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19 de agosto de 2017

Pormenores

Quis esperar pelos primeiros jogos antes de partilhar com o mundo aquilo que penso sobre o que será a época do Sporting. Após ter visto estes primeiros jogos, contra Aves, Setúbal e Steaua, lembrei-me de Portugal durante o Campeonato da Europa de França, onde fomos campeões com uns 5 empates (durante os 90 minutos) em 7 jogos oficiais. Tenho quase a certeza de que se a Liga Portuguessa fosse disputada em moldes semelhantes, o Sporting seria campeão. O problema são os 27 jogos restantes que a Liga Portuguesa obriga disputar... Ao Sporting falta espiríto de grupo, uma estrutura verdadeiramente forte, dentro e fora do relvado, e falta também... jogadores que saibam meter a bola dentro da baliza. O Benfica tem 4/5 avançados, nós temos 2. Tão simples como isso.

Tenho uma péssima memória mas não é difícil verificar que, da equipa titular do Sporting treinada por Leonardo Jardim, há escassos 4 anos, restam apenas Patrício, Adrien e, se quisermos acreditar que ele ficará cá esta época, William Carvalho. Quatro anos e apenas 2 jogadores. Lembram-se da equipa titular do Real Madrid de Mourinho? Quantos ainda se mantém hoje em dia?

Sim, percebo muito bem que o clube tenha necessidades financeiras, que temos de vender jogadores todos os anos (apesar de, repetidamente, nos dizerem que tal não é necessário) mas, foda-se, como é queremos ser campeões se, constantemente, vendemos os nossos melhores jogadores? Montero, Slimani, João Mário, William... e se quisesse ser cínico, mencionaria também Cédric e Eric Dier (ou mesmo Semedo e Oliveira).... tudo jogadores que, mais do que qualidade para vencer no presente, tinham (e têm) potencial para vencer no futuro. Até JJ chegar ao Sporting, parecia haver um real plano para o futebol do Sporting, onde a formação seria conjugada com contratações "cirúrgicas" de jogadores mais experientes, numa perspectiva de crescimento sustentado da equipa, mantendo a estrutura, a "coluna dorsal" da equipa, durante alguns anos, até atingirmos títulos e, aí sim, podermos vender, pausadamente, alguns dos jogadores essenciais. Nada disso aconteceu. Não ganhamos títulos e não conseguimos manter esses jogadores. Esta época já vamos em 10 ou 11 contratações, o que, por si só, é a prova da falência da estratégia que vinha a ser empregue, seja ela qual fora. Se a estratégia fosse boa, não teria sida necessário contratar tanta gente, como é óbvio.


Acho incrível como se banaliza e desvaloriza a importância de se obter um verdadeiro espírito de grupo dentro de um plantel de uma equipa. Joguei apenas futebol amador e distrital mas sei bem o quanto importa haver ligações mínimas de amizade entre os jogadores. Aquele canhoto que joga a "10" que faltava aos treinos de segunda e terça por "ter uma dor na virilha" e que, miraculosamente, treinava impecávelmente bem no treino de quinta, antes da convocatória sair, e que, nos jogos de domingo, andava a arrastar-se e apenas corria para marcar o livre perigoso à frente da área? Acham que me ia esforçar para ir cortar o ataque perigoso do adversário, após o "craque" ter perdido a bola a meio campo, após uma pirueta "à Adrien" ter corrido mal? Yeah, right.


Anteontem, por mera causalidade, fui visitar a página de Facebook do William Carvalho. Vi as fotos mais recentes postadas por ele e julguei que se tratava de um jogador da seleção/Nike que, por vezes, é convocado para jogar pelo Sporting e não o inverso. Impressionou-me de tal forma a completa ausência de "Sportinguismo" na página do nosso jogador mais importante dos últimos anos que escrevi isso mesmo no Twitter. A meio de uma jornada de playoff de Champions importantíssima para o clube, a preocupação do nosso sub-capitão foi fazer um post a enaltecer a Nike. Incrível.






