Mostrar mensagens com a etiqueta tondela. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta tondela. Mostrar todas as mensagens

20 de fevereiro de 2018

hardcore


Bem vindo à #LigaMickeyMouse, Mathieu.




JJ preparou a aquipa para o deboche total, julgando que acabaríamos deitados com o Tondela na cama logo ao intervalo, espetando umas 2 ou 3 batatas logo de enfiada. Só assim se justifica que tenha metido logo ao início, numa táctica suicida (e que já deu mau resultado em jogos anteriores), Montero, Bas Dost, Bruno Fernandes e Gelson lá na frente, deixando o desamparado William e a dupla Acuña-Bruno César desguardada lá atrás. Pura ilusão.

Ao intervalo, o Tondela já tinha feito tantas faltas como contra o Benfica no jogo todo. Acabaram o jogo com 23 faltas cometidas. Contra o Sporting, não admitem nada. Contra o Benfica, deixam-se sodomizar, admitem tudo. O Tondela fez 7 faltas no jogo todo contra o Benfica. Se os jogos do Benfica (e Porto) contra as equipas pequenas fossem filmes, seriam considerados "pornográficos" e alguns enquadrados na extremidade hardcore do género, tipo bondage ou sado-maso, tal é a submissão dos adversários perante a "força" dos jogadores do Benfica. É por isso que a vitória de hoje soube tão bem... um final de filme digno de Hollywood, de Sundance, de Cannes. Foi uma brutalidade à Tarantino. Surrealismo de Von Trier. Suspense de Hitchcock. Drama de Kubrick. Obscenidade de Siffredi. Começou tudo com a fita do jogador emprestado pelo Benfica, quando Mathieu lhe acariciou a cara, atirando-se imediatamente ao chão, fingindo uma agressão. A reação de Mathieu, abanando as duas mãos é dolorosa de se ver - um tipo vem do grande Barça, da La Liga, para ser expulso pateticamente no campo do Tondela? Foda-se. Faltavam ainda 30 minutos para acabar o jogo. O "corajoso" Pepa vê ali uma oportunidade de ouro de ganhar ao Sporting e faz duas substituições de "ataque". O segundo golo do Tondela esteve sempre à vista. Há uma jogada de ataque do Murillo (ex-jogador do Benfica, creio. Outro) em que temi que o VAR marcasse penalty. O empate mantém-se e começa até a parecer um bom resultado. Chega o tempo de desconto. 4 minutos. Ainda dá tempo. Mas não acontece nada... vamos perder 2 pontos. Mas eis que nos últimos 30 segundos de jogo, dos 4 minutos adicionais, a justiça poética começa a desenrolar-se perante os nossos olhos, com um guião diabolicamente perfeito: William toca a bola e enfia os pitons da bota na perna de um jogador do Tondela. Entra a assistência médica, recupera o jogador e este sai do campo. O árbitro, João Capela (Capela. Estas merdas não se inventam.) prossegue o jogo além dos 4 minutos de desconto inicialmente dados. As bolas bombeadas para a frente não causam perigo. À terceira vez que a bola chega ao meio campo defensivo do Sporting, já à espera que Capela terminasse o jogo, eis que, não sei ainda como, a bola chega à cabeça de Dost dentro da área, não suficientemente bem direcionada para que ele conseguisse cabecar à baliza mas, ainda assim, enjeitando-a para o meio da área, onde surge o Ricardo Costa, ex-jogador do Porto e daqueles jogadores "porcos" até ao tutano (que maravilha), a cortar a bola contra o poste, de onde ressalta para o local onde estava Coates, o central feito avançado, que rematou para o fundo da baliza. Loucura total. Final hardcore.




15 de fevereiro de 2018

Operação Astana

Não sei até que ponto foi por estratégia mas tenho ideia que JJ, durante as duas primeiras épocas no Sporting, forçava demasiado a "rotação" de jogadores entre jogos de competições diferentes. Lembro-me do jogo de Skenderbeu (não sei se é assim que se escreve mas também não fui ao Google procurar), do Rio Ave do ano passado, e outras exibições com resultados deprimentes onde era notório que JJ tinha mexido demais a equipa. Este ano, pelo contrário, e também não tenho a certeza se é por estratégia ou por necessidade, o facto é que JJ parece apenas mudar a equipa por obrigação, caso alguém se lesione, esteja mal fisicamente ou por castigo. Faz-me lembrar um avião de longo curso que é abastecido em pleno voo, permitindo manter a velocidade de cruzeiro, em vez de ter de aterrar para se reabestecer e fazer a manutenção. Nas primeiras épocas, o "avião" do Sporting aterrava muito entre jogos de competições diferentes, resultando em vários acidentes de percurso, mas desta vez foi tudo preparado ao pormenor para que a viagem mais longa do Sporting nas competições "europeias" corresse sem sobressaltos (até ver).


