebol do Sporting, seja pela falta de competitividade da equipa nos últimos anos, seja pela falta de pavilhão próprio ou simplesmente porque o andebol já não é um desporto assim tão atrativo, a verdade é que todos nós abandonámos o andebol do Sporting, excepto os fantásticos membros da Claque Oficial das Modalidades, a COM, que continuam irredutivelmente ao lado da equipa.

 Seria espectacular se esta jovem equipa pudesse ser brindada com mais público nos próximos jogos da Liga e da Taça EHF.

Nope, não se trata de dia de treino, foi mesmo durante o último jogo oficial do Sporting em casa...

Já uma verdadeira utopia seria conseguir manter Magalhães, Portela, Carol, Candeias e Rui Silva juntos por mais uns anos e a jogar num pavilhão novo... junto ao estádio Alvalade.



Deixo aqui o rip que fiz do jogo através de um stream de uma tv dinamarquesa. Aviso que faltam os primeiros 7 minutos da 1ª parte e os 2 primeiros minutos da 2ª parte. Acrescento ainda que os vídeos têm imensas falhas e breaks. Mas sempre é melhor que nada. :P





8 de fevereiro de 2014

O sistema

Tanta merda p’ra dizer e tão pouco tempo e talento p’ra o fazer.

Sobre o derby. Não somos favoritos e já não o éramos mesmo quando o William Carvalho e o Jefferson estavam disponíveis. Aliás, infelizmente, desde há uns anos p’ra cá que o Sporting não é favorito em qualquer derby ou clássico. Nem é preciso dizer aqui quando é que foi a última vez que ganhámos na Luz… ou marcámos lá um golo. (a sério, não me perguntem, porque eu não sei).

Mas mesmo com todo o favoritismo do lado dos lamps, o Conselho de Arbitragem ou lá como se chama a cena dirigida pelo inefável Vitor Pereira que decide as nomeações dos árbitros, resolveu nomear o madeirense Marco Ferreira para o derby, numa lógica de "psicologia invertida", isto é, vamos-nomear-o-pior-árbitro-dos-internacionais-para-o-jogo-mais-importante-da-época-pois-sendo-ele-madeirense-sentir-se-á-tão-condicionado-para-não-favorecer-o-conterrâneo-que-logicamente-o-prejudicará-de-modo-a-que-não-lhe-possam-apontar-o-dedo-depois-do-jogo, tal como eu tinha previsto no passado 21 de janeiro. É uma táctica brilhante, devo dizer.

E isto faz-me lembrar do “sistema”, Porto, Pinto da Costa, Luís Filipe Vieira , Liga, etc. Já repararam no silêncio de LFV em relação a PdC e ao “sistema”? Já repararam nas nomeações de árbitros para os jogos do Benfica esta época e nas últimas? Já repararam que, por exemplo, dos nove jogos de Bruno Paixão esta época na 1ª Liga, três deles foram para apitar jogos do Benfica? (todos eles com vitórias encarnadas, excepto o infame o último jogo de Barcelos, culpa de Cardozo… por ter falhado um penalty assinalado por Bruno Paixão, aos 92m de jogo) Já repararam que, na grande maioria das vezes, são árbitros não-internacionais que apitam os jogos do Benfica?

Neste momento, a relação entre Benfica e “sistema” (FPF, Liga, árbitros, etc) está como que em “ponto-rebuçado”, isto é, perfeita. São tantas as evidências deste facto que se torna enfadonho ter de enumera-las a todas mas cá vão algumas: o surgimento da Benfica TV, o constante apoio do Benfica à direção da Liga e FPF e subsequentes apoios à forma de dirigir a arbitragem (como é lembrado neste blog, o Benfica, ao contrário da opinião do actual Sporting, é a favor da nomeação dos árbitros… desde 2005!), o cada vez mais decrescente número de clubes que exigem a tal Assembleia-Geral Extraordinária para destituir o presidente da Liga (a última contagem era de apenas sete ou nove), enfim, tantos pormenores (árvores) à “solta” e que, quando os juntamos, conseguimos ver a “floresta”: o “sistema” (já) é do Benfica!



