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12 de junho de 2019

fantochadas

Claro que tinha de ser o Sporting o primeiro grande clube (e único, até ver...) a participar nestas fantochadas do Rui Santos. A minha esperança é que esta participação do Sporting no "Movimento pela paz no futebol português" esteja carregada de cinismo e hipocrisia mas, infelizmente, não acredito.

Cinismo e hipocrisia, no sentido em que desejava ver nesta ação aquilo que vislumbro há anos no Benfica de Luís Filipe Vieira, que é, por um lado, uma constante preocupação e proatividade em fazer farte de tudo aquilo que é "positivo" para o futebol português (reuniões Liga, campanhas fair-play, participação em "Movimentos"...) mas, por outro, como todos nós já tivemos oportunidade de ler nos emails do #BenficaGate, um total empenho em dominar o lado "negativo" do futebol português. É nisso que tenho alguma esperança, que a direção de Varandas não acredite, realmente, que basta preocupar-se com o lado "positivo" para meter o Sporting a vencer no lamaçal que é o futebol português e que, hipocritamente, ao mesmo tempo que assina o Movimento do Rui Santos, perceba que é essencial que o Sporting, pelo menos, não ser engolido pelo lado "negativo" do tugão. É essa a minha maior preocupação com o Sporting de Varandas, a gestão "política" do clube. Vejo demasiados "polícias bons" (Hugo Viana, o  próprio Frederico Varandas, Tomás Morais, Manuel Fernandes, agora Cláudia Lopes...) - caramba, falta um "polícia mau"!



7 de junho de 2014

BdC não tem razão, o futebol português não é uma "trampa"...

... é mesmo uma valente merda!

"O juiz desembargador Rui Rangel acusou Fernando Seara, candidato à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), de "deslealdade e traição" a um projeto de candidatura comum. "Houve uma brutal confusão. A pedido de vários clubes e vários parceiros de negócio do futebol, realizámos uma conferência de imprensa conjunta há três dias, que foi resultado de várias conversas, para que apresentássemos um programa comum, assentes em pressupostos comuns e uma lista comum", referiu Rui Rangel, em declarações à agência Lusa.

Depois de ter sido apontado como possível candidato às eleições para a Liga de 11 de junho, Rui Rangel surgiu na campanha eleitoral ao lado de Fernando Seara, antigo presidente da Câmara Municipal de Sintra e atual vereador do Município de Lisboa. "O dr. Fernando Seara andou a fazer dois caminhos. Eu entendo este presente ato como um ato de profunda traição a várias pessoas. Não foi só ao Rui Rangel, foi a cerca de 40 pessoas que trabalharam nesta solução e a vários clubes que subscreveram esta candidatura. Andar a fazer outra lista com outras pessoas foi um caso de profunda desonestidade intelectual e de falta de integridade", explicou.

Rui Rangel sublinhou não ter espaço, "nos 30 anos de vida pública", para "traições, deslealdades ou desonestidades", assumindo-se adepto "da verdade e da transparência". "O que ocorreu foi que a lista encabeçada pelo Dr. Fernando Seara foi entregue na Liga cerca das 14:00, aguardando a presença do candidato, para que assinasse a mesma. Qual não é o espanto que, às 17:00, surge na sede da Liga a apresentar outra lista", acusou Rui Rangel.

Assumindo conhecer Fernando Seara "há 30 anos", Rui Rangel frisou que "não conhecia esta sua faceta", garantindo ainda que o seu nome "não consta em nenhuma das listas". "O Dr. Fernando Seara tem de perceber que a política está como está, os políticos estão como estão e que não vale tudo na vida. Os valores da dignidade, do respeito e da palavra são os valores pelos quais me bato. Por isso, eu acho que se o Dr. Fernando Seara tivesse dignidade desistia", concluiu.

A candidatura de Fernando Seara respondeu em comunicado. Nesse comunicado, assegura que foi o próprio candidato a apresentar a lista, salvaguardando que "não se responsabiliza por outras, não subscritas pelo próprio, apresentadas por terceiros em nome da lista de Fernando Seara". "O futebol não precisa destas pessoas, precisa de pessoas que confiram paz, honestidade e tranquilidade. Unimo-nos a pedido de muita gente, mas este comportamento não é sério e não é honesto. Neste momento, está criado um imbróglio jurídico, pelo que me parece que não resta outra hipótese à Liga do que não aceitar esta candidatura, com duas listas, dois corpos sociais e com subscrições de clubes diferentes, ou então suspender o ato eleitoral", diz ainda o comunicado.

