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16 de fevereiro de 2018

Tiranos

"Ele podia ser bastante popular entre o povo 
e podia ter a confiança do exército 

mas para Júlio César, 
o preço da tirania seria pago em sangue, 
na casa do Senado. 

Talvez isto possa ser uma lição para os líderes modernos. 

Cuidado com aquilo que desejas - demasiado poder traz um custo associado. 

E há sempre alguém à espera na sombra. 

A versão que nós temos hoje sobre o assassinato de Júlio César 
é uma versão heróica e de sucesso da luta da liberdade contra a tirania. 

Na realidade, não foi nada assim. 

Para começar, se foi uma luta de liberdade para alguém, 
foi para uns quantos políticos privilegiados.

Os homens comuns de Roma choraram a morte de César. 

Mas também não podemos dizer que foi uma história de sucesso. 

O problema dos assassinatos é que é sempre fácil de eliminar o tipo 
mas é muito mais difícil saber o que fazer a seguir. 

Os assassinos correm sempre o risco de trazerem consigo 
exatamente aquilo contra o qual estavam a lutar. 


Neste caso, assim que o acto foi cometido, 
os conspiradores revelaram não ter nenhum plano seguinte. 

Tudo o que conseguiram foi uma guerra civil, 
que acabou por produzir o governo de um homem só, 
os imperadores, ou se quiserem, os ditadores daí em diante. 

Portanto, o assassinato de César apenas serviu 
para fortalecer exactamente aquilo que era suposto destruir. 

O resultado foi que Roma caiu sobre o poder absoluto de um homem: 
o herdeiro de César e seu sobrinho-neto, Augusto. 


A República de Roma era agora governada por um imperador"




Últimas frases de Mary Beard, historiadora inglesa e doutourada em Estudos Clássicos, no seu último documentário para a BBC "Julius Caesar Revealed".

16 de janeiro de 2016

História

"By arguing that there was a conspiracy against Perugia, he helped to create a conspiracy against Perugia. A ‘war with the palazzo’ (code in Italy for a ‘battle against the powers that be’) could only damage his club. This happened with Gianni Rivera and Milan in the 1970s, when the great midfielder was banned for weeks after making this statement: ‘they don’t want us to win the championship, it’s the third time in a row that the referees have stolen it from us’. History repeated itself with Roma in the 2002–2003 season. Roma president Franco Sensi spent the whole season complaining about conspiracies and bad decisions. The result? A series of bad decisions and a terrible season for Roma. None of this can be proved, of course, but the trend was for referees and their peers to punish those who ‘protested too much’. The history of Italian football has shown, time and time again, that those who complain about plots against them only reinforce a kind of corporate hostility"

                                 in "Calcio, a History of Italian Football", pág. 81



O Sporting não pode ser a equipa que mais se queixa neste campeonato. Está provado, time and time again, que quem mais se queixa, é quem mais perde. Eu estava-me a acostumar a esta ideia do Sporting estar a ser levado ao "colo". Porquê? Porque isso quereria dizer que, no final, seria eu o campeão, o vencedor. Tem sido assim, sistematicamente, no campeonato português. Quem mais se queixa, perde. Quem não se queixa, ganha. Não podemos começar a ser nós quem se mais se queixa, porque tal começará a fazer mexer as "rodas" do sistema.

O que eu estava a adorar, ver o Rui Vitória e o LFV a queixaram-se da arbitragem... música para os meus ouvidos. Até que surgiu o típico som de disco riscado, ontem, quando ouvi BdC a falar de árbitros. Não pode. Um presidente vir falar sobre uma má arbitragem após um jogo é a silver bullet das estruturas dos clubes. Só pode ser usado em último caso, em último recurso, num caso de vida ou de morte - num derby a três jornadas do fim do campeonato, por exemplo - não pode ser usado num empate contra o Tondela, último classificado do campeonato, num jogo em casa! Não pode, caralho.


Raios, de certa forma, eu até 'tou agradecido ao árbitro* de ontem. Foi só após o penalty, expulsão e golo sofrido que começámos a correr e a jogar à bola!! É nisto que o Sporting se tem de focar: naquilo que está ao seu alcance de resolução, no seu jogo, nos seus jogadores. Até ao penalty de ontem, aos 30m de jogo, tínhamos zero (!) remates, contra o último classificado da Liga! Em casa. Foda-se...


Dito isto, digo só mais duas ou três coisas: O Aquilani jogou no Milan, Roma, Fiorentina e Liverpool (sem ir ver à Wikipedia), não pode ficar ad eternum a aquecer, à espera de entrar no jogo contra o Tondela, em casa. Depois admirem-se se ele quiser voltar a Itália, já em janeiro.

O Boeck não seria titular nem no Tondela. E renovámos com ele há poucas semanas. Surreal.

O Gelson tem de ser titular nos jogos em casa.

O relvado de Alvalade é uma vergonha. Repito, uma vergonha.