Esta época: 9 jogos da 1ª Liga apitados, nenhum do Sporting ou Porto, três do Benfica. \o/


E se querem mais provas, lembrem-se do que se está a passar no império nortenho:

- Entrada de Paulo Fonseca (diz-se por aí que o preferido de PdC era o Leonardo Jardim)
- Saída de Moutinho e James; entrada de Licá e Josué
- Saída de Lucho em janeiro
- A novela em redor de Lucho
- Izmailov
- Otamendi
- Fucile
- A, aparente, demissão de Angelino Ferreira da SAD do Porto

E, last but not the least, a mais efectiva prova de que algo está podre no reino do Dragão: a crítica pública de Manuel Serrão ao PdC e à direção do Porto, no programa (últimos 15 minutos) “Prolongamento”, na TVI24. A sério, há anos que me lembro de ver programas “desportivos” e não me recordo de uma crítica tão incisiva e tão descarada ao PdC por parte de um comentador do Porto como estes minutos finais do Manuel Serrão no último programa de segunda feira. Brutal.

Esta merda toda para quê? Para dizer que não nos iludamos, o Porto pode estar na merda e nós na melhor forma desde há algum tempo (e assim continuar nos próximos anos) mas o Benfica (já) tem esta merda toda controlada. Já dominam a arbitragem e, controlando isso, pouco resta a fazer… basta-lhes depois ter uma boa equipa plantel e um bom treinador. Nem mesmo um Sporting excepcional consegue vencer um sistema assim tão bem montado.


SL

6 de fevereiro de 2014

Ovelha negra?

O árbitro do derby irá ser o madeirense Marco Ferreira, tal como tinha previsto, no dia 21 de janeiro, neste post, quando escrevi:

"Btw, o árbitro do Benfica - Sporting vai ser o tipo da Madeira, Marco Ferreira. Será tão condicionado por ser conterrâneo de Leonardo Jardim nos dias anteriores ao jogo por ser madeirense, que acabará por tentar fazer tudo para demonstrar que não se deixa condicionar, mesmo que implique prejudicar o Sporting. Vai uma aposta?"


Vamos ver se esta cepa de homens madeirenses que têm saído para o nosso futebol (Cristiano Ronaldo, Leonel Pontes, Leonardo Jardim) mantém a qualidade a que estamos habituados ou se, pelo contrário, vamos encontrar a "ovelha negra" do futebol madeirense, a excepção que confirma a regra...


Que pesará mais na consciência de Marco Ferreira? Deixar mal alguns milhares de madeirenses ou milhões de benfiquistas?

“Prudência no ataque e na defesa"

Yep, é mesmo uma Taça Monumental



Sábado, 24 de Abril de 1948. (…) Eram 19.30 e Mestre Cândido ainda não entrara na sala onde, sobre uma mesa, estava o tabuleiro e respetivos bonecos destinados à lição de táctica a empregar no jogo do dia imediato. Tratava-se de um “Benfica-Sporting”, decidindo-se nesse encontro, não só o título de Campeão Nacional da época 1947/48, como ainda o Sporting poder conquistar, definitivamente, a Taça Monumental de “O Século”*. A importância do jogo tornava indispensável o emprego de uma táctica maduramente estudada e ponderada. (…)



Domingo, 25 de Abril de 1948. Na cabine do campo do Benfica, meia hora antes do jogo, toda a equipa estava pronta. Tenho uma ideia tão clara e precisa do tudo o que se passou que me parece estar a ouvir, neste momento, Mestre Cândido de Oliveira, dizendo-nos:  

   - Vamos ter uma partida até certo ponto difícil. O Benfica entra em campo com a vantagem de duas bolas; praticamente a ganhar por 2-0. Contudo, se cada um se compenetrar da sua tarefa e realizar como sabe e pode, confio na vitória que nos sirva para ganhar o campeonato e a Taça de “O Século”.

E Mestre Cândido iniciou a lição:

  - Muito cuidado na defesa, porque todos sabemos que o Benfica vai entrar a todo o gás, procurando, nos primeiros minutos, aumentar a vantagem. Não podemos consentir que tal se dê. O Travassos auxiliará a defesa, pelo que jogará ligeiramente recuado. Procurará lançar os seus companheiros da frente com passes longos, de preferência aos extremos. Assim que a nossa linha da frente perca a bola em favor do adversário, o Travassos entrará, imediatamente, a defender. O Vasques auxiliará a defesa mas terá de estar ao ataque sempre que a bola esteja no campo adversário. Assim, teremos à frente quatro avançados em luta constante com a defesa do Benfica.