Além de Fernando Seara, anunciaram também a formalização de candidaturas à presidência da Liga o atual presidente do organismo, Mário Figueiredo, e o ex-presidente do Nacional Rui Alves."






(obrigado pela dica ao @José Duarte, num comentário feito no post abaixo deste)

13 de fevereiro de 2014

Piscinero

Este "piscinero" tinha lugar na equipa do Benfica.


Imagine-se o vigarista: prestes a atravessar a estrada, utilizando a passadeira para peões, espera que um automóvel abrande e trave para o deixar passar. Assim que caminha em frente do automóvel, manda um salto para cima do capot e deixa-se cair no chão, fingindo ser atropelado. Grita e esbraceja, de modo aque o polícia que se encontra no outro lado da estrada repare nele e vá em seu auxílio. Ouvido o “atropelado”, ergue-se imediatamente um julgamento sumário. Ouvem-se as testemunhas que viram a cena, que repetem durante o julgamento que foi o peão que se atirou para cima do automóvel e que a culpa de o condutor ter sido multado foi do polícia que o multou. No final do julgamento sumário, o condutor é punido com multa, inibição de conduzir nos próximos tempos e ainda vê a sua seguradora ser obrigada a indemnizar o peão “atropelado”. As testemunhas repetem que a culpa é toda do polícia, que ele viu mal a cena e nem uma palavra de reprovação dedicam ao peão que o enganou.

No final do julgamento, à porta do tribunal, o jornalista de serviço ouve primeiro o peão “enganador” e, pasme-se, a primeira pergunta que faz é sobre a forma como se tinha esquivado, desta vez sim, a um atropelamento eminente, quando saltou por cima da parte da frente de um automóvel quando atravessava a estrada momentos antes de o automóvel o tocar. Ouvem-se mais uns elogios do jornalista ao peão e sobre a situação que o levou a ser indemnizado com base numa mentira, nem uma palavra. Zero. Ouve-se ainda o pai do automobilista multado e este, tal como as testemunhas, dirige toda a sua ira em direção ao polícia que foi enganado e nem uma palavra de reprovação ao peão que tramou o filho.



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Imagine-se o "piscinero": prestes a atravessar a grande-área, utilizando o espaço livre deixado pela defesa do Braga, espera que adversário abrande e trave para o deixar passar. Assim que caminha em frente do jogador do Braga, espera que ele se aproxime e deixa-se cair no relvado, fingindo ser tocado. Levanta os braços, olha para o árbitro, grita que foi rasteirado e dentro de segundos, aparece o árbitro do jogo. Ouvido o “rasteirado”, apita imediatamente  para a marca de grande penalidade. Ouvem-se os comentadores da TVI, que repetem durante o o jogo  que foi o jogador do Rio Ave que se atirou para o chão e que a culpa de o jogador do Braga ter sido expulso foi do árbitro que o castigou. Após a decisão de marcar grande penalidade, o jogador do Braga é expulso, ficará impedido de disputar o próximo jogo e ainda vê a equipa adversária beneficiar de uma grande penalidade. Os comentadores da TVI repetem que a culpa é do árbitro, que ele foi enganado e nem uma palavra de reprovação dedicam ao jogador do Rio Ave que o enganou.


No final do jogo, à entrada do túnel, o jornalista da TVI ouve primeiro o jogador do Rio Ave “piscinero” e, pasme-se, a primeira pergunta que faz é sobre a forma como tinha marcado o segundo golo ao Braga, desta vez sim, um golo limpo, sem nada a apontar a não ser a forma exímia como conseguiu colocar a bola dentro da baliza e fora do alcance do guarda-redes do Braga. Ouvem-se mais uns elogios do jornalista ao “piscineiro” e sobre a situação que o levou a ser beneficiado com um penalty inexistente, nem uma palavra. Zero. Ouve-se ainda o treinador do jogador do Braga expulso e este, tal como os jornalistas, dirige toda a sua ira em direção ao árbitro que foi enganado e nem uma palavra de reprovação ao jogador que tramou a sua equipa. 

É isto o futebol português.