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9 de maio de 2016

#NacionalBenfiquismo

Encontrado no Google. Deve ser este o "ciclista maluco". Benfica = inimputabilidade. 



No Jardim da estrela, em Lisboa, destoa apenas um certo ciclista barulhento, com uma bandeira do benfica, mas é para lá que continuou a ir.

Cruzo-me por vezes no Jardim da Estrela com um ciclista que diagnostiquei de maluco (não, não sou médica). Deve andar pelos 60 anos, tem o cabelo rapado, ostenta uma enorme bandeira do Benfica na parte de trás da bicicleta – tudo coisas legítimas – e na parte da frente um rádio-cassete com o volume no máximo – o que já não o é. Deve ter estado doente, porque o vejo menos do que há uns anos. No Sábado da semana passada, o pesadelo ambulante voltou. Ora, o que se requer de um jardim é alguma paz, coisa que obviamente ele destrói. Será que tem direito a fazê-lo? Não, não tem. Se o leitor quiser saber mais sobre o motivo que invoco para o criticar, leia o que Stuart Mill escreveu sobre a liberdade, a minha e a dos outros. Na minha última visita ao jardim, lá andava ele, sempre acompanhado pela sua música ambulante. Esquecera- -me de levar o iPhone, com a minha música preferida, e os respectivos auscultadores – o que não perturba ninguém – pelo que o rival me irritou mais do que nunca. Este estado de espírito levou-me a dirigir- -me a uma senhora que estava a olhar para ele com o que me pareceu um olhar furioso. "O que acha que podemos fazer a este louco?", perguntei-lhe. A resposta foi inesperada: "Nada, deixe-o lá, não vê que ele leva a bandeira do Benfica?" Encolhi os ombros. 

O jardim

Note-se que não exijo o silêncio que impera numa biblioteca, mas tão só que o som do ciclista maluco não incomode as pessoas que por ali se passeiam. Suponho que por ser visitado por um número crescente de turistas, pelo menos por aqueles que saíram incólumes do eléctrico nº 28, há agora no jardim mais polícias do que habitualmente. Além de polícias a pé, também se vêem alguns dentro de automóveis, o que dantes só acontecia depois do escurecer. Vigiado, sim, está o jardim. A única forma de impedir que o ciclista maluco incomode toda a gente, ou, para ser mais rigorosa, toda a gente que não seja do Benfica, é a de ser interpelado por "uma autoridade". Quando pensei em explicar ao ciclista maluco que não podia andar por ali com a música em altos berros percebi que era inútil. O mesmo não aconteceria se a Câmara Municipal de Lisboa e a PSP chegassem a um acordo no sentido de colocarem nos portões principais um aviso declarando que acima de ‘x’ decibéis não se poderia difundir música fosse em que aparelho fosse.

Termino com um louvor à minha autarquia. É verdade que, no bairro onde vivo, as ruas estão pejadas de buracos e que esta é a grande prioridade, mas desde há cerca de uma década que o Jardim da Estrela tem uma nova face: os canteiros são podados, as árvores estão magníficas e até o coreto e o lago maior foram restaurados. Apesar de sob prescrição médica, vou até ao jardim todos os dias (isto é para ele ler). E não é que há um mês descobri que a deslocação me dá prazer? Desde que não esteja lá o ciclista maluco


Crónica de Maria Filomena Mónica, em: http://www.cmjornal.xl.pt/domingo/detalhe/o_ciclista_maluco.html

24 de agosto de 2014

Futebol subjectivo

O futebol é isto. Ou isto é o futebol. Ou o jogo só acaba quando o árbitro apitar. Ou jogámos bem mas não ganhámos. Ou jogámos mal mas ganhámos (que é o que interessa).



Terceira imagem que encontrei no Google após pesquisar por "subjetivo futebol". Interessante.


Comentar jogos de futebol é tão subjectivo como ser juiz no Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Há um mês, apenas um dos três candidatos à presidência da Liga tinha a sua candidatura dentro de todos os pressupostos legais, um mês depois, os outros que não cumpriam os pressupostos é que estão dentro da legalidade e o outro que tinha sido dado como único candidato legal, afinal, é o que está ilegal. Bem-vindos ao futebol português.

Na A Bola de hoje, o "jornalista" que esteve em Alvalade, um tal de José Manuel Delgado, o mesmo que critica a pobre exibição do Nacional e Rio Ave nos jogos europeus, diz o seguinte acerca do jogo de ontem:

"Mas vamos ao jogo e às dificuldades que Pedro Emanuel colocou aos leões. O Arouca colocou um autocarro em frente à baliza do excelente Goicoechea? Nem por sombras."

Noutro jornal, no Correio da Manhã, André Figueiredo, escreve o seguinte:

""(...) o Arouca defendeu de autocarro à frente da baliza de um super guarda-redes."