Operação Astana



Os jogadores do Sporting entraram no pavilh... perdão, no estádio do Astana, como se tivessem aterrado há minutos e foi preciso sofrermos um golo para sacudirmos o jet lag e começar a jogar, finalmente, futebol. Até ao intervalo, ainda tivemos tempo de ver Doumbia marcar mais um golo que seria, novamente, mal anulado. A mudança foi radical. O apático Acuña da primeira parte transformou-se no dinâmico extremo/lateral argentino que contratámos no início da época. A jogada do segundo é maravilha, maradonesca. Chegámos ao terceiro e foi uma pena que, com mais um jogador durante quase 30 minutos, não tenhamos chegado ao quarto ou ao quinto. Mas o mais importante já estava feito.




Em princípio, estaremos presentes na próxima eliminatória da Liga Europa, salvo qualquer calamidade no próximo jogo com o Astana mas também digo já que, a haver uma calamidade num próximo jogo do Sporting, que seja contra o Astana e não em Tondela onde já estão-nos a querer obrigar a lá aterrar.

12 de março de 2017

'novela'

Ontem, durante a transmissão do jogo Tondela 1-4 Sporting, no final da 1a parte, pudemos ouvir ao diálogo entre Matheus Pereira e Jorge Jesus. Foi interessante - é sempre interessante ter acesso aos "bastidores" do espectáculo - mas também foi uma... filha da putice. Não é normal a Sporttv facultar o audio junto aos bancos de suplentes, assim, de uma forma tão propositada. E nota-se que é propositada porque quando a imagem de Matheus e Jesus surge no écrã, não há audio e apenas alguns segundos depois é que começamos a ouvir JJ a dizer a Matheus para "jogar como treina". Certamente, ordem do realizador, após ter ouvido o narrador (Rui Orlando) e o comentador (Freitas Lobo) mencionarem o facto de haver um diálogo entre treinador e jogador. Ok, foi um diálogo interessante, refrescante, ao ponto de ter feito notícia no site do Record.




Agora... e se JJ estivesse a mandar Matheus para o caralho? Ou a dizer-lhe para espetar uma porrada do defensor? Ou qualquer outra coisa de foro "privado" e que só interessava aos envolvidos? Teríamos 'novela' para uma semana e a CMTV, TVI24, SIC N, etc, a esfregarem as mãos.


26 de outubro de 2016

qualidade

26 de outubro, 9ª jornada e já estamos na fase do "acreditamos" e de vídeos "motivacionais". É oficial: estamos na merda. Perder em Rio Ave, em Guimarães e com o Tondela (para mim, foram derrotas) não é um problema circunstancial, é estrutural. E o problema é simples: falta de qualidade (e solidariedade).

No ano passado, pouco depois de termos ganho 0-3 na Luz, o treinador do Benfica viu que não era possível continuar colocar a jogar a equipa da mesma forma (aberta, ofensiva, até mesmo ingénua) como ela jogava com JJ. Não acompanhei suficientemente bem os jogos dos lampiões nem sou treinador de futebol para poder explicar o que realmente mudou, mas foi visível que o Benfica começou a jogar de outra forma a partir desse derrota: mais cautelosa, mais organizada, mais solidária. O jogo em Alvalade, na 2ª volta do campeonato, foi o exemplo-mor dessa mudança. E ganharam o jogo. E o campeonato.


Uma equipa "top" pode dar-se ao luxo de ter um jogador que não defenda, que não faça "pressão" após perda da bola. O Real Madrid tem o Ronaldo, o Barcelona tem o Messi, o Benfica tem Mitroglou, etc... Já o Sporting tem uns 3 ou 4. Impossível. Assim que a equipa do Sporting perde a bola no meio campo adversário, não há aquela pressão imediata que todas as equipas "top" fazem neste momento contemporâneo do futebol europeu, seja para recuperá-la e iniciar nova vaga de ataque, apanhado o adversário em contra-pé (muitos dos golos são marcados desta forma) ou para, simplesmente, evitar o contra-ataque adversário. Os jogos do Rio Ave, Vitória, Dortmund e até do Tondela expuseram esta falha até ao tutano.


JJ continua a usar nesta época o mesmo modelo, táctica, estratégia, wtv, que utilizava no ano passado, isto apesar de ter perdido João Mário, Slimani e Teo Gutiérrez. E agora, Adrien. O problema é que Bas Dost não defende, Markovic também não, Gelson defende mal, Bryan Ruiz faz o que pode e Elias defende com os olhos. E Alan Ruiz, enquanto jogou, também pouco defendia, tal como André. Um gajo vê as duplas de laterais de Benfica e Porto, com Maxi/Layun-Alex Telles e Semedo-Grimaldo, e depois compara com a dupla do Sporting, Schelotto-Zeegelaar, e dá vontade de chorar. É um suicídio continuar a jogar da mesma forma.

