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17 de dezembro de 2016

O vídeo-árbitro nos jornais

O vídeo-árbitro está ser testado no Mundial de Clubes, a decorrer no Japão. Foram notícia os dois lances "polémicos" em que o VA foi utilizado. Desde aí, começou uma avalanche de opinião sobre o (futuro do) VA. Não estou por dentro do assunto "tecnicamente" mas tentei - e tento - estar atento ao aspecto "político" da coisa...

Basicamente, o grande impulsionador "político" do VA tem sido o actual presidente da FIFA, o suíço-italiano Gianni Infantini. Na vertente técnica, estão dois ex-árbitros, os reputados David Elleray, no âmbito do International Football Association Board e Massimo Bussaca, chefe dos árbitros da FIFA e que está no Japão a coordenar o VA. Infantini e Bussaca são suíços no papel mas quase italianos na prática. Há uns tempos li um livro sobre a história do futebol em Itália e percebi a importância da "moviola" na sociedade "futebolística" de Itália. A "moviola", basicamente, são as repetições de lances polémicos de jogos de futebol e que eram discutidos no domingo à noite na tv, a seguir a mais uma jornada. A "moviola" é uma instituição em Itália. Jogadores, treinadores e jornalistas "respeitam" as repetições, o vídeo e debatem os lances polémicos até à exaustão. "Prolongamento"? CMTV? "Dia Seguinte?" Já há disso em Itália há décadas. 

Os italianos, em geral, e também devido aos constantes casos de corrupção de árbitros e jogadores, são pró-VA. Querem, genuinamente, melhorar a arbitragem. Já têm árbitros de baliza desde há duas épocas, creio. O "vídeo-golo" foi introduzido esta época. Julgava que Collina, o famoso ex-árbitro e actual chefe dos árbitros da UEFA também era pró-VA mas, pelos vistos, não é. Daí que não surpreenda as palavras do actual presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, que disse ontem "Não estamos a pensar utilizar o VA nos próximos tempos".


UEFA anti-VA?

Li alguns jornais nestes últimos dois dias para tentar perceber qual o "ambiente" em torno do VA... eis alguns exemplos.


Em Espanha, as opiniões, desde ex-árbitros, passando por diretores de jornal e jornalistas, vão desde a desconfiança ao optimismo, mas não apanhei um jornalista que não creia que o não VA venha para ficar (seja limitando-se ao "vídeo-golo" ou abrangendo outras acções "subjectivas" dentro do campo, como penalties ou foras de jogo).

No Mundo Deportivo, de Barcelona, a opinião geral é "positiva".


Este diz que "a injustiça faz parte do futebol". Anti-VA 

"Os árbitros devem ter apoio logístico" - Pró-VA

"Como se pode duvidar de uma ferramenta que fará do futebol um desporto mais justo?" Pró-VA



Diretor adjunto do Mundo Deportivo, Miguel Rico "Trata-se de ajudar o árbitro. (...) cremos que o remédio é melhor do que a doença." "Pró-VA




Nos jornais de Madrid, há mais divisões. Desde o conservadorismo do director do AS, Alfredo Relaño, passando pelos ex-árbitros Rafa Guerrero, colaborador da MARCA e Iturralde Gonzaléz do AS, até ao pragmatismo do sub-diretor da Marca, colocam-se dúvidas sobre o VA, são até contra o VA mas todos crêem que é uma inevitabilidade.

Alfredo Relaño, diretor do AS, aprecia o VA mas quer esperar para ver. Pró-VA

Iturralde González, infame ex-árbitro espanhol e cronista do AS, é contra o VA - nota-se - mas sabe que é uma inevitabilidade. Não percebe porque foi testado numa competição importante como é o Mundial de Clubes. Pró-VA?