Mas não é só. Nuno Valinhas, ilustre Sportinguista,  mostrou-me ontem o mais recente post do Instagram do Adrien, capitão do Sporting. Novamente, um post/foto completamente alheado de Sporting e apenas mencionando a marca que o patrocina, neste caso, a Adidas.



Não creio que o principal problema do Sporting esteja na falta de militância dos seus próprios jogadores, pois, até como já disse no início do post, coloco esse ónus em JJ e na direção, ao não terem seguido um plano concreto de construção da equipa/plantel, mas, quando vi hoje no Record uma menção ao último post no Instagram de Toto Salvio, jogador do Benfica, não resisti ir visitá-lo. Era uma simples mensagem mas, ao mesmo tempo, tão poderosa....






"Juntos 👊🏻. Está unión es la que nos lleva a grandes cosas. A continuar así EQUIPO. Mañana hay más."


São pormenores sem importância? Verdade. Mas se há clube que não vence há 15 anos e que não pode - não deve - falhar em nada, por pequenos "pormenores" que sejam, é, precisamente, o Sporting. E nós falhamos tanto, tanto...


SL

12 de dezembro de 2016

'ganas'

Num texto escrito no The Guardian há uns dias, a propósito da crescente média de golos marcados em jogos da Premier League desde há anos, Jonathan Wilson falou, mais uma vez, sobre o "novo" futebol que se está a espalhar pela por essa Europa fora. "Pressing, high lines, percussive, vertical footbal are in vogue, from Dortmund to Liverpool, from Sevilla to Hoffenheim."

"Pressão, linhas altas e futebol vertical". E ainda acrescentou que "defender à moda antiga deixou de estar na moda". O Sporting, com JJ, joga à "moda antiga" e é delicioso de se ver. Bola nos pés, jogo controlado, tabelinhas, até chegar à grande área e... centrar para o Bas Dost. Quando funciona, é perfeito, tão perfeito como um relógio suíço. O problema é que há jogos em que o adversário está a jogar o tal futebol de 2016: pressão, linhas altas e futebol vertical e o Sporting não tem pedalada para isso. Na Europa, então, é por demais evidente. Apesar do Benfica se ter remetido à defesa após o 2º golo, a verdade é que jogam um futebol mais parecido com aquele que Jonathan Wilson referia: mais vertical, mais pressão, mais remates...

 Há dias em que jogar "perfeito" não chega. Há jogos em que a vitória tem de ser "inventada". Contrariar o destino. Lembro-me de jogos do melhor Mourinho (mais no Inter, mas também no Real e Chelsea) que, a meio do jogo, pareciam perdidos. E conseguiu-os vencer, não graças à qualidade em si mesmo (dos jogadores) mas à vontade (de Mourinho e dos jogadores). Ganharam porque quiseram ganhar, não porque estavam a jogar melhor.


No Sporting de JJ, na maior parte das vezes, ganhamos porque jogamos melhor, porque somos melhores do que o adversário. Mas costumamos perder - jogos e pontos - porque o adversário "quis" mais do que nós. Desde Sá Pinto, que não vejo ninguém que sinta a camisola listada como ela deve ser sempre sentida. Fico sempre com a sensação de que os jogadores do Sporting, principalmente os que sabem o que é o Sporting, podiam ter dado mais, aquele "extra", aquelas 'ganas' de quererem mais do que os outros... Os outros "comem a relva", atiram-se para o chão, fingem lesões, pressionam o árbitro; tudo e mais alguma coisa para ganhar. Os nossos jogam bom futebol. Pois bem, isso às vezes não chega.