  - E tu, Moreira, não largarás nunca o Julinho. Onde ele estiver estarás tu. O Julinho não poderá ganhar nenhum lance; tu não deixarás. Antecipa-te sempre. Não o largues.
  - Os médios não largarão os meia-ponta contrários, quando estes vierem para o nosso campo. Por outro lado, os nossos meia-ponta não poderão deixar em liberdade os médios do Benfica, quando sofrermos um ataque, mas quando formos nós a atacar acompanhem a linha da frente, mas não se esqueçam que o adversário poderá contra-atacar rapidamente. Cautela, portanto.
  - Vocês, os avançados, procurem fazer um ou dois golos o mais rapidamente possível.
  - Estou em crer que mesmo sem a colaboração 100% do Travassos, vocês quatro conseguirão vencer a defesa do Benfica.
  - Assim que estivermos em igualdade, quer dizer, se tivermos a sorte de fazer dois golos e eles nenhum, então, em igualdade, vamos jogar – embora com toda a cautela na defesa – o nosso jogo de ataque em forma.
  - Quero dizer-lhes, com toda a sinceridade, que estou absolutamente convencido de que ganharemos o encontro pela margem necessária. Se cada um cumprir, cabalmente, a sua tarefa, o campeonato será nosso”.

Claro está que outros pormenores foram, também, estudados, mas referi-los agora seria maçador. (…) A táctica adoptada pode sintetizar-se nesta frase: “Prudência no ataque e na defesa”. Ponto culminante a atingir: três golos sem resposta.

O sistema de jogo aconselhável devia assentar numa defesa e num ataque prudentes e cautelosos. Uma vez cortado o ímpeto inicial da equipa adversária e conseguidos os golos que nos dessem a igualdade (dois), então seria de boa visão forçar o ataque, procurando explorar a natural perturbação do adversário.

O leitor poderá fazer esta pergunta: E se o Benfica tivesse feito um golo antes de o Sporting o conseguir, como jogaria a equipa “leonina” desse momento em diante? Tentarei responder:

Mesmo que essa hipótese se verificasse, o Sporting não abandonaria o sistema inicial – pelo menos no decorrer da primeira parte. Tentaria organizar-se na defesa, se fosse possível melhor ainda do que até aí, para refrear o golpe de força que esse golo daria ao adversário. Pois não era de esperar que a equipa do Benfica, em tais circunstâncias, se lançaria ao ataque com redobrado ímpeto? Logo, para evitarmos um desastre, os cuidados na defesa deviam ser redobrados. Seria loucura a equipa do Sporting – ou qualquer outra em situação idêntica – lançar-se deliberadamente ao ataque. Sucumbiria inevitavelmente!

A equipa do Sporting (refiro-me à daquele tempo) não cometeria tal erro, nem o técnico responsável nos aconselharia semelhante processo de jogo. Os jogadores não tinham cabeça só… para usar chapéu!

Admitindo, contudo, que o Benfica, nesse jogo, tivesse conseguido uma vantagem de três bolas nos 45 minutos iniciais, na segunda parte, então, o caso mudaria de figura. De resto, esta hipótese foi prevista por Mestre Cândido de Oliveira. Nada andou – nem andava nesse tempo! – ao sabor das ondas…
Na segunda parte, dizia, a equipa do Sporting empregaria táctica diferente e faria como diz o Povo: “perdido por um, perdido por mil” e jogaríamos assim: médios e avançados, uma vez de posse de bola, atacariam em massa, em fúria. Quando surgisse o contra-ataque, os interiores e médios a defender com unhas e dentes, em marcação cerrada, com a ajuda dos três companheiros de defesa. Por nossa vez procuraríamos, também, contra-atacar rapidamente, de modo a aproveitarmos possíveis brechas no sistema defensivo do Benfica, provocadas pela fúria do seu ataque.

É evidente que esta táctica só é possível impor a um conjunto possuidor de extraordinária preparação física e que na cabeça dos jogadores haja massa cinzenta… utilizável. Não me afasto da verdade afirmando que a equipa do Sporting, nesse tempo, possuía as duas coisas: perna e cérebro. Deixemos o campo das hipóteses e voltemos à realidade do encontro disputado em 25 de Abril de 1948. O Sporting bateu o Benfica por 4-1, ganhando o título de Campeão Nacional e ficou, definitivamente, detentor da Taça Monumental de “O Século”!


*Troféu instituído pelo jornal O Século em 1938, a propósito do cinquentenário da introdução do futebol em Portugal (em 1888), e que premiava a primeira equipa a conseguir três títulos nacionais consecutivos ou cinco alternados, ou caso não se registasse nenhuma das situações, quem fosse campeão nacional no 10º ano da sua disputa, o que veio a acontecer em 1949, ano do primeiro tricampeonato leonino.


in Memórias de Peyroteo - A autobiografia do maior goleador do futebol português, págs 118, 119, 120, 121 e 122.