Se ontem o Montero tivesse enfiado lá para dentro aquelas duas bolas que teve ao seu dispor ou se tivéssemos logo marcado golo se aquela grande penalidade, no início da segunda parte, tivesse sido assinalada, tudo seria diferente. "Grande jogo, domínio total, grande Sporting"

O Arouca passou de meio-campo umas 4 vezes. Oportunidades claras de golo do Arouca, não me lembro de nenhuma.

Do que vi ontem, não vi nada que já não tivesse visto na época passada. Muita posse de bola, domínio total e muita ineficácia lá na frente. Às tantas, já estava à espera que a meio da segunda parte tivéssemos sofrido um golo num canto ou isso e só depois partiríamos "com tudo" lá p'ra cima em busca do golo já nos últimos minutos do jogo. E conseguiríamos marcar golo, não duvido. O do empate. Mas, vá lá, ganhámos.

Mas a exibição, em si mesma, aparte do "pormenor" da incapacidade de enfiar a bola dentro da baliza mais vezes durante o jogo, não foi má. O Nani em cada 10 vezes que leva a bola à linha, cruza ou remata 9 e perde uma. O Capel em cada 10 bolas à linha, perde cinco. O Nani fez um bom jogo até à altura da aberrante marcação do penalty. Tinha de ser o Adrien a marcar, ponto. Mas pronto, ao menos esta merda aconteceu já no início da época e dará tempo ao Nani para se aperceber que esta merda é um jogo de equipa. Espero eu.

Três notas finais:

- Nos jogos em casa contra os "Aroucas" do nosso campeonato, é para se jogar, sempre, com dois avançados lá na frente!!

- O Adrien foi um verdadeiro "capitão" na forma como encarou a cena do penalty. Durante e depois, já na flash-interview. P'ra quando a braçadeira?

- E para quando o João Mário no lugar do André Martins?


Vem aí o derby. Que não ganhamos "lá" há alguns anos. Pronto, é isso. Vem aí o derby.


8 de julho de 2014

Só merda

"É importante perceber duas coisas. Em primeiro lugar, o que é uma estratégia, cada vez mais concertada e clara, de alguma comunicação social, para afectar o Sporting. E o que é a realidade. (...)

O Correio da Manhã tem sido, mais uma vez, o rosto desta mentira de que há problemas no Sporting. Infelizmente, houve alguém do Grupo Cofina que me avisou há pouco tempo de que iriam fazer isto, quase como se fosse uma ameaça."

Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, n'A Bola de 06/07/2014







Será este o boi?




Ricardo Tavares, subchefe da redação do Correio da Manhã, na CMTV, durante o programa "Mercado" de 07/07/2014

4 de janeiro de 2014

Fight & Resist!

Sabes que as coisas mudaram alguma coisa quando o facto de o Sporting colocar o seu jogador mais caro de sempre a treinar na equipa B não merece mais do que um quadradozinho no canto inferior d’A Bola. Isto um dia depois de um ex-novo-Eusébio ter vindo a público elogiar e invejar a política desportiva do Sporting, ao mesmo tempo que critica a do Benfica (mesmo que a coisa tenha sido cozinhada para queimar o Jesus), é digno de destaque.

Mas há coisas que nunca mudam. Como, por exemplo, A Bola ter enviado dois “jornalistas” a Madrid para entrevistar a figura do desporto do ano, Cristiano Ronaldo, e a palavra “Sporting”, clube onde se formou CR7, ter sido mencionada umas estonteantes... zero vezes. Zero. O mesmo jornal que, mês sim, mês não, vai falar com jogadores do Manchester City para perguntarem as suas opiniões sobre… o Benfica.

É de notar que o “jornalista” enviado-especial a Madrid para entrevistar o Ronaldo, chama-se Nuno Paralvas e é o mesmo “jornalista” que trata de assuntos relativos aoBenfica n’A Bola e que, entre outras coisas, jurava, aqui há um ano e tal, nos estúdios d’A Bola TV que o Javi Garcia iria ser vendido para o Real Madrid a troco de quarenta milhões euros. Um lampião, portanto.

Paralvas é nome de pássaro.


(Registe-se que, no entanto, na entrevista de CR7 ao jornal Record, uns dias depois, a palavra “Sporting” tenha sido mencionada cinco vezes. Três pelo(s) jornalista(s) e dua(s) pelo próprio Cristiano, onde disse que “ainda me falta (no currículo) ser campeão pelo Sporting”. Respect)


É contra isto que lutamos diariamente.


Correio da Manhã. Qualquer notícia que envolva um jogador preto mais emergente do nosso futebol, se repararem, é assinada por um tal de António Pereira, também ele preto. Atenção, não me considero racista, estou apenas a registar um facto. Não sei se o CM destacou o jornalista António Pereira para tratar de notícias relativas apenas a jogadores pretos ou não, mas se o fez, alguém aqui foi racista e não fui eu.

António Pereira, o jornalista mais preto do Correio da Manhã.