Neste fim de semana, o Real Madrid ganhou nos últimos 10 minutos da partida, um jogo que estava perdido. Lembro-me que mandei um tweet a dizer algo do tipo "Ganharam graças à vontade de ganhar". É uma maravilha ver as 'ganas' com que todos os jogadores do Real Madrid se lançaram à procura da vitória, sem terem "vergonha" de se mandarem para o chão a pedir penalties ou  "medo" de empurrar adversários... Aquele sururu antes do 3º golo, junto do guarda-redes contrário é importante, porque pressiona o adversário, influencia o destino, contraria-o. Às vezes, tem de se ganhar "feio". Como o Benfica costuma fazer contra o Sporting.







É por isso que fiquei mais fodido com o banana do William (e outros, excepto o Coates) não ter levantado a merda dos braços a reclamar penalty do que com o árbitro por não ter o ter marcado. O Porto dos anos 90/00, além da "fruta" e bons jogadores, tinha aquela coisa de "comer a relva" e que era o tal "plus", aqueles centímentros ou segundos "extra" que os jogadores do Porto davam à equipa, naquela obsessão de ganhar. Ganhar. Ganhar. E que este Benfica dos anos 2010's começa a ter... O Sporting, que eu me lembre, nunca teve.




Só o Coates é que se lembrou de protestar... 




P.S. Sobre a arbitragem de Jorge Sousa... qual é o espanto?

14 de maio de 2014

Sporting contrata Oriol Rosell (bye bye William?)

Tem pinta de norte-americano, o gajo.




De acordo com o jornalista da CNN @JohnSinnott , estão a ser ultimados pormenores relativamente à contratação de Oriol Rosell (@Urirosell), médio defensivo de 21 anos, formado no Barcelona e actualmente no Sporting de Kansas City, para o Sporting. Bye Bye William?

Eis os tweets da info:

6 de maio de 2014

"Pass and move" do William no The Guardian

talking sport 620

The gifs that keep on giving: karate kick, scary skiing and the perfect pass

Featuring a churlish baseball fan, impressive hand-eye coordination on the badminton court and a glorious nutmeg

20 de abril de 2014

Champions

O jogo de ontem foi uma merda. Valeu pela finta do Adrien, o golo do Adrien, o corte do William e pelos três pontos que valeram a entrada directa na Liga dos Campeões. Quando o Rojo foi expulso, imediatamente viu-se o Eric Dier a saltar do banco e começar a aquecer. Gosto tanto disto. Jogadores inteligentes e concentrados no jogo. Ele sabia que ia entrar assim que o Rojo viu o cartão. Não foi preciso o Jardim mandá-lo aquecer. E ainda gosto mais desta foto que ele colocou no Instagram, assim que o jogo acabou:



As tags que o Eric escreveu: #childhooddreams #aindanaoviramnada 



Sempre gostei do Belenenses. Até na época passada sentia um carinho pela equipa do "português" Van Der Gagg. O Miguel Rosa fez-me detestar o Belenenses, bem como o presidente da SAD, o dragão de ouro, Rui Pedro Soares. Ainda assim, que desça o Paços e não o clube dos pastéis.

Sempre estive confiante - aliás, nunca tinha pensado o contrário - que Leonardo Jardim seria o treinador do Sporting na próxima época. Mas os media em Portugal são como pica-miolos, picam, picam, picam, até conseguirem mudar a opinião pública. Até parece que Leonardo Jardim não tem contrato por mais um ano com o Sporting, nem que esse contrato tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros. Nem que disse ontem "É um privilégio orientar esta equipa e levá-la à Champions. É o terceiro ano seguido que estou num clube que chega à Champions".

Para o ano estaremos na Champions. Tal como o Liverpool e a Roma. E o Mónaco. E sem Milan ou Inter. Como bem lembrou ontem o Manuel Pedro Gomes, na Sic Notícias, o Benfica e Porto eram cabeças de série nesta época e acabaram eliminados da fase de grupos da Champions. What, me worry?

Não coloco o Sporting como favorito para vencer o campeonato para o ano. O Benfica renovou contrato com a Adidas, onde ficará a receber 10 milhões de euros por época. 10 milhões, uma ida à Champions. O Sporting recebe da Puma 600 mil euros. Uma ida à Taça da Liga.