4 de fevereiro de 2014

Jefferson

A propósito de um comentário de um leitor anónimo neste post, lembrei-me de rever o lance da lesão do Jefferson e que lhe deixou o tornozelo neste estado:


"Boletim clínico: Contraiu uma entorse grave no tornozelo esquerdo. Encontra-se em tratamento." in Sporting.pt


O .gif:


Nem falta foi, quanto mais levar cartão. Futebol Português!! \m/

(a imagem é "pesada" - 4mb - e demora um pouco a carregar. :P)

3 de fevereiro de 2014

Giríssimo

He's done it again.

Depois do jogo de Arouca, a televisão pública brinda-nos mais uma vez com um resumo adulterado do jogo do Sporting, desta vez contra a Académica. Mas os outros protagonistas continuam os mesmos: Sporttv, RTP e o seu jornalista, Alexandre Albuquerque.

A meio da peça "jornalística" (aos 23m), assinada pelo Alexandre, sai isto:

""A primeira parte fecha com um lance controverso. Fernando Alexandre é agarrado na área por Adrien Silva. O árbitro Paulo Baptista mandou seguir."

Reparem na peremptoriedade de Alexandre: "Fernando Alexandre é agarrado na área por Adrien Silva."

E reparemos no vídeo que a RTP utiliza para demonstrar o lance:




E, de facto, esclareceu bastante os espectadores da televisão pública... principalmente aqueles que queriam saber as horas e o estado do trânsito na VCI do Porto.

E no Jornal da Tarde também não foi muito melhor, excepto para sabermos se a senhora da linguagem gestual puxou alguém com o braço:





Vejamos agora uma repetição que a Sporttv transmitiu, despercebidamente, durante o intervalo do jogo e que não foi mais vista em qualquer outro resumo do jogo nos mais diversos canais de televisão nacionais.





Acho que é evidente, logo no início da jogada, o puxão... do Fernando ao Adrien.




E pronto, é isto todas as semanas. Já não basta nos roubarem no campo, temos ainda de levar com a ideia generalizada e propagandeada por esta imprensa quadrúpede de que o Sporting foi beneficiado, quando na verdade, formos prejudicados.


Bom, resta-me ao menos agradecer ao Alexandre Albuquerque e à RTP/Sporttv o facto de, graças aos seus resumos dos jogos do Sporting, conseguir agora perceber o que sentem as mulheres que são violadas e que depois lhes dizem que o foram por culpa própria, por usarem mini-saia e pintarem os lábios.

E as estas lições de sexualidade vindas do jornalista desportivo que acha o David Beckham "giríssimo" tem a sua piada... (Queria colocar aqui o link para o vídeo Youtube onde se ouve o gajo dizer isso em directo, durante um jogo Man Utd - Benfica, mas não encontrei! Juro que foi verdade. Pelo menos este tipo que comentou num blog em 2011 também se lembra - enganou-se foi no canal, não foi na Sporttv, foi mesmo na RTP)


E na tal contagem de espingardas para o derby, já nem vale a pena perder tempo com isso... Sem William, Jefferson e com a onda vermelha "apaixonada" bem viva, como se viu em Barcelos, resta-nos esperar pelo pior e tentar lutar com dignidade. Não peço mais.



SL


P.S. Esqueci-me de acrescentar o "tribunal" do jornal O JOGO, onde os três ex-árbitros têm a mesma opinião: Foi Fernando quem puxou primeiro o Adrien.



Palavra de Peyroteo


2 de fevereiro de 2014

+1... ou -4


Mais sereno que uma estátua da Ilha da Páscoa

No episódio “Remember When” dos Sopranos (temporada 6, episódio 15), Junior Soprano, o homem a quem Tony Soprano tinha mais respeito que ao próprio pai, é colocado num asylum, isto é, numa casa para velhotes com Alzheimer e coisas parecidas, e das primeiras coisas que faz quando lá chega é organizar um jogo de poker usando botões de camisas brancos e vermelhos como chips, vendendo coca-colas e barras de chocolates aos participantes da jogatana (doentes psicóticos, sofredores de alzheimer, esquizofrénicos, etc) . Resquícios da sua vida de mafioso.