Continuando. Como estava a dizer, notícias com jogadores pretos portugueses no CM? Todas ou quase todas escritas por António Pereira (na volta, o tipo nem existe e é apenas um pseudónimo que inventaram). Novela Bruma, alimentada durante meses e com entrevistas semanais a Catio Baldé, Bebiano Gomes e ao jogador? Todas assinadas por António Pereira. Novo Eusébio, Ivan Cavaleiro? António Pereira. "William Carvalho exige aumento de salário", conforme se pode ler hoje no Correio da Manhã? António Pereira.

Enganei-me ali em cima. Devia ter escrito “Pesadelo Bruma”, “Novela Ivan Cavaleiro” e “Pesadelo William Carvalho.


Há coisas que nunca mudam. Como diz o Cherbakov na sua tasca, “Fight & Resist!”.

30 de novembro de 2013

Anatomia da hipocrisia ou "Como o Correio da Manhã é um inimigo do Sporting"

Estava a pensar em escrever (já há dias) sobre o facto de a exibição de CR7 contra a Suécia ter sido excelente para os portugueses mas um pouco nefasta para os Sportinguistas (explicarei noutro post), quando "explodiu" o tema futebolístico da semana: Bruno de Carvalho teria ofendido os portugueses ao dizer que, para resolver os problemas de Portugal, bastaria retirar o vermelho da bandeira nacional, ficaria apenas o verde e "isto é tudo nosso".

Vou explicar como é que toda esta polémica artificial nasceu e floresceu, à conta do Correio da Manhã.




- No domingo passado, dia 24 de Novembro, o Sporting deslocou-se a Guimarães para disputar a 10ª jornada da Liga Zon Sagres. O jogo iniciou-se às 19h45m.

- Nesse domingo, aproveitando a deslocação da equipa do Sporting ao norte do País, realizou-se um almoço organizado pelo Núcleo Sportinguista de Braga e que contou com a presença do nosso presidente, Bruno de Carvalho, Carlos Lopes e outros distintos sportinguistas. Repito, um almoço de Sportinguistas no domingo, dia 24.

- Acabou o jogo, ganhámos, Leonardo Jardim falou depois do jogo, nos canais por cabo desenrolaram-se os habituais programas "desportivos" (Contra-Golpe, Trio de Ataque, etc) e nem um "paineleiro" falou sobre Bruno de Carvalho e o "ultraje" à bandeira nacional. E porquê?

- Porque, segundo um respeitado adepto portista (ver vídeo abaixo), Bruno de Carvalho e os organizadores do dito almoço de domingo autorizaram a entrada dos jornalistas presentes para breves reportagens no interior da festa Sportinguista e depois pediram, amavelmente, que "desligassem" os microfones e câmaras de televisão. Ou seja, nenhum jornalista filmou, gravou ou sabia o que se tinha passado num almoço privado de Sportinguistas.






- Todos respeitaram o pedido, excepto um "jornalista": Eugénio Queirós, do jornal Record, do grupo Cofina.

- Eugénio, além de benfiquista e conhecido por levar nos cornos em estádios do norte do país, é um anti-BdC, conforme se pode verificar nalguns posts que publica no seu blog pessoal alojado - pasme-se - nos servidores da empresa para quem trabalha, Record/Cofina.

- Foi no seu blog pessoal que Eugénio Queirós, no dia 25 de Novembro, segunda-feira, publicou o vídeo, por ele filmado (telemóvel, provavelmente), discretamente, no almoço do Núcleo Sportinguista de Braga, momentos após ter sido pedido para que os jornalistas presentes desligassem os microfones/câmaras, onde se ouve BdC, num momento de descontração, no seio de... Sportinguistas, dizer que, de modo a resolver os problemas de Portugal, só tínhamos de "tirar o vermelho da bandeira de Portugal" (e isto é tudo nosso!).

- Ultraje!, gritaram os jornalistas(?) da nossa praça, na terça-feira, 26 de Novembro, assim que viram o vídeo do blog pessoal do Eugénio ser partilhado pelas redes sociais, resultando em títulos como "Presidente do Sporting sugere que se tire o vermelho da bandeira de Portugal", como fizeram no Público, assumindo como séria a piada que BdC tinha proferido dois dias antes num almoço de Sportinguistas! Surreal.

- E pronto, a partir daí, foi cavalgar na onda: debates, crónicas, perseguições (ver vídeo abaixo) e até sondagens (a sério, vem hoje na secção de desporto do Correio da Manhã), para saber se BdC teria ou não desrespeitado a bandeira nacional.




A sério, eu tenho vergonha do jornalismo português. Esta piada do BdC sobre o vermelho da bandeira nem tinha matéria para encher um post do blog mais vermelho que por aí há, quanto mais para alimentar dias e dias de patéticas discussões sobre o patriotismo do Presidente do Sporting Clube de Portugal, o clube que mais medalhas olímpicas "ofereceu" à Nação.

Imaginem, por momentos, se BdC estivesse envolvido numa qualquer marosca envolvendo 17 milhões de euros e o BPN. Imaginem.


(Nem vou dissecar a recente parceria assinada entre Benfica-Cofina-Correio da Manhã-Record-João Querido Manha, porque senão, teria de ir vomitar no final do texto e agora não me apetece.)