Não podemos continuar a assentar o nosso sistema de jogo na "qualidade" (posse de bola, jogo controlado, etc) neste campeonato de merda e fazer 2 remates à baliza adversária em 70 minutos e depois sofrer golos sempre que um jogador adversário remata à baliza (sobre este aspecto, o da baliza, se algum dia desse a minha opinião completa sobre Rui Patrício, chamar-me-iam lampião e seria excomungado pelos Sportinguistas. Se alguém já leu o livro "The Outsider: A History of the Goalkeeper", de Jonathan Wilson, sabe a diferença que há entre um guarda-redes "activo" e "passivo"... e em qual das categorias eu encaixaria RP). A "qualidade" de jogo apenas funciona, paradoxalmente contra equipas que têm, precisamente, mais qualidade e que dão mais espaço, tanto a defender como a atacar. É por isso que ganhámos a maior parte dos jogos "grandes" a época passada, e porque, já esta época, ganhámos ao Porto e apenas não ganhamos em Madrid por um triz. No entanto, continuamos a falhar contra o Tondela, o Rio Ave, o União da Madeira, Boavista, etc... Aqui, neste campeonato de merda feito de "autocarros" e guarda-redes feitos de cristal e que se lesionam de dez em dez minutos, o que interessa é a "quantidade" de ataques. Correr, correr, correr, fazer faltas, faltas, faltas, rematar, rematar, rematar. É assim que o vertiginoso Benfica joga. É embaraçante ver a quantidade de jogadores do Benfica que sabem rematar à baliza (Pizzi, Grimaldo, André Horta, Gonçalo Guedes, Cervi, Mitroglou), contrastando com os poucos do Sporting que o sabem fazer (Bruno César, Alan Ruiz e...) ou que sequer tentam fazer. É que, ao final de contas, o que interessa é meter a bola dentro da baliza e, para isso, é preciso saber rematar a puta da bola.


Num dos últimos textos do acima mencionado Jonathan Wilson no The Guardian, mencionou novamente uma célebre frase atribuída ao antigo e infame treinador do Benfica, Bélla Gutman. Era um artigo sobre Mourinho e Klopp, e que girava à volta da "aura" da qual os treinadores vivem e se alimentam. Quem lê o Jonathan Wilson há algum tempo, já sabe que, para ele, o fenómeno Mourinho já se esgotou ou está prestes a esgotar-se. A tal frase do treinador húngaro é esta: "Um técnico é como um domador de leões. Ele domina o animal enquanto tem autoconfiança e não demonstra medo. Mas quando a primeira sombra do medo aparece nos seus olhos, ele está perdido".


Quem doma quem?




A ideia que dá é que JJ parece estar a ficar com medo. Um JJ sem medo já teria resolvido o problema do substituto de Adrien, desenrascando um "Manel" qualquer, em vez de ter apostado (e perdido) três vezes seguidas no Elias.

Ou JJ faz um milagre e coloca os jogadores do Sporting a correrem que nem cães, tal como fez quando chegou ao Benfica ou como acontece, inevitavelmente, nos minutos finais dos jogos que estamos empatados ou a perder, ou então tem de mudar de estratégia e meter a equipa a jogar mais em modo "contra-ataque", mais compacta.

JJ tem de voltar a ter coragem de gritar e "mandar para o caralho"os jogadores todos e não gritar apenas ao Jefferson ou ao Zeegelaar.

E além de JJ, alguém do Sporting tem de gritar aos ouvidos dos jogadores e explicar-lhes o quão importante é ganhar este campeonato e que para o ganhar, temos de ganhar ao Rio Ave, ao Vitória, ao Tondela e ao Porto, Benfica e C.ia. Temos de ganhar a todos!

JJ tem de largar o fato e voltar a vestir o fato de treino e explicar, ie, gritar, a este grupo de jogadores que este é o campeonato mais importante da história do Sporting. Porque o é. Tal como o campeonato do ano que vem será o mais importante. E por aí adiante.

Alguém tem de ensinar a estes jogadores o que é o futebol português. Alguém de explicar como perdemos o campeonato de 2003/04. Alguém tem de lhes dizer o que se passou com a camisola do Rui Jorge após um Sporting-Porto. Alguém tem de lhes traduzir as escutas do Apito Dourado. Alguém tem de lhes mostrar o Benfica-Sporting de 2004/05. Alguém de lhes explicar que o Estoril-Benfica de 2004/05 foi jogado no Algarve. Alguém tem de lhes mostrar a final contra o CSKA Moscovo. A mão do Ronny de 2006/07. A final da Taça da Liga 2008/09. A eliminatória contra o Bayern. A meia final contra o At. Bilbao. Alguém tem de lhes dizer que o único clube a quem os árbitros fizeram greve, foi ao Sporting, em 2011/12. Alguém tem de lhes explicar como foram as eleições do Sporting em 2011. Como terminamos em 7º lugar, a pior classificação da história do clube, em 2012/13. Alguém tem de lhes explicar porque o árbitro da final da Taça de Portugal que o Sporting ganhou em 2014/15, desceu de divisão.