Colocar o Sporting como favorito, não como candidato, seja na Liga portuguesa seja na Liga dos Campeões (à frente de Benfica ou Porto) seria como dizer que o Benfica não será campeão esta tarde, contra o Olhanense. Uma leviandade.










6 de abril de 2014

Polgadas

E pronto, aquilo que mais temia quando criei o blog acabou de acontecer. Deixei de ter vontade, paciência, qualidade, wtv, para escrever posts. É claro que está relacionado com a puta de semana de gripe/febre mas estava destinado a acontecer, mais cedo ou mais tarde, mais graus ou menos graus. Se vou continuar a "alimentar" o blog? Não sei, mas se não continuar, já sabem porquê. Yep, sou um preguiçoso do caraças, acho que já tinha dito.


7 épocas. Ou 8. Sete!!!! Oito!!! 


Ontem, durante o jogo de Paços, lembrei-me algumas vezes do Polga. Polga, o "primeiro campeão mundial de seleções a jogar num clube português". E por causa deste "título", ficámos obrigados a (man)tê-lo no clube durante 7 ou 8 épocas. E nas últimas épocas chegou a ser um dos - senão o mais! - mais bem pagos do plantel. Polga, aquele jogador em todos os jogos haveria de cometer uma "polgada". Era inevitável. Um penalty, um passe mal medido, um corte mal feito, uma perda de bola, um auto-golo, qualquer coisa tinha de acontecer ao Polga, era tão certo como uma má-decisão do árbitro contra o Sporting. Árbitros e Polga, eis uma dupla explosiva. Junte-se a isto um presidente chamado Bettencourt, Soares Franco ou Godinho Lopes, e temos a receita para a pior época de sempre do Sporting.

E contudo, mesmo com Polga, apesar de Polga, conseguimos dar luta ao Porto durante algumas épocas, indo à Liga dos Campeões e ganhando até umas Taças de Portugal pelo meio. Polga, o primeiro (defesa-central) campeão do Mundo de seleções e que conseguiu estar 7 ou 8 épocas a jogar sem conseguir marcar um único golo na 1ª Liga. Nem um. O Rojo, esta época, já tem uns 4 ou 5. Ontem marcou outro.

Para o ano vamos estar na Liga dos Campeões. Às vezes ainda me lembro da eliminatória com o Bayern. É verdade que se tivesse sido contra um Celta de Vigo, os pesadelos seriam mais aterradores, mas mesmo assim, é inevitável não sentir uns calafrios de vez em quando. Como será para o ano? Deus queira que o William Carvalho continue mais uma época no Sporting. Por favor, só mais uma. Espero que o Bruno de Carvalho assim o queira.

William, o melhor jogador formado no Sporting que já vi jogar com a listada verde e branca, depois do Ronaldo. Ganhámos em Paços, estamos em segundo lugar, a uns míseros quatro pontos do Benfica. Ah, se o Xistra tivesse visto o penalty contra o Rio Ave, em Alvalade!... Ou se o Mota não tivesse viste demais no jogo com o Nacional. E se o Benfica empata (ou perde) com o Rio Ave amanhã? Jogo com o Arouca em Aveiro? ahahahaahaha


O Porto é que não esperava nada disto. O Porto desde há uns 10 anos que deve considerar como receitas ordinárias os cerca de 10 milhões de euros que recebe (recebia?) todas as épocas, aquando da entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões. Ter de iniciar a próxima época com menos 10 milhões no orçamento e, ainda por cima, ter de iniciá-la um mês mais cedo, devido ao Mundial do Brasil, deve ser tão incómodo como ter de ir urinar umas 5x durante a noite. Digo eu, que não tenho 76 anos de idade.

