2 de janeiro de 2015

Cigarros eletrónicos

Não costumo ler comentários - e muito menos, responder - de blogs (excepto dos deste, lol) mas ultimamente, na tentativa de tentar (passe a redundância) perceber esta novela Marco Silva-Sporting-Bruno de Carvalho, li os que eram feitos na Tasca do Cherba. Cheguei à conclusão de que há um leitor, Bruno Gimenez (ou será Marioni?), que sabe bem do que fala e hoje resolvi responder um comentário dele e escrevi isto:



"Isso pode ser tudo verdade mas há um pequeno - enorme - problema: o Zé Eduardo é uma personagem detestável! Havia três hipóteses para passar a mensagem: o próprio presidente, José Eduardo e Eduardo Barroso. Pois bem, conseguiram escolher aquele cuja maioria dos sportinguistas não gosta. Sejam eles "croquettes" ou "brunettes" ou imparciais!

Arrisco a dizer que há mais defensores de Marco Silva APÓS José Eduardo ter começado a falar em público do que havia antes. 

Bruno de Carvalho tem de se lembrar daquilo que o fez ganhar a confiança e simpatia dos sportinguistas que era, precisamente, ser alguém que falava verdade e falava "grosso", literal e metaforicamente. Hoje em dia, seja porque se sente intimidado pelos constantes ataques nos media à sua postura, seja porque ache que assim defende melhor os interesses do Sporting ou por outra razão qualquer, a verdade é que hoje em dia vemos um presidente mais comedido, sem falar tanto como falava, seja às saídas de um almoço num núcleo ou à chegada do aeroporto, e resguarda-se cada vez mais em comunicados e posts de Facebook. Lembro-me de um amigo meu que era um rebelde na escola e fora dela. Bem parecido, corte de cabelo à moicano, roupa comprada em lojas obscuras, amigos "esquisitos", umas ganzas fumadas aos fins de semana, enfim, o sonho húmido de algumas adolescentes "filhinhas do papá". Lá se apaixonou por uma dessas "filhinhas" (e ela por ele, claro), começaram a namorar e, ao fim de um tempo,  ele começou a ir a casa dela jantar com os pais, ou seja, tudo como mandam as regras. Ele, na ânsia de querer agradar à família, cortou o cabelo e voltou ao penteado risco de lado que tinha quando andava na catequese, começou a comprar roupa no Vasco da Gama, deixou de fumar e quase que deixou os amigos "esquisitos". Resultado? Um ano e tal mais tarde, aquele jovem rebelde por quem a "filhinha do papá" se tinha apaixonado desapareceu e ela um dia disse-lhe que "precisava de dar um tempo" à relação. Até hoje.

Bruno de Carvalho tem se lembrar de como é que chegou até aqui, tem de começar a dizer a verdade, doa a quem doer. Caramba, nós aguentámos a destruição do estádio antigo, de pavilhões, de anos a jogar com a casa às costa, 7º lugar, derrotas dolorosas, despedida Bobby Robson, verylight, acidente Cherbakov, Moutinho no Porto, Simão no Benfica,venda do Alvaláxia... enfim, tanta coisa que já passámos e não aguentaríamos mais uma saída de um treinador qualquer?? Bruno de Carvalho tem de, rapidamente, deixar o cigarro eletrónico e voltar a fumar cigarros verdadeiros ou corre o risco de os sportinguistas pedirem algum tempo à relação.


(a cena dos cigarros é uma analogia, como é óbvio - eu quero é que o homem deixe de fumar!)


SL

31 de dezembro de 2014

25 de dezembro de 2014

Sporting, e que tal chamar arrolar a Lazio como testemunha contra a Doyen?

"In June 2013, Tare splashed out €8 million on Felipe Anderson, a youngster billed as one of Brazil’s hottest young talents in years. At Santos he had established himself as an explosive attacking midfielder, who had the ability to glide past opponents with ease.

The deal was regarded as complicated, to say the least. Anderson had been part owned by a third party named Doyen Sports, and the company’s irrational approach meant that negotiations went on for more than six months before an agreement was finally reached. It says a lot about Tare’s faith in Anderson that he persisted with negotiations when many would have backed out much earlier.

