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15 de agosto de 2014

Liga-mos

A pré-época até 'tava a correr bem. Novo treinador - o mais desejado de todos os "novos treinadores" -, novos-jogadores-novos, bom ambiente e, sobretudo, poucas saídas de jogadores. Apesar de todas as investidas, de todos os vaticínios, parecia que o Sporting ia conseguir manter a "espinha dorsal" da equipa da época passada. Na pior das hipóteses, perderia um de três: ou William, Rojo ou Slimani.

Saindo William, creio que o Rosell, para a Liga "Mickey Mouse" Portuguesa, chega e sobra. Mas se sair, vai faltar um suplente de Rosell...

Se sair o Rojo, tenho de acreditar que tal já era previsível pela direção (o que não acredito, na verdade, tendo em conta as palavras do Marco Silva, após o jogo com o Nacional de Montevideo, quando disse que o Rojo era "fundamental") e que as contratações do Sarr e Rabia foram concretizadas tendo em vista, precisamente, esse desfecho.

Se sair o Slimani, 'tamos fodidos. Quem é que vai enfiar a batata lá dentro? O Montero, que não marca golos desde novembro ou dezembro passado? O Tanaka, até me parece um gajo "frio" no momento do remate, mas não nos esqueçamos que o gajo vem do Japão, um país onde as regras de etiqueta dizem que, se alguém oferecer um presente a um convidado, isso irá criar no receptor um sentimento de obrigação insatisfeita e, muitas vezes, o convidado recusa aceitar o presente. O Tanaka vai encontrar pela frente, na maior parte das vezes, defesas centrais que só não vendem a mãe se não puderem.

Eu cheguei a ler, nas últimas duas semanas, crónicas e artigos de jornalistas "desportivos" que diziam que o Sporting era o maior candidato a vencer a Liga!  E depois, pronto, aconteceu o que todos sabemos. Rojo e Slimani ficaram de fora do grupo, castigados, e parece que apenas o argelino tem ido treinar.

Não censuro Bruno de Carvalho. Se me aparecesse este tipo do vídeo abaixo, a falar inglês e fingindo ser um representante do Manchester United, a tentar convencer-me que o Rojo tinha de sair do Sporting por 20M (o que, na prática, após as divisões para o fundo e o ex-clube do argentino, o Spartak de Moscovo, daria p'raí uns 2M ao Sporting), também o mandava ir dar uma volta a Beverly Hills:





Mas estou a divagar. Sobre a Liga "Mickey Mouse" Portuguesa que vai começar hoje. Não tenho ilusões.

O Benfica, apesar de tudo, continua a ter o melhor treinador disponível para este tipo de campeonatos, em que a mediocridade é o denominador comum entre a maior parte das equipas. O melhor exemplo que encontro para explicar isto é a forma como o Benfica de Jorge Jesus costuma marcar os lançamentos laterais "ofensivos": com lançamentos longos para dentro da área contrária. Além do Benfica e mais um ou outro clube da Liga, só vejo esse tipo de lançamentos em jogos das distritais. O futebol português é isto.

O Benfica, para esta Liga "Mickey Mouse", tem futebol suficiente para ganhar o campeonato novamente. E se não tiver futebol, tem sempre uma "sorte" do caralho. Com os árbitros, com os jogos em Aveiro contra o Arouca, com o Jardel a mandar a bola à barra, enfim, com tudo!

O Porto, apesar do "investimento", é uma incógnita. Tudo depende da motivação dos "craques" vindos do outro lado da fronteira.

O Sporting, para conseguir alcançar, no mínimo, aquilo que alcançou na época passada, o 2º lugar, vai ter de encarar cada jogo, mais uma vez, como se fosse uma final. Vi alguns jogos do Porto nesta pré-época e não vi grandes diferenças com a qualidade de jogo apresentado pelo Sporting. A diferença é que, enquanto que para o Sporting conseguir marcar um golo, toda a jogada colectiva tem de correr bem, já no Porto basta meter a bola no meio da área, que o Jackson há-de resolver.

O Sporting não tem um "abre-latas", um "desequilibrador", um tipo que ganhe jogos sozinho, enfim, um "craque". O único que se aproxima disso é o Carrillo, mas quando vemos outros jogadores, de outros campeonatos e mesmo do nosso, vemos que lhe falta aquele killer instinct essencial para alcançar esse estatuto. E ele 'tá quase a chegar ao ponto de "não-retorno". Se não for esta época que ele "explode", creio que nunca mais o fará.


Pronto, não me lembro de mais nada para escrever. Estou... err, yep, estou pessimista. :P


15 de abril de 2014

Liga Mickey Mouse

Acho que havia um jogador perito em apontar aos braços dos adversários mas não me lembro quem...



Aqui há uns tempos li no Twitter um tipo estrangeiro, que costuma fazer apostas online, dizer que a Liga Portuguesa é das que tem mais penalties assinalados por jornada. Não tenho dados p'ra comprovar isso nem paciência p'ra ir contar os penalties marcados nesta edição da Liga portuguesa mas desde que li o tal tweet do apostador estrangeiro, comecei a reparar na facilidade com que se marcam penalties em Portugal... como este do .gif acima, assinalado por Luís Ferreira, o novo Bruno Paixão (tenham medo, tenham muito medo!), na sexta-feira passada, no Académica 1-1 Vitória de Setúbal. (também marcou outro - e bem - a favor do Vitória, btw)

Se lermos as Leis do Jogo 2013/2014, disponíveis no site da FPF, acho que todos chegaremos à conclusão de que não era penalty.


LEI 12 – FALTAS E INCORREÇÕES 119

Tocar a bola com a mão

Tocar a bola com as mãos implica um ato deliberado em que o jogador toma
contacto com a bola com as mãos ou com os braços. O árbitro deve ter em
consideração os seguintes critérios:
• o movimento da mão na direção da bola (e não a bola na direção da 
mão);
• a distância entre o adversário e a bola (bola inesperada);
• a posição da mão não pressupõe necessariamente uma infração;
• o facto do contacto com a bola ser feito com um objeto que tem na mão
(peça de vestuário, caneleira, etc.), não deixa de constituir infração.
• o contacto com a bola ser feito através de um objeto lançado (bota,
caneleira, etc.) também constitui infração.

(os negritos e sublinhados são meus)


Mas o mais grave não é o cabrão do árbitro ter marcado penalty, mal ou bem, numa decisão de segundos. O grave mesmo é ler o jornalista d'A Bola, que deve ter tido um par de horas p'ra fazer a crónica do jogo, escrever isto no dia seguinte no jornal:




E pronto. É isto. Temos uma Liga à parte das restantes, uma Liga onde bolas nas mãos são penalty e onde jogos Arouca - Benfica disputados em Aveiro ou Estoril - Benfica no Algarve, considerados como uma coisa normalíssima, tudo legitimado por esta cambada de prostitutos intelectuais que escrevem jornais e enchem écrãs de televisão. Uma verdadeira Liga Mickey Mouse.