Finalmente, não me chamo Cherba nem Guilherme Cabral, não tenho jeito nem paciência para vídeos e textos de merda de "incentivo". Quando escrevo algo, finjo sempre que alguém da "estrutura" do Sporting me está a ler, e é com esse intuito que o faço: para alertar, gritar, avisar, ser útil. Uma patetice, eu sei, mas é (sou) assim.

Ainda vamos a tempo, temos é de jogar mais (e correr mais!) e falar menos.






*O árbitro de ontem é um cabrão, eu já o sabia e quero acreditar que no Sporting também já o sabiam. Mais razão ainda para a merda da equipa ter começado o jogo a correr e a lutar mais pela bola, em vez de ficar à "espera" do que o jogo iria dar. Urge agir, em vez de reagir.

10 de agosto de 2015

A merda da RTP Informação

1 de agosto 2015, dia do jogo Sporting - Roma, de apresentação aos sócios e adeptos. Durante a tarde e antes do jogo, todos os canais enviaram um repórter para as imediações do estádio Alvalade para fazerem aquelas reportagens típicas pré-jogo e para perguntarem aos adeptos por quantos golos iria o Sporting ganhar. Bem, todos os canais, não. Houve um que não o fez, a RTP Informação. E muito bem, pensei eu na altura. Tais reportagens são frívolas demais para serem alvo de interesse por parte da televisão pública. Mas esperei para ver...


8 de agosto 2015, dia do jogo Porto - Nápoles, de apresentação aos sócios e adeptos. Durante a transmissão da RTP Informação, antes da hora de início do jogo Porto - Nápoles...






18h15m

18h59m



Já fiz o meu papel....

http://www.rtp.pt/wportal/grupo/provedor_tv/enviarmensagem.php

10 de abril de 2014

Encarnados

A grande questão do futebol português (esqueçam lá isso da Liga, Olivedesportos, IVA ou fundos de investimento) neste momento é se o Benfica é um justo campeão ou não. Quem disser que não é, é apelidado de louco, Sportinguista ou parvo. Ou os três, como o Bruno de Carvalho.


A teoria dominante nos jornalistas e comentadores é simples. O Benfica tem melhor plantel, logo tem melhor jogadores, e se tem melhores jogadores, logo tem melhor equipa, e se tem melhor equipa, é um justo campeão. Tudo o resto são "peaners". Até mesmo pormenores como o facto de se ir jogar em Aveiro contra o Arouca, por ventura a equipa com o pior relvado da Liga. Pois mesmo que se o Benfica perdesse em Arouca seria campeão na mesma, dizem-nos jornalistas e comentadores "a sério" como o João Querido Manha ou Carlos Daniel. Safoda a verdade desportiva. Tudo está bem quando acaba bem, isto é, enquanto o Benfica ganha.




Se fosse jogador da Juventus, já tinha sido vendido para se contratar um avançado estrangeiro.



Para mim, o justo vencedor da Liga italiana seria a Roma, não a Juventus. Na Premier League, quem acho que merecia ganhar, seria o Liverpool e não o Manchester City ou o Chelsea. Em Espanha, o mais justo vencedor da La Liga teria de ser sempre o Atlético de Madrid, não o Barcelona ou o Real Madrid. Em Portugal, a haver justiça no futebol, o Sporting Clube de Portugal estaria neste momento "encostado" ao Benfica e a disputar, verdadeiramente, o título. (Como esquecer do Xistra "não vi", do Manuel Mota que viu demais e da mão que ninguém viu do jogador da Académica?). A Roma tem neste momento 76 pontos e se mantiverem o ritmo até final da época, acabarão com uns 90 pontos. Mas não serão campeões.



Na terça-feira, dois dias depois de ter feito um hat-trick em Cagliari (onde a última conquista tinha sido em 1995 - a vitória da época passada foi atribuída na 'secretaria'), Mattia Destro, jovem avançado da Roma, apanhou 3 jogos de castigo pela Federação Italiana, devido a uma suposta agressão ao defesa do Cagliari, Astori, e que não foi visualizada pelo árbitro durante o jogo, apesar de nesse lance ter sido marcada falta ao jogador da Roma. Os comentadores "a sério" dirão que não será por isso que a Juventus deixará de ser campeã (tem 8 pontos de vantagem) mas os romanistas lembrarão que já não é a primeira vez esta época que jogadores seus são castigados à posteriori e ouvirão os seus dirigentes dizerem que estão estupefactos com o critério que deixa passar em claro a cotovelada de Pereyra a Guarente, num Catania-Udinese ou a pisadela de Spolli em Matos, noutro Catania-Fiorentina, e ainda ouvirão o seu treinador (Garcia, um francês, primeira época em Itália) dizer que, eles, A.S. Roma, estão, no futebol italiano, "soli contro tutti".


Por alguma razão a Juventus é o clube mais odiado em Itália. Por alguma razão ninguém gosta da equipa dos "mercenários" do Manchester City. Por alguma razão os "reservados" no Marquês (a estátua que tem um leão) são patéticos. Por alguma razão ninguém gosta dos "encarnados".