O Porto é o Junior dos Sopranos.  Mesmo depois de Apitos Dourados, fruta, cafézinhos, viagens ao Brasil, foguetes no estádio e cenas parecidas, a tentação de começar um jogo decisivo da "Taça da Cerveja" três minutos depois de a partida do adversário directo se ter iniciado é maior do que a vontade de um ex-alcoólico russo em beber um shot de vodka na festa de aniversário do irmão. Está-lhes no sangue.

Por outro lado, dá para aferir da reputação e credibilidade que o Porto, apesar de dezenas e dezenas de títulos alcançados nos últimos anos, conseguiu granjear. Três míseros minutos de atraso e ninguém, Sportinguistas, Benfiquistas e mesmo alguns Portistas (o próprio Paulo Fonseca admitiu que no Porto não há “anjinhos”…) consegue evitar pensar que houve algum tipo de marosca, tramóia, trafulhice, chico-espertice ou… dolo no infame atraso da equipa do Porto. Semeiam ventos, colhem tempestades. Mesmo que em copos d'água.

Entretanto, contratámos o Cristiano Ronaldo do Egipto e o Nani de Cabo Verde. Hum, espera. Ok. Siga. Para vir o o Heldon, ‘tá na cara que um dos extremos – Capel, Wilson Eduardo, Carrillo ou Mané - ‘tá de malas aviadas para fora de Alvalade. Aceitam-se apostas. Pode ser em pesetas.

A grande questão é saber como é que o Shikabala (o melhor nome de sempre de um jogador de futebol) e o Heldon se vão incorporar na máquina oleada que o Jardim montou. Será que vamos assistir a um episódio dos Simpsons em que chega um novo puto à escola primária de Springfield e que ameaça roubar as gargalhadas que os colegas anteriormente dedicavam às partidas do Bart Simpson ou, ao invés, assistiremos a uma assimilação do egípcio junto do grupo leonino tão suave como a integração da Fanny numa festa no Elefante Branco? Se o Shikabala tivesse assinado pelo Sporting em 2013, teria razões para duvidar do seu sucesso em Alvalade. Mas ele assinou em 2014.

Isto para dizer que confio em Jardim. Jardim é aquele tipo de pessoa que qualquer ex-combatente do Ultramar quereria ter como seu Furriel numa noite quente de Janeiro de 1972, no Cafunfo, norte de Angola, enquanto se ouvia gritos de “Morte ao branco!” a ecoar na escuridão da floresta. Confio na sua serenidade. O homem é mais sereno que uma estátua da Ilha da Páscoa.

Viram ali o olho a piscar?? :)



Gostei muito de ouvir ontem, tanto o Paulo Fonseca como o Jorge Jesus, no final dos seus jogos no Funchal e Barcelos, respectivamente, a queixarem-se do “estado do relvado”. Aposto que o Joaquim Rita também achou piada. Ou não.

1 de fevereiro de 2014

Atrás do Sporting, como sempre.

'Tava na dúvida se haveria de escrever alguma coisa sobre isto ou não, mas depois de ter visto a última convocatória para a seleção sub-21 (entre os quais, cinco jogadores do Sporting e cinco jogadores do Benfica), resolvi escrever algo.

Na última quinta-feira, no artigo intitulado "Benfica Made in Seixal", escrito pelo mais recente colunista do jornal estrangeiro que dá pelo nome de "Record", Bruno Prata, em que o gajo dedica-o a tecer loas à formação do Benfica e mais não sei o quê, chega-se à brilhante conclusão de que "na presente fornada dos sub-21, o Benfica já divide o protagonismo com o FC Porto, Sporting e Guimarães, e nos sub-19 até leva muita vantagem." (os sublinhados são meus).




Se nos sub-21 até posso concordar (na última convocatória para um jogo oficial, houve 4 convocados do Sporting e 3 do Benfica), já nos sub-20 a discrepância é grande (Sporting 8, Benfica 5) e nos sub-19 ainda maior (7 do Sporting, 3 do Benfica).

Relembro: na crónica do Bruno Prata, o gajo escreveu que "(o Benfica) nos sub-19 até leva muita vantagem", mesmo que na última convocatória da dita seleção o Sporting coloque 7 jogadores seus e o Benfica apenas 3. Mas vantagem em quê, mesmo?


Juro que, a certa altura, depois de ter visto estas convocatórias, comecei a pensar "Epah, não pode ser, tenho de estar a ver mal a coisa, o jornalista profissional do Record é que tem de estar certo, não pode ser, estou a ver mal isto!" e é por isso que vos peço ajuda: estarei a enlouquecer mas afinal, a formação do Benfica continua igual ao de sempre, isto é, atrás da do Sporting?