Rafa Guerrero, ex-árbitro e colunista da MARCA, gosta de tecnologia mas na arbitragem, não. Diz que "tem de se avançar [com a tecnologia]" mas "dando passos mais curtos e firmes". É contra mas não é. Anti-Pró-VA?
Carlos Carpio, sub-diretor da MARCA é a favor do VA "Perguntem à Irlanda sobre o assunto. Ficaram de fora do Mundial de 2010 por uma clamorosa mão de Henry." Pró-VA










Em Itália, como escrevi anteriormente, os jornalistas locais são claramente pró-VA. Na Gazzetta dello Sport, de Milão, não há dúvidas. E até lançam "farpas" a quem não quer o VA, neste caso, o Real Madrid, que, após o jogo de ontem, viu os seus jogadores (Modric e Benzema, principalmente) e treinador (Zidane) lançarem várias críticas ao modo de funcionamento do VA.


O ex-árbitro Mauro Bergonzi, critica alguns aspectos técnicos do VA mas é a favor da sua implementação. Pró-VA

"O futuro está já aqui. E é um futuro positivo: porque o penalty assinalado (...) é a prova provada de como a 'moviola' pode dar uma grande ajuda aos árbitros.", Francesco Ceniti, jornalista. Pró-VA


Pró-VA

O texto do jornalista da Gazzetta dello Sport, Luigi Garlando, é tão interessante que me dei ao trabalho de o traduzir (com imperfeições, pois não domino o italiano):



"O Real Madrid contra o VA: É sinal de que os grandes o temem

Um golo de Cristiano Ronaldo contra o Club America na meia final do Campeonato Mundial de Clubes foi validado pelo árbitro, em seguida, cancelado a partir do campo através da 'moviola' e em seguida revalidado pelo VA. O que, claro, colocou sob os holofotes da polémica algo que ainda nem sequer tinha nascido. Funciona mesmo? É realmente o dissipador de dúvida que o futebol há tanto tempo esperava? Podemos responder qualquer coisa. Aqui fazemos uma simples pergunta: por que o clube politicamente mais forte do mundo, que não foi prejudicado neste caso, lançou-se tão ferozmente contra os defeitos do VA? Bradaram Zidane (que desde 2006 tem contas a fazer com a 'moviola') e o pequeno Modric. Sem querer ser preconceituoso. Mas devia-se considerar mais um sistema de justiça que retira, o mais possível, a arbitrariedade de um individuo e que, ancorado na objectividade científica de uma imagem, protege sobretudo os mais débeis. Há uma vasta compilação de erros arbitrais, naturalmente inconscientes, que, pese embora o exagero, protegeram os grandes clubes e as grandes equipas. Com o advento do VA, é muito mais provável que começaremos a ver mais os Osasunas do mundo do que os Real Madrids do mundo. Tenhamos cuidado. O primeiro voo dos irmãos Wright durou apenas uns segundos mas hoje mais ninguém viaja no transatlântico para ir à América. Denunciemos os defeitos da 'moviola', sugiramos correções, mas dêmos-lhe tempo para experimentar e melhorar. Ter paciência é um dever, talvez mesmo um contributo para a democracia do futebol e uma justiça igual para todos."


No Tuttosport, não encontrei (ainda) muita opinião, excepto a tal informação de que o Collina não é adepto de que o árbitro de campo tenha um "árbitro étereo" a soprar-lhe no ouvido e a natural desconfiança do jornalista de Turim, Stefano Salandin, em relação ao VA...

"Em suma, é preciso cautela e diálogo senão, o futebol, em vez de unir e divertir, corre o risco de dividir" ANTI-VA?







Em França, o vídeo-árbitro ainda não "existe". Não encontrei opiniões, nem pró nem contra o VA no L'Équipe, por exemplo. Não pesquisei muito nos jornais e sites ingleses mas é de conhecimento geral que os ingleses apreciam as novas tecnologias - afinal, foram eles os grandes impulsionadores do "vídeo-golo", que já utilizam na Premier League - e este exemplo que apanhei hoje no jornal I é prova disso.


"A FIFA acertou com o vídeo-árbitro", Martin Lipton, jornalista do The Sun - pró-VA









Em Portugal, n'A BOLA ainda ninguém ainda se pronunciou a "sério" o VA, excepto Duarte Gomes. Um dos jornalistas "séniores", João Bonzinho, teve o seguinte a dizer sobre o VA:


"É incrível, não é?!" Anti-Pró-VA?



Duarte Gomes, ex-árbitro e colaborador d'A BOLA, é pró-VA








No O JOGO, o diretor José Manuel Ribeiro, é a favor do VA e Anti-BdC.