Queria acabar o post com algo grandioso ou com algo que vos deixasse a pensar mas não, vou mesmo acabar dizendo que continuarei por cá. Infelizmente. :P

23 de março de 2014

O "X" marca o sítio

Hoje comemoram-se dois eventos importantes. A vitória de ontem na ilha da Madeira e o primeiro aniversário de Bruno de Carvalho como presidente do Sporting Clube de Portugal, sendo que o primeiro muito dificilmente teria acontecido sem o segundo.



Fiz o vídeo horas depois de BdC ter sido eleito presidente do Sporting Clube de Portugal



Como dizia o cartaz de um Sportinguista madeirense - podia ter escrito "um madeirense Sportinguista" mas não seria a mesma coisa - aquando da chegada da comitiva do Sporting à Madeira, "Bruno de Carvalho, és o nosso Papa Francisco", eu digo "Sporting, és minha fé". E a missa, o jogo de cada fim de semana.

A diferença que faz um golo... A meio da segunda parte, parecia que já estava a ver as manchetes do dia seguinte: "Sporting enterra o título na Madeira" ou "Funeral de Jardim", qualquer coisa do estilo. É que o segundo golo do Marítimo, o do empate, parecia que ia acontecer a qualquer minuto, tivesse sido por uma jogada do Derley, o irmão mais velho do Elias, ou por obra e graça do apito do portista portuense Jorge Sousa.

Mas não aconteceu. Pelo contrário, assistimos ao (re)nascimento do Sporting, quando o Jefferson conseguiu romper pelo campo adentro e enfiar a bola no sítio X de um campo de futebol, a baliza. Talvez tenha sido o golo mais importante da época. O golo conquistado na ilha do (Leonardo) Jardim e que dará acesso aos milhões da Liga dos Campeões. Se eu fosse editor d'A Bola, a primeira página de hoje teria sido a sequela da primeira página da semana passada mas desta vez com o desenho da ilha da Madeira, com um X sobre o Funchal e uma arca aberta repleta de moedas de ouro ao lado.



Eu curti esta primeira página. :P



Terminado o jogo, a notícia do dia é a suposta venda de Sir William Carvalho para o Man Utd, pelos valores da cláusula de rescisão, 45 milhões de euros (apesar de o Sporting apenas possuir 60% do passe). Se tal for verdade, como é que eu posso criticar a direção do Sporting? Seria apenas a maior transferência de sempre do Sporting e a maior de sempre de um jogador português. What? Eu quero criticar mas não tenho cara de pau para tal.

Vi hoje de manhã a equipa B jogar em Chaves. Fez-me lembrar um episódio do Seinfeld, chamado "Bizarro Jerry" (do qual também já me servi para ilustrar um post no Cabelo do Aimar, aqui há uns tempos), "onde surgiam uns personagens semelhantes ao Jerry Seinfeld, George e Kramer, mas que tinham personalidades opostas. O “outro” Jerry era compreensivo e sensível, o “outro” George era simpático e altruísta e o “outro” Kramer era calmo e perspicaz".

A equipa B do Sporting é a versão oposta do Sporting A. Começando no discurso pacato e simples de Jardim e contrastando no discurso desconexado e truculento de Abel, passando pela folha disciplinar de ambas as equipas (não sei de links para mostrar, mas sei que a equipa B do Sporting será uma das que tem mais cartões vermelhos mostrados na Segunda Liga e a equipa A, das que terá menos na Primeira Liga) e terminando naquilo que se vê, ou seja, no futebol jogado, as diferenças são completamente díspares. Se na equipa de Jardim vencemos os jogos pela força do colectivo, na equipa de Abel vencemos pela força das individualidades.

Só uma palavra para o Futsal. Creio que perdemos uma oportunidade de ouro para renovar a equipa. Quando vejo que no jogo contra o Benfica, os jogadores mais utilizados são aqueles que já tinham sido os mais utilizados na época passada (menos o Leitão, dispensado, e o Divanei, lesionado), mais acredito que a renovação urge. Sem medos. Prefiro perder este campeonato do que uma hegemonia.