Alguém tem de lhes explicar que os adeptos do Sporting (des)esperam há 14 anos pelo título de campeão. Alguém tem de lhes explicar isto, pois tenho a certeza de que (ainda) não o fizeram. Como é que sei? Porque se o tivessem feito, o Joel Campbell nunca teria comemorado o golo do empate, à 8ª jornada, contra o Tondela, em Alvalade, da forma como o fez.




Estamos a 5 pontos do Benfica, em outubro! Ou seja, mais um deslize e acabou-se o campeonato. Acordem, caralho.

16 de janeiro de 2016

História

"By arguing that there was a conspiracy against Perugia, he helped to create a conspiracy against Perugia. A ‘war with the palazzo’ (code in Italy for a ‘battle against the powers that be’) could only damage his club. This happened with Gianni Rivera and Milan in the 1970s, when the great midfielder was banned for weeks after making this statement: ‘they don’t want us to win the championship, it’s the third time in a row that the referees have stolen it from us’. History repeated itself with Roma in the 2002–2003 season. Roma president Franco Sensi spent the whole season complaining about conspiracies and bad decisions. The result? A series of bad decisions and a terrible season for Roma. None of this can be proved, of course, but the trend was for referees and their peers to punish those who ‘protested too much’. The history of Italian football has shown, time and time again, that those who complain about plots against them only reinforce a kind of corporate hostility"

                                 in "Calcio, a History of Italian Football", pág. 81



O Sporting não pode ser a equipa que mais se queixa neste campeonato. Está provado, time and time again, que quem mais se queixa, é quem mais perde. Eu estava-me a acostumar a esta ideia do Sporting estar a ser levado ao "colo". Porquê? Porque isso quereria dizer que, no final, seria eu o campeão, o vencedor. Tem sido assim, sistematicamente, no campeonato português. Quem mais se queixa, perde. Quem não se queixa, ganha. Não podemos começar a ser nós quem se mais se queixa, porque tal começará a fazer mexer as "rodas" do sistema.

O que eu estava a adorar, ver o Rui Vitória e o LFV a queixaram-se da arbitragem... música para os meus ouvidos. Até que surgiu o típico som de disco riscado, ontem, quando ouvi BdC a falar de árbitros. Não pode. Um presidente vir falar sobre uma má arbitragem após um jogo é a silver bullet das estruturas dos clubes. Só pode ser usado em último caso, em último recurso, num caso de vida ou de morte - num derby a três jornadas do fim do campeonato, por exemplo - não pode ser usado num empate contra o Tondela, último classificado do campeonato, num jogo em casa! Não pode, caralho.


Raios, de certa forma, eu até 'tou agradecido ao árbitro* de ontem. Foi só após o penalty, expulsão e golo sofrido que começámos a correr e a jogar à bola!! É nisto que o Sporting se tem de focar: naquilo que está ao seu alcance de resolução, no seu jogo, nos seus jogadores. Até ao penalty de ontem, aos 30m de jogo, tínhamos zero (!) remates, contra o último classificado da Liga! Em casa. Foda-se...


Dito isto, digo só mais duas ou três coisas: O Aquilani jogou no Milan, Roma, Fiorentina e Liverpool (sem ir ver à Wikipedia), não pode ficar ad eternum a aquecer, à espera de entrar no jogo contra o Tondela, em casa. Depois admirem-se se ele quiser voltar a Itália, já em janeiro.

O Boeck não seria titular nem no Tondela. E renovámos com ele há poucas semanas. Surreal.

O Gelson tem de ser titular nos jogos em casa.

O relvado de Alvalade é uma vergonha. Repito, uma vergonha.

Finalmente, não me chamo Cherba nem Guilherme Cabral, não tenho jeito nem paciência para vídeos e textos de merda de "incentivo". Quando escrevo algo, finjo sempre que alguém da "estrutura" do Sporting me está a ler, e é com esse intuito que o faço: para alertar, gritar, avisar, ser útil. Uma patetice, eu sei, mas é (sou) assim.

Ainda vamos a tempo, temos é de jogar mais (e correr mais!) e falar menos.






*O árbitro de ontem é um cabrão, eu já o sabia e quero acreditar que no Sporting também já o sabiam. Mais razão ainda para a merda da equipa ter começado o jogo a correr e a lutar mais pela bola, em vez de ficar à "espera" do que o jogo iria dar. Urge agir, em vez de reagir.