Pró-VA e Anti-BdC








Recapitulando, em Espanha e Itália, maioritariamente, a opinião é pró-vídeo-árbitro, tal como Portugal (Duarte Gomes, diretor do O JOGO...) e Inglaterra. Existem opiniões anti-VA mas nenhuma diz que ele, o vídeo-árbitro, não se acabará por impor no futebol mundial. E no Record? Sem mais comentários, Nuno Farinha, vice-diretor do jornal da COFINA.


:D





P.S. Sobre o vídeo-árbitro: quando se começou a falar disso, eu era contra. Tinha uma visão romântica da coisa (como Platini...) e, num mundo ideal, seria sempre contra o VA. Porém, nos últimos anos mudei de opinião. Acredito que o VA pode ter lugar no futebol, mediante regras e condições específicas, e que pode ajudar a melhorar as arbitragens. Agora, se até há bem pouco tempo, acreditava que o VA seria uma inevitabilidade, temo que quem mais manda no jogo - os clubes e os jogadores/treinadores - se virem contra o VA e esta experiência tenha um final desagradável. Os sinais estão aí, a começar pelo facto de a FIFA ter escolhido uma competição de visibilidade mundial para testar um sistema completamente novo e onde, probabilisticamente falando, iriam acontecer, de certeza, erros embaraçosos. O ex-árbitro espanhol Iturralde González diz que não percebe como testam o VA numa competição oficial. Seria tão absurdo como se a Ferrari testasse pneus novos num Grande Prémio, conclui. É, realmente, absurdo. 

Pior, só quando decidiram apresentar ao público o novo "Robocop", Cain, na parte final do "Robocop 2". :P






14 de maio de 2014

Entrevista de Facundo Quiroga ao O JOGO

Craque!



O futebol argentino já não é o que era: “A pressão chega a ser insuportável”, conta o veterano central que, farto de “episódios negativos”, fez uma pausa na carreira. Diferente era o estado de espírito há 14 anos: como titular, festejava o fim do jejum de títulos no Sporting...


Um, três, sete, onze argentinos vestiram a camisola do Sporting nos últimos 14 anos, mas apenas um foi campeão a dobrar: Facundo Hernán Quiroga. Aliás, as conquistas nacionais de 1999/2000 e 2001/02, as únicas dos leões num intervalo de 32 anos, elevam o central a um lugar singular na história do clube de Alvalade, pois foi o único nascido no país das pampas a ganhar dois títulos. A conversa começou pela efeméride e desaguou num mar de revelações sobre o atual momento do jogador, que, afinal, ainda não encerrou a carreira, apenas a suspendeu, diz, por algum tempo. 

Há precisamente 14 anos, Augusto Inácio confiou-lhe um lugar ao lado de André Cruz no centro da defesa do Sporting, na derradeira tentativa para conquistar o título nacional que era uma miragem desde 1982. Houve tremedeira na decisão?

Vínhamos de uma derrota terrível com o Benfica, em Alvalade, e a pressão sobre a nossa equipa era fortíssima. Tínhamos de vencer o Salgueiros, era impossível falhar – por nós, pelo clube, pelos adeptos, por todos. Unimo-nos, mentalizámo-nos, preparámo-nos muito bem durante a semana e chegámos onde queríamos. Com uma boa vitória, compensámos o desaire no dérbi e saímos campeões. Para mim, um miúdo naquele tempo, ter sido titular na decisão foi fantástico. Suportei bem o stress e fiquei feliz por ter contribuído para aquela explosão de alegria. No balneário, foi uma loucura: garrafas de água e bebidas isotónicas pelo ar, toda a gente molhada... Houve muita emoção, uma festa imensa. Foi um momento de libertação, sem dúvida. 

À sexta jornada já o Sporting tinha despedido Giuseppe Materazzi e contratado Augusto Inácio para treinar a equipa. Com tanta turbulência, ficaram pasmados com a recuperação e o sucesso final?

Passámos por momentos difíceis, é verdade, mas creio que foi exactamente aí que começámos a ser campeões, porque mostrámos capacidade para passar por cima dos problemas e seguir em frente. Quando se muda um treinador, normalmente é sinal de que alguma coisa não está bem. Fomos melhorando aos poucos e o grupo ficou mais unido, dando tudo pelos objetivos para deixar bem o clube. 