P.S. Alguém que diga ao Maurício que jogar de saltos altos nos relvados portugueses não dá lá muito resultado.

6 de outubro de 2013

El furtivo

Tanto p’ra falar, tão pouco jeito (e vontade) para o fazer. Mas vamos lá a isto:


Como se diz "pechincha" em castelhano?


Montero. Desta vez não podem dizer que o colombiano estava fora de jogo, pois quem fez o passe “mortal” foi um tipo do Setúbal.  Ou melhor, pode se dizer que Montero aparenta sempre estar “fora do jogo”, excepto no momento em que aparece à frente da vítima, a baliza adversária, e lhe desfere o golpe vital, o golo. Para mim, a alcunha perfeita  para o Fredy, não é nem “El Avioncito” nem o “Mortero”  nem “Matador” mas sim “O Violador” pois o que ele anda a fazer aos defesas portugueses não é aconselhável a menores de 18.  Ou então, como (cada vez mais) temos muitas crianças em Alvalade, talvez o melhor nick fosse mesmo o “El Furtivo”. (créditos ao Mindo)

Isto anda de tal forma alterado que até o Duarte Gomes marca penalties a favor do Sporting. Ok, já estava 3-0 quando isso aconteceu e até ficou outro penalty por assinalar, mas convém lembrar que, há 2 épocas por esta altura, os árbitros tinham feito greve(!) aos jogos do Sporting. Ah, como é bom ser o rei!

A ver se nos entendemos: o Carrillo é o nosso Cristiano, o nosso Messi, o nosso… err… Markovic, essa estrela (de)cadente da Sérvia. Bom ou mau, é o que temos. Acho que o golo – e sobretudo, a jogada – de ontem já dissipou quaisquer dúvidas que haviam em relação à qualidade de peruano. Portanto, vamos lá acabar com os assobios, se faz favor.

Ivan Piris. Epah, que dizer de um jogador que é defesa direito e que ontem jogou a defesa esquerdo e que nunca preteriria a favor de um tal Emerson, Cortez ou Siqueira? ‘Tá tudo dito.

William Carvalho. Eu, que sempre fui um grande defensor de "Deus" Rinaudo, tenho de me render às evidências. Carvalho não se limita a fazer cortes de carrinho (até porque raramente tem necessidade de os fazer) nem a fazer faltas desnecessárias (mas já começa a fazer as necessárias, isto é, as faltas à frente do nosso meio-campo); Carvalho, além de recuperar bolas, é o primeiro construtor de jogo (atacante) do Sporting. É um "dois em um". É, como li há umas semanas um cronista do Record dizer, um "médio do futuro". Perceberei perfeitamente se o Sporting libertar Rinaudo em Janeiro para rumar um qualquer clube que lhe assegure a titularidade, pois não é em todas as gerações que aparece um Mundial no Brasil na vida de um argentino.

Agora a sério, acho que já é tempo de se fazer algo em relação ao fosso. Não digo fazer o que aquele maluco romeno quis fazer ao fosso dele, mas tipo fazer os que os gajos do Ajax fizeram no fosso deles (que é bem semelhante ao nosso). Cobri-lo, não tapá-lo completamente, e acaba-se com estas tristes notícias.

Sobre o grande Leo Jardim, não tenho muito a dizer… Apenas que há muito tempo que tinha saudades de ver um treinador “a sério” em Alvalade.

Entretanto, lá lançámos outro puto vindo da formação, um tal de Carlos Mané. Uns gabam-se de baterem recordes de presenças de jovens da formação nas várias seleções nacionais, nós metemos mesmo os gajos a jogar à bola. Com a eterna listada verde e branca vestida. Que orgulho, foda-se!

Que o diga o Cédric.


28 de julho de 2013

Serenidade ou "tranquilidade v2.0"

A primeira nota de destaque para o jogo de apresentação de ontem entre o Sporting e a Real Sociedad vai para o minuto de silêncio antes da partida, em memória do trágico acidente rodoviário de Santiago de Compostela. É que não foi mais um simples minuto silêncio habitual que estamos acostumados a ver nos estádios portugueses, em que aos 5 segundos, o silêncio é interrompido por um tipo a bater palmas e que mete todo o estádio a fazer barulho durante o suposto… minuto de silêncio. Ontem não, ontem foi um verdadeiro minuto de silêncio. Palmas.



Minuto de silêncio, Sporting - Real Sociedad por SangueLeonino



Palmas foi o que se ouviu durante os primeiros 20 minutos da "nova" Curva Sul, pois parece que, depois de um elemento da Juve Leo ter colocado uma tarja um pouco por cima da tarja dos Directivo, estes não gostaram e pararam de bater palmas e de apoiar o Sporting a partir daí. Nem sei que dizer sobre isto. Tal como não soube o que dizer quando o Carlos Xavier disse que não sabia se ia ao jogo de ontem, pois ainda "não tinha recebido nenhum convite". Palhaçada. Ou só eu sei porque não somos campeões.


Quando vi os jogadores desfilarem para a apresentação, fiquei desiludido. Tudo por causa de um nome, Ilori. A sério que fiquei. Para mim, Ilori é mais precioso que Bruma. Por uma razão simples; extremos há aos pontapés, defesas centrais já é mais difícil. Mais difícil do que encontrar defesas centrais em Alcochete, só encontrar (bons)defesas centrais na 2ª divisão brasileira. Confesso, fui um dos que torceu o nariz quando vi aquele auto-golo no Canadá mas ontem… Fiquei deveras surpreendido com a exibição – e não foi pelo golo – que o Maurício protagonizou. Até quando pode, julgo que aos 65 minutos. Indisposição, diz ele. ‘Tava todo roto, digo eu.

Cédric. Não percebo como é que um tipo que sabe falar alemão e tudo, é tão… burrinho em campo. Da exibição dele, recordo-me de um passe (falhado) dele, mesmo em frente a Leonardo Jardim, na segunda parte, e que deu origem a (mais) um contra-ataque (não me chamo Jorge Jesus) dos espanhóis. Isto porque também me lembro de um lance exactamente igual, mas com Vercauteren no banco e a meter as mãos à cabeça assim que Cédric falhou um passe. Tal como Leonardo fez ontem. Metam mas é o Cédric a ver vídeos do Philipp Lahm.

Patrício esteve tão bem como se de um jogo de despedida se tratasse. Wait!...

Jefferson não fez esquecer Insúa (ainda) mas só com o jogo de ontem já fez esquecer um tal de… Joãozinho. (1 milhão! Ahhahahah). 

William “Yaya Touré” Carvalho fez um jogo do… caraças! Sempre a tentar jogar ao primeiro toque, não se limitando a tarefas defensivas, prático, simples, tudo aquilo que Rinaudo não é.  E eu sou um grande admirador do argentino…

Começamos o jogo com 6 jogadores vindos da formação e iniciámos a 2ª parte com 7. Acho que nos 19 ou 20 jogadores, 10 são da "cantera". Enough said. E uma palavra à paciência de Wilson Eduardo que, após Bettencourt, Costinha, Paulo Sérgio, Carvalhal, Godinho Lopes, Vercauteren, Domingos, Sá Pinto, conseguiu aguentar-se no Sporting de modo a, finalmente, concretizar o sonho antigo de jogar ao lado do seu irmão, João Mário, com a camisola do Sporting.


Finalmente, quero apenas destacar o treinador. Como escrevi ontem ou anteontem, finalmente temos um treinador a sério. E que diferença faz! Imagino estes jogadores ontem sob o comando de, por exemplo, Sá Pinto. Estão a ver um formigueiro quando mandamos para lá um bocado de açúcar? Era assim o Sporting de Sá Pinto (e Vercauteren). 

Com Jardim, temos serenidade e organização. Se calhar era por isso que o Antero Henriques o queria para o Porto.