It will remain in history as the most paradoxical and shocking negotiations I have ever been a part of. These third party owners changed their minds continually. When we had everything decided, they would start from scratch two hours later”, remarked Tare regarding the Anderson deal.


http://forzaitalianfootball.com/2014/12/felipe-anderson-finally-starting-to-repay-show-of-faith-at-lazio/

15 de dezembro de 2014

Desespero

Não sei por onde começar o post... talvez comece pelo Juventus - Sampdória, disputado ontem de manhã e transmitido pela Sporttv. O futebol italiano é muito parecido com o português, dentro e fora do campo. Bom, mas neste caso, pouco importa que campeonato era ou que clubes eram. A Juventus começa o jogo a ganhar, com golo de Evra aos 12m e tudo parecia encaminhar-se para (mais) uma vitória da velha senhora. Porém, a Sampdória entra bem no jogo após o intervalo e, fazendo jus ao bom campeonato que está a realizar, marca o golo do empate através de um bom remate de Manolo Gabbiadini (e ia marcando o golo da vitória nos instantes finais) e a Juventus, como é lógico, lançou-se num desesperado ataque continuado à baliza da Samp, à procura do golo da vitória. A Juventus era líder do campeonato, com 3 pontos de vantagem. Líder e actual campeão.




Eu, durante o dia de hoje.



Como estava a dizer, os jogadores da Juventus lançaram-se, todos, a começar pelo Buffon, em busca do golo da vitória. Uma corrida desenfreada, por vezes não muito bem jogada, mas via-se, saltava à vista!, a ânsia dos jogadores à procura do golo. A bola sai pela linha lateral, o Vidal não espera pelo Lichtsteiner para marcar o lançamento, marca logo ele. O árbitro marca falta atacante ao jovem Kingsley Coman (18 anos), chegado esta época a Turim, e ele não pára para discutir com o árbitro, com o adversário ou com os deuses. Não, corre a buscar a bola e coloca-a no local da falta. Vejo o Massimiliano Allegri, treinador da Juve, a discutir com o árbitro, com o 4º árbitro, com os apanha-bolas, com os suplentes, obcecado com apenas uma coisa: o golo da vitória. Vejo o Pavel Nedved, velha glória da Juventus e actual diretor (técnico, desportivo, institucional da Juventus? Não sei exatamente, sei apenas que é o gajo que responde nos media a quem ataca o clube. Ainda no último "bate boca" entre a Roma e a Juventus, foi o checo quem mais respondeu ao presidente romano. Nedved é muito respeitado em Itália, tanto pelos adeptos bianconeri como pelos adeptos de outros clubes, ex-jogadores, dirigentes, presidentes, jornalistas. Todos o ouvem.) aos saltos e a despejar calão em italiano quando algum jogador falha um remate ou quando o árbitro não assinala uma alegada mão de um jogador da Samp dentro da área. E quando era o Conte o treinador... era isto tudo a triplicar.

Dei o exemplo da Juventus mas podia dar o exemplo do Benfica, de Jorge Jesus, do "fair-play é uma treta", de Rui Costa...

Adiante. A Juventus não conseguiu marcar o segundo golo mas ninguém no estádio assobiou no final do jogo. Nem durante.


Sporting - Moreirense. Primeira parte de merda. O golo há-de chegar, como haveria de chegar contra o Belenenses, o Paços... desta vez nem chegou como ainda levámos um do Moreirense, em mais um golo de bola parada. A propósito, um dia destes vamos ter de falar, muito a sério, do elefante que temos em Alvalade e que ganhou um pavor tal a bolas pelo alto que agora já quase nem sai dos postes nos cantos e livres...