No currículo tem ainda o título nacional de 2001/02. Qual foi o que lhe deu mais gozo?

Hum… O segundo. Porque a nível pessoal foi mais complicado. Por causa da grave lesão que sofri num joelho em 1998/99, na minha primeira época do Sporting, tive de demonstrar que realmente tinha valor e estava à altura do que o clube me exigia e esperava. Tinha sobre mim a pressão particular de provar que merecia estar naquele plantel. A cada jogo em que participava, e lembro-me que muitas vezes atuei como lateral e não a central, exigia muito de mim. Correu bem, porque fomos campeões e porque consegui evoluir como jogador. 

E agora, aos 36 anos, deixou de jogar, ou, melhor dizendo, fez uma pausa depois de terminada a ligação ao All Boys. Porquê?

Foi uma decisão pessoal. Ultimamente o futebol argentino tem sido dominado pelas pressões: dos dirigentes, porque querem resultados a todo o custo, pelos adeptos, pelas claques mais fanáticas, com as quais temos de lidar. E a verdade é que, com tudo isso, com os insultos que as pessoas nos vão dirigindo nos estádios, a família, mesmo que inconscientemente, também sofre, esteja ela presente ou assistindo pela televisão. Para eu estar mais tranquilo e para que os meus familiares não tenham de passar por situações negativas, decidi dar um descanso e encarar o futebol de outra maneira. Viajava imenso, mas agora tenho mais tempo para os meus filhos, que já estão crescidos. Mas continuo a treinar como um profissional.

Sim? Como se prepara?

Trabalho todos os dias sob a orientação de um treinador que tem rotinas profissionais. E ao fim de semana jogo futebol para não perder a forma. Claro que é tudo mais tranquilo, mais relaxado. O corpo pede-me que treine, que transpire mais,mas a mente sobressalta-se menos. Se houver possibilidade de jogar oficialmente mais seis meses ou um ano, estarei disponível, mas para desfrutar, sempre com responsabilidade, claro. Entretanto vou tirando o curso de treinador.

O futuro passará por aí, ser treinador?

Tenho essa vontade, sim. Com os técnicos e os colegas que tive na carreira, alguma coisa devo ter aprendido.

Costuma ver jogos do campeonato português?

Bastantes. Em parte também me considero um adepto do Sporting e, mesmo na internet, estou sempre atento ao que se vai passando, esperando a cada ano que seja campeão.


Grave lesão num joelho mudou-lhe o perfil

AOS 20 ANOS, EM BOLONHA - Quiroga ainda hoje tem dificuldade em discorrer sobre o episódio “mais triste” da carreira. “Custou-me voltar ao meu melhor nível e isso foi o que me doeu mais”, recorda


Estava em grande forma, já a liderar a defesa do Sporting, quando, no primeiro semestre da temporada 1998/99, sofreu uma grave lesão no joelho direito. Esse infortúnio, aos 20anos, matou-lhe alguns dos sonhos?

Foi o momento mais triste da minha carreira. Aconteceu num jogo da UEFA,em Bolonha. Tinha chegado há pouco tempo ao clube, vinha com todo o entusiasmo de jogar... e depois tive a rotura no ligamento cruzado anterior. Mas também se aprende coma s coisas más. Soube fortalecer o meu lado psicológico, tomando consciência de que no futebol nem tudo são rosas e é preciso ter capacidade para encarar as infelicidades. É passado e é assim que o recordo. Soube ultrapassar essa fase e ter uma carreira que me deixa feliz. Consegui jogar em Itália, na Alemanha e ainda ser internacional A argentino, que era uma das maiores metas.

Percebo que ainda hoje lhe custa falar sobre o incidente ocorrido a 29 de setembro de 1998. A lesão deixou sequelas? Limitou-o fisicamente?

