Vou falar sobre o que se passa hoje em dia nas claques do Sporting.
Não conheço ninguém das claques. Não vivo em Lisboa, vou poucas vezes a Alvalade e só quando era puto é que ia para perto das claques. Ok, conheço o Musta e o Samico mas isso é porque eles têm páginas no Facebook. Mas é só isso que conheço, não sei mais nada além do que é público.
O que é público é que durante anos tivemos as três maiores claques do Sporting separadas no estádio do Sporting, física e idealmente. Um absurdo. Também é público que a "antiga" Juve Leo era maioritariamente constituída por tipos brancos, classe média e com uma minoria que trazia para dentro da claque elementos fascistas, xenófobos e de extrema direita. Esses tipos, entretanto, cresceram, casaram, criam família e, certamente, deixaram de ter tanto tempo para andar à porrada nos estádio. Os seus lugares foram tomados por putos que se habituaram desde cedo a ter amigos e colegas pretos, seja na escola ou na rua. O racismo já não é tão mainstream como era há uns anos.
Não sei se artificialmente ou se naturalmente, o que é certo é que foi um tipo mulato, Musta, que subiu até ao posto de presidente da maior claque do Sporting. E foi com ele no poder que, há dois anos, se chegou finalmente a um acordo, juntamente com as outras duas claques e a direção do Sporting, para colocar todas elas juntas na mesma bancada. Inédito. Isto é o que eu sei.
Certamente que a maioria dos espetadores na Curva Sul não são pretos nem mulatos, são brancos. Mas é Musta quem os lidera e tem liderado nestes últimos anos a protagonizar cenas absolutamente brutais. Quem não se esquece da maior trasferta de sempre em Portugal a um estádio adversário?
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A primeira imagem que apareceu depois de pesquisar por "Saddam Hussein Sporting" |
Saddam Hussein era um ditador, disso ninguém tem dúvidas. Também não temos dúvidas que desde que os Estados Unidos o tiraram do poder, que o Iraque se desintegrou completamente. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vulgo ISIS, aquele grupo que tem uma série na net chamada "Decapitação para Totós", é um filho bastardo da guerra "pela democracia" que os Estados Unidos implantaram à força no Médio Oriente. E essa nova "democracia" deixou ainda mais descendentes bastardos: o Egito do semi-ditador Mubarak é dominado agora pelos ditadorezinhos da Irmandade Muçulmana e a Líbia do Kadadi é hoje um país a saque e por aí fora.
Saddam era sunita (uma ala do Islamismo), uma minoria no Iraque, e manteve-se no poder durante décadas num país de maioria xiita (outra ala do Islamismo) e curda (descendentes da área do Curdistão, norte do Iraque).
Musta é um sunita a liderar um claque de xiitas e curdos.
E, tendo em conta o que se passou desde a sua prisão, desde desacatos junto do estádio de Alvalade até ao "comunicado" por ele escrito ontem à noite, é óbvio que está a acontecer, neste preciso momento, uma luta "pela democracia" no seio da Juve Leo e com intervenção dos "Estados Unidos" (leia-se, "um Candidato para as eleições do Sporting").
Sim, já li e ouvi coisas negativas sobre a direção de Musta, desde tráfico de droga, dinheiro para o bolso e até promiscuidade com elementos "vermelhos." Exactamente o mesmo que se ouvia quando era Fernando Mendes o líder da claque, com a excepção de a promiscuidade ser com azuis em vez de vermelhos.
Ninguém é inocente nestas histórias de claques mas acho que mais vale um pequeno ditador a mandar em muitos do que muitos ditadores a mandar em poucos.