Segunda parte, começa o frenesim mas não vejo o desespero que quero ver nos jogadores do Sporting por estarem a perder em casa com o Moreirense, aquele desespero que vi na cara dos jogadores da Juventus por não estarem a ganhar ao 4º classificado da Liga italiana. Setenta e quatro minutos, a prova de que os jogadores do Sporting que estão no jogo, não estão realmente "no jogo". O árbitro marca mão a um jogador do Moreirense à entrada da sua área, e que já tinha um amarelo. Seria o segundo. Se aqueles jogadores estivessem "conectados" com o jogo, com o Sporting, com a Liga, com tudo, tinham corrido direito ao árbitro a exigir o segundo amarelo. Não vi nem um jogador do Sporting a fazê-lo. Provavelmente, nem se lembravam ou sabiam que o Cardozo já tinha amarelo. Imperdoável.

Noventa e um minutos e trinta e oito segundos. Montero remata a bola para dentro da baliza, após um toque de Tanaka, vira-se, ergue os braços, segue o ritual habitual de comemoração pós-golo e é abraçado por Tanaka e Slimani e não sei se mais alguém. Não vi nenhum jogador do Sporting correr direito à baliza para ir buscar a bola e colocá-la no centro do terreno, de modo a que o jogo reiniciasse o mais rapidamente possível. Se calhar, estavam satisfeitos com o empate. Bola ao centro, o jogador do Moreirense toca a bola para o companheiro mas o árbitro interrompe o jogo porque o Slimani ainda vinha a caminhar dentro do meio campo adversário...

Noventa e dois minutos e quarenta e seis segundos, um minuto e oito segundos depois do golo, recomeça o jogo. Um minuto e oito segundos. Já vi muita coisa acontecer em um minuto e oito segundos.

Haveria muito para discutir - as opções de Marco Silva, Capel, Miguel Lopes, Heldon, Cédric, equipa B, Gauld, Sacko, o plantel, Bruno de Carvalho, a merda do relvado, o futuro, a Liga Europa, os dez pontos de atraso, a Taça da Liga, etc, etc,  - mas fico-me só por estes pormenores que, para mim, dizem-me muito do estado de alienação que alguns jogadores do Sporting vivem... o Sporting e a nossa Liga.

Certo, é uma Liga "Mickey Mouse" mas é a que temos. Para se ganhar ao Moreirense ou ao Paços, não basta jogar bem ou melhor, há que lutar, suar, correr, desesperar. Isto não é a Champions.

14 de dezembro de 2014

A Liga já mandou ouvir o Fernando Guerra?





José Manuel Freitas (jornalista de A Bola): "Quem sabe, quem sabe, se o presidente do Benfica não ligou para Rui Pedro Soares a dizer 'Não se esqueça do acordo verbal que nós temos!"

Fernando Guerra (subdiretor de A Bola): "Se calhar, sim."

JMF: "Pronto!"

FG: "Se calhar, sim."

JMF: "É só isso."

FG: "Há uma outra versão, uma outra variante... (...) que também - e vale o que vale -, que teria sido proposto ao Belenenses a antecipação do jogo para... em um dia, por causa da participação do Benfica - neste altura, ainda estava... -

JMF: "Foi o Benfica é que decidiu depois que já não valia a pena porque já estava afastado das competições europeias."

FG: "Ora, exactamente! E que desse ponto de vista, terá havido da parte do Belenenses a dizer 'Bom, então a gente antecipa ou altera-se, mas os jogadores [Miguel Rosa e Deyverson] podem... vão alinhar."

Alexandre Évora (pivot): "Contrapartida. [risos]"

FG: "Pronto. Depois, isso tudo ficou em águas de bacalhau e voltou à primeira forma. Isto são tudo conversas...

JMF: "Isso já é... já é conversa de bastidor muito profunda, que eu desconheço completamente.

FG: "... São tudo conversas de bastidores."


11 de dezembro de 2014

Estreia abençoada

Estava aqui a fazer uns .gifs, nomeadamente um .gif da estreia do Rui Patrício em jogos oficiais pelo Sporting, naquela famosa defesa de um penalty na Madeira e que nos garantiu o triunfo por 0-1, e reparei na falta que deu origem ao penalty assinalado por... Bruno Paixão.


Sem comentários:








Já agora, o .gif da estreia do Rui Patrício com a camisola do Sporting, o primeiro dos 301 já efetuados:

http://gfycat.com/GlossyGenerousAuklet (não sei "embed" esta merda no blog)