Não, não me condicionou. Mas é verdade que estive muito tempo em recuperação – foram quase dez meses, se bem me lembro. Para uma lesão do ligamento cruzado anterior, foi muito tempo. Esse foi o maior contratempo que tive. Mas depois, graças a Deus, não tive mais inconvenientes. Obviamente, sendo o futebol um jogo de contacto, sempre havia um temorzito. E não vou mentir: custou-me voltar ao meu melhor nível, porque estava a passar por um momento muito bom e sentia-me motivado. Isso foi o que me doeu mais. 

Na Europa representou também Nápoles, por empréstimo do Sporting, e Wolfsburgo. Sem a dita lesão, teria jogado nesses campeonatos, mas em equipas com historiais e objetivos mais altos?


Eu acredito que as coisas na vida acontecem por algum motivo. Pensando agora, talvez tivesse jogado noutro país, sim, como também poderia ter assinado por mais anos com o Sporting – que foi sempre impecável comigo – e ter tido outra história no clube. Mas acho que não me prejudiquei. Além do mais, tive duas experiências muito ricas, a primeira no Nápoles, que me deu a oportunidade de jogar assiduamente em 2000/01, recuperando-me para o Sporting – eu precisava de um ano assim; e a segunda no futebol alemão. Sondagens de outros clubes sempre existiram, mas, ou porque eu queria ficar ou porque o Sporting não me queria vender, os negócios que não se deram.



Ronaldo pagou boleias com receita de batidos

Não é para todos: Facundo Quiroga foi colega de Messi na seleção da Argentina, quando o génio do Barcelona começou a ser chamado por Pekerman, e assistiu ao nascimento do fenómeno Cristiano Ronaldo, que teve como companheiro no Sporting na época 2002/03 e ainda na pré-temporada de 2003/04, até Sir Alex Ferguson e o Manchester United o levarem para Inglaterra. Do ano em que o miúdo despontou na primeira categoria dos leões, Quiroga recorda as boleias que lhe deu. “Éramos vizinhos, na Moita, e fizemos o caminho casa- Academia-casa várias vezes. Ainda me ensinou a fazer um batido com um monte de frutos. Era uma receita da mãe dele. E o Ronaldo dizia que lhe fazia bem. Hoje em dia sou um admirador da carreira dele, porque tudo o que conseguiu foi com base em esforço, suor e sacrifício. Quem o conheceu na intimidade, como eu, sabe que ele está a atingir todos os objetivos que tinha quando começou. Vê-lo consagrado deixame contente”, testemunha o argentino.


Rojo já sabe dançar do eixo para lateral

Central no Sporting, lateral na seleção da Argentina: Marcos Rojo muda de posto ao saber da vontade e do critério dos treinadores. Afinal, onde é que o esquerdino rende mais? Em que medida a variação posicional lhe é prejudicial? Quiroga, que até viveu uma experiência do género quando representavam os leões, não vê barreiras nem empecilhos: “Com Mascherano também acontece algo de semelhante. Do que conheço dele, e pelo que posso avaliar dos jogos do Sporting e da seleção, acho que Rojo tem capacidade para fazer bem as duas funções.”

“Inteligência” vai guiá-lo a voos mais altos Simeone está apenas “a aquecer” no Atlético de Madrid

Endeusado em Espanha, o treinador que nesta temporada arrisca ser campeão nacional ao comando do Atlético de Madrid no fim de semana que vem e, no sábado seguinte, dia 24 de maio, em Lisboa, surpreender ainda mais com a conquista da Liga dos Campeões é o mesmo que em 2008, no River Plate, batalhou pela contratação de Facundo Quiroga. “Estou agradecido a Diego Simeone, porque foi ele que me chamou para ser titular. Fiquei com as melhores das impressões, porque é um treinador sagaz, inteligente, não deixa escapar nada e está capacitado para o que se exige na Europa. Não fico nem um pouco surpreendido com o trabalho que está a fazer. No futebol de hoje, em que se vive tanto para os resultados, é difícil um treinador manter-se muito tempo num clube, mas Simeone está apenas a aquecer para outras coisas boas que há de fazer em clubes maiores”, vaticina o antigo central do Sporting, que tem “vontade” de se meter num avião e viajar até Lisboa para assistir ao vivo à final da Champions League e visitar o seu ex-clube: “Vamos ver se é possível. Vontade não me falta.”





P.S. No dia 14 de Maio de 2000, aconteceu isto: