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22 de maio de 2018

bolso

Um presidente de um clube só tem 'moral' para fazer frente a um jogador se tiver uma de duas coisas no bolso: dinheiro ou títulos. Seria relativamente fácil encontrar vários exemplos públicos de relações tensas entre presidentes de clubes e jogadores, principalmente após derrotas ou acusações de falta de empenho... Desde cortar no salário, críticas públicas, castigos, tudo isto já aconteceu antes no futebol, nacional e internacional. Porém, uma coisa é o presidente do Porto descer ao balneário e dizer que para a semana não há folgas, nem o tal prémio que tinha sido combinado no princípio da época, ou o presidente do Nápoles, ficar fodido após uma derrota no domingo e ordenar que a equipa fique "in ritiro" até final da época, isto é, um castigo aos jogadores equivalente a obrigar o filho ficar o fim de semana enfiado no quarto depois de mau resultado no teste de português. Pinto da Costa pode fazê-lo porque tem Taças dos Campeões Europeus, Taças UEFA e campeonatos no "bolso" e Aurelio De Laurentiis pode fazê-lo porque é um produtor de cinema milionário. Bruno de Carvalho não tem nada.

Tem uma mísera Taça de Portugal (para mim, a Taça Lucílio não conta para nada) e recebe menos por mês de salário do que a maior parte dos jogadores do Sporting. Se, para os adeptos, Bruno de Carvalho pode até parecer um presidente "vencedor" ou "milionário", para os jogadores ele é um zé-ninguém. É injusto? Talvez, mas é a realidade com a qual BdC nunca soube lidar. Está à vista de todos. Quis dominar, torcer, castigar os jogadores, na esperança que isso os fizesse corresponder às expetativas dos adeptos Sportinguistas, que têm e sempre tiveram a ideia generalizada de que os jogadores do Sporting não correm tanto como os de Benfica e Porto, que têm menos "atitude" (e eu sou um desses adeptos), mas nunca conseguiu, em 5 anos de mandato, alterar essa "psique" colectiva dos jogadores, bem pelo contrário. Lembrei-me agora do episódio em Chaves, derrotas seguidas de discussões, com uma "entrevista" de Adrien e William na SportingTV, quais meninos mal comportados, a pedir desculpa por qualquer coisa que já não me lembro o que era. A cada episódio destes, BdC foi perdendo liderança.

É por estes sistemáticos erros de avaliação e gestão de "balneário" que BdC conseguiu chegar ao 3º ano de desilusões de JJ, com o treinador e jogadores a serem poupados e, inclusive, aplaudidos (!) e BdC percepcionado, pela comunicação social e por uma já vasta parte dos Sportinguistas como o grande culpado (que o é, embora de forma "indireta") do fracasso . Enquanto não perceber isto, e continuo a duvidar que terá mais oportunidades para o fazer, nunca conseguirá ganhar o respeito do "balneário", bem pelo contrário.

27 de março de 2015

Estou descan$ado

Durante a interessante entrevista feita há uns dias ao Vice-Presidente para a área financeira do Sporting, Carlos Vieira, ouvi uma coisa muito interessante e que me deixou ainda mais descansado em relação a quem tem as rédeas do nosso clube.


"Tiago Almeida [jornalista Sporting TV] - Lembra-se, certamente, do primeiro dia em que Bruno de Carvalho chegou ao pé de si e disse "Eu quero que você seja o meu vice-presidente para a área financeira". Lembra-se certamente desse dia. O que é que mudou desde essa altura e desde essa conversa?

Carlos Vieira [Vice-Presidente do Sporting] - Não sei se as pessoas saberão todas mas eu estava na lista que, portanto, dois antes tinha... tinha perdido. (risos) E portanto que, obviamente, já nos conhecemos há uns tempos e sempre fomos trabalhando com um grupo de pessoas da área financeira - o meu lado - em que tivemos a preocupação de perceber a realidade do clube, tivemos a preocupação, inclusive, com pessoas que nem sequer eram simpatizantes do Sporting, e que estão preocupados com o rumo que os seus clubes tenham... alguns deles até, escrevem em bastantes peças sobre a área financeira dos clubes, das SADs, na comunicação social. (...)"




Benfiquista mas não lampião.


Assim que ouvi aquilo que 'tá sublinhado, lembrei-me imediatamente do actual diretor executivo do Expresso, conhecido benfiquista, expert na área financeira e habitual colunista no jornal Record, o Pedro Santos Guerreiro. Não li todas as suas colunas de opinião no Record que ele já escreveu mas li a maior parte e ele sempre se referiu (muito) positivamente à gestão de Bruno de Carvalho, principalmente na área financeira mas não só. Não criticando abertamente, também notei nas suas colunas uma crítica implícita à forma como o Benfica é gerido financeiramente. Percebo agora melhor porquê.



Se há pessoa em Portugal que conhecerá, ao pormenor, como funcionam as SADs, os bancos, a CMVM, os fundos, os dirigentes, os banqueiros, os presidentes de empresas/clubes, essa pessoa é, seguramente, o PSG. E se, acreditando na minha teoria, ele conhece os dirigentes da área financeira do Sporting e crê que o caminho que está a ser seguido é o correto, então agora é que estou mesmo descansado. Se é que o próprio trabalho evidenciado por Carlos Vieira já não me tinha descansado o suficiente.