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18 de maio de 2014

"Ou estão connosco ou contra nós"

"The Great Seal of the United States of America" ou "Esta merda faz-me lembrar qualquer coisa!..."



Excerto do episódio #10 da série documental "The Untold History of the United States", produzida, realizada e narrada por Oliver Stone:




"E no entanto, é a compaixão pelo outro que, afinal, tem distinguido os nossos líderes excepcionais… seja ele Washington, Jefferson, Lincoln, Roosevelt ou em outras frentes, pessoas como Martin Luther King.

George Bush, ao invés, colocou o mundo de sobreaviso: “Cada Nação, cada região tem agora uma decisão a tomar. Ou estão connosco ou estão com os terroristas.”

E justificando o seu direito de o fazer como uma luta monumental entre o bem e o mal. Imaginem um qualquer cidadão de um qualquer país que um homem como este lhes diga “ou estão connosco ou contra nós.” E imaginem como vocês se sentiriam em relação à América.

O povo americano estava ainda sem saber porque tinham sido atacados ou porque é que o Departamento de Estado começou a avisá-los sobre terrorismo numa lista de países estrangeiros que não parava de aumentar. Mas uma parte crescente do povo finalmente começou a perceber o que a maioria dos não-americanos já sabiam que tinham experienciado na metade final do século passado.

Nomeadamente de que os Estados Unidos eram outra coisa do que professavam ser, que eram na realidade como que um monstro militar que tencionava dominar o mundo.

Em vez de explicar as verdadeiras razões por detrás dos ataques - a forte oposição da Al Qaeda à presença de tropas americanas na Arábia Saudita e o apoio americano a Israel na sua luta continua contra os Palestinianos – Bush balbuciava “Porque é que nos odeiam?”

(os negritos são meus, obviamente)







"Porque nos odeiam", perguntava Bush. Só há dois clubes em Portugal, o Benfica e o anti-Benfica, vocifera Rui Gomes da Silva (e os milhões de lampiões que crêem que foram, propositadamente, roubados na final da Liga Europa porque o Platini assim o decretou).

Isto chegou a um ponto em que, ou estamos com eles ou estamos contra eles. Ou somos do Benfica ou somos anti-Benfica. Esqueçam a rivalidade centenária, esqueçam os derbies, esqueçam os very-lights (Descansa em Paz, Rui Mendes.). Ou Benfica ou anti-Benfica. Parolos do caralho.




Na espuma da ejaculação produzida pelas dezenas de directos dedicados à lampionice nestas últimas semanas, passaram despercebidas várias pequenas notícias e informações.

- O Porto emitiu (mais) um empréstimo obrigacionista no valor de 15 milhões e que pode aumentar de valor consoante a procura. Trocando por miúdos, precisam de guita.

- O Benfica, já disse antes, lançou uma mega-campanha de spam, com o intuito de arranjar mais sócios. Basicamente, a banca fechou a torneira e precisam de guita.

- Nesta semana, surgiram os castigos aplicados ao Man City devido ao fair-play financeiro. Basicamente, "só" têm 60 milhões para gastar esta época mas, como vão se libertar de dois ou três "home grown players", serão obrigados a contratar os respectivos substitutos, ou seja, jogadores ingleses. Portanto, esqueçam Mangala e Fernando no Porto por 55 milhões (como diz hoje o CM). É impossível.

- E como a UEFA vai estar de olho bem aberto aos gastos dos clubes nesta época e nas próximas, esqueçam também os 45 milhões da cláusula do William. Ou os 347939445 milhões do Zenit por Garay, Gaitan, Enzo Perez, André Gomes e C.ia.



Tem pinta de "leão"!




Sobre o triângulo Sporting, Jardim e (Marco) Silva, que dizer, excepto que "só sei que nada sei"?

Custa-me, claro, ver o Sporting iniciar outra época com novo treinador, novamente a reconstruir algo em vez de continuar a construir o projecto desenhado há tempos. Se é verdade que mais importante que o destino, é a própria viagem, às vezes sinto que o Sporting anda perdido no meio das perigosas estradas do Peru, arriscando cair a qualquer momento no fundo da ravina, enquanto procura alcançar o "El Dorado", isto é, os títulos.

Ontem, enquanto via o Atlético de Madrid sagrar-se campeão ao fim de 18 anos, em casa do Barcelona, pensei várias vezes que, mais do que orçamentos, "estruturas" ou presidentes, o que interessa realmente é a crença em ganhar. Vontade. E o Diego Simeone incutiu essa vontade de ganhar nos jogadores do Atlético. Eu quero um Diego Simeone no Sporting aos anos. O Sá Pinto parecia que podia trazer essa vontade toda mas saltar dos júniores do Sporting para a equipa principal não é o mesmo que iniciar a carreira de treinador no Racing, passar por Estudiantes, River Plate, San Lorenzo e Catania, antes de chegar ao Atlético de Madrid.

Sinto falta de títulos no Sporting. A brincar, a brincar, já passaram 12 anos depois do último título de campeão. Não exijo - não sou capaz - o título na próxima época mas - lamento, Jardim - quero um treinador que eu saiba que, mesmo não o dizendo publicamente, está pensar mesmo em ser campeão. Como o Simeone, que mesmo com a conversa pública do "partido a partido", nós sabíamos, ou pelo menos, dava a entendê-lo, que o gajo estava mesmo a pensar em ser campeão.

Com o Leonardo Jardim eu sei que era mesmo "jogo a jogo" e depois logo se via. E viu-se. Au revoir.










21 de abril de 2014

O Marquês é do Sporting!

Já sabia que o Benfica seria campeão há meses mas o momento da sua concretização custa sempre a engolir. Será um campeão justo (não os são todos?) mas fica um amargo de boca devido a alguns empates do Sporting e que, caso tivéssemos ganho esses jogos, talvez o Porto-Benfica da última jornada voltasse a ser tão decisivo como o da época passada o foi...


A festa dos lamps. É um misto de "wtf?" com "lol...". Nos anos 70, quando o Atlético de Madrid foi campeão algumas vezes, os adeptos "rojiblancos" dirigiam-se para a famosa Praça Cibeles para comemorar junto à estátua no centro da Praça, a Fonte de Cibeles, onde se vê a Deusa Cibele, sentada num coche e este a ser puxado por... dois leões.


Dois leões, pois claro.


A partir daí, os adeptos do Real Madrid começaram a festejar as façanhas da famosa equipa dos aos 80, a "Quinta del Buitre", também na Praça Cibeles. Mas os adeptos "rojiblancos" continuavam a lá ir comemorar quando ganhavam algum título.


Com uma seca de títulos durante alguns anos, quando o Atlético de Madrid, em 1991, chegou à final da Taça do Rei desse ano, contra o Maiorca, os adeptos do Atlético declararam publicamente que "no tienen intención de ir a Cibeles si su equipo gana la Copa, ya que sus aguas ‘están infectadas después de que durante 5 años seguidos los madridistas hayan estado bañándose en ellas’" e decidem que, a partir de agora, comemorariam os títulos junto à Fonte de Neptuno, a poucos metros da Praça Cibeles.

E pronto, no ano seguinte, quando Paulo Futre ergueu a Taça do Rei no campo do Real Madrid, os adeptos "rojiblancos" encheram a Fonte de Neptuno e deixaram de ir para a Praça Cibeles. De notar que, até então, os jogadores dos clubes vencedores não tinham o hábito de ir ter com os adeptos à Praça/Fonte.


94/95, Real de Madrid campeão e 12.000 mil adeptos "blancos" invadem a Cibeles. Ainda sem jogadores.
95/96, Atlético de Madrid campeão e vencedor da Taça do Rei, e 40.000 adeptos invadem Neptuno. Pela primeira vez, o autocarro com os jogadores desloca-se ao local de modo a comemorarem o título junto com os adeptos.
96/97, Real campeão e 50.000 adeptos deslocam-se para uma Praça Cibeles completamente protegida e controlada previamente, de modo a que o autocarro com os jogadores chegue ao local sem problemas.


Diz o autor do texto de onde retirei as informações acima dadas:

"¿Por qué se pasa en dos años de ir 12.000 madridistas a Cibeles a ir más de 50.000? ¿Tenían razón los radicales rojiblancos en que sus vecinos les copiaban todo? El caso es que esa temporada fue el final de estas celebraciones espontáneas. El aumento de público en estas celebraciones, gracias al bombo que los medios de comunicación le fueron dando, acabó con la magia que había en ellas a cambio de organización, artificialidad y asistencia masiva."

E ainda diz mais:

"Se ha perdido cualquier celebración natural, alegre, simpática y espontánea, y la marcha a Cibeles (a Neptuno por razones obvias no lo menciono) se ha convertido en cita obligada y artificial. Muchos periodistas dan a entender que son tradiciones casi centenarias, desconociendo la verdadera historia, y por ende, mantienen engañado al aficionado que cree estar obligado a pasar horas y horas restregando su sudor contra miles de colegas de equipo, para ver durante breves momentos a 100 metros de distancia a sus ídolos. Ya no hay equipos que no dispongan de ‘su fuente’ para celebrar títulos."

Para terminar com:

"No quiero transmitir una moraleja errónea. No llamo tontos a los que van a Cibeles, Neptuno o como quiera que se llame la fuente de su pueblo, válgame Dios. Lo que quiero es que cuando uno vaya allí, que conozca la historia, que sepa cómo empezó todo, y que cuando le diga un periodista que la Cibeles es el monumento donde tradicionalmente los madridistas festejaron sus logros, que sepa que está oyendo a un ignorante en la materia, y que antes de que se dijeran estas tonterías, el aficionado lo celebraba dónde, cuándo y como le daba la gana. Para saber a dónde vamos hay que saber de dónde venimos."


Lembra-vos de alguma coisa?



Falta de originalidade, patrocinado pelo MEO/Sagres, em 2014.


Não dá p'ra ver bem, mas o capitão do Sporting, Iordanov, colocou um cachecol do clube no Marquês, em 2000.


Quero terminar dizendo que não quero que comecemos a comemorar os nossos títulos noutro sítio qualquer, pois o Marquês está "infestado" ou algo do tipo. Não, o Marquês é nosso, foi lá que tudo começou, em 2000, inclusive com um tal de Iordanov, às 5h da manhã a colocar um cachecol do Sporting no Leão da estátua, e portanto, temos de o reaver. Que nos gostam de imitar? Claro, não é novidade nenhuma, o próprio Benfica de Cosme Damião foi criado com o Sporting a ser utilizado com modelo e olhado com reverência, por isso, até podemos olhar para a "praga de gafanhotos" de ontem no Marquês como um elogio ao Sporting e aos Sportinguistas.



O Marquês é do Sporting!



Mas como estava a dizer, o Marquês é nosso, foi construído por dois ex-jogadores do Sporting e um deles até era sócio do clube, e como tal, para o reavermos, só há uma hipótese: sermos Campeões.








10 de abril de 2014

Encarnados

A grande questão do futebol português (esqueçam lá isso da Liga, Olivedesportos, IVA ou fundos de investimento) neste momento é se o Benfica é um justo campeão ou não. Quem disser que não é, é apelidado de louco, Sportinguista ou parvo. Ou os três, como o Bruno de Carvalho.


A teoria dominante nos jornalistas e comentadores é simples. O Benfica tem melhor plantel, logo tem melhor jogadores, e se tem melhores jogadores, logo tem melhor equipa, e se tem melhor equipa, é um justo campeão. Tudo o resto são "peaners". Até mesmo pormenores como o facto de se ir jogar em Aveiro contra o Arouca, por ventura a equipa com o pior relvado da Liga. Pois mesmo que se o Benfica perdesse em Arouca seria campeão na mesma, dizem-nos jornalistas e comentadores "a sério" como o João Querido Manha ou Carlos Daniel. Safoda a verdade desportiva. Tudo está bem quando acaba bem, isto é, enquanto o Benfica ganha.




Se fosse jogador da Juventus, já tinha sido vendido para se contratar um avançado estrangeiro.



Para mim, o justo vencedor da Liga italiana seria a Roma, não a Juventus. Na Premier League, quem acho que merecia ganhar, seria o Liverpool e não o Manchester City ou o Chelsea. Em Espanha, o mais justo vencedor da La Liga teria de ser sempre o Atlético de Madrid, não o Barcelona ou o Real Madrid. Em Portugal, a haver justiça no futebol, o Sporting Clube de Portugal estaria neste momento "encostado" ao Benfica e a disputar, verdadeiramente, o título. (Como esquecer do Xistra "não vi", do Manuel Mota que viu demais e da mão que ninguém viu do jogador da Académica?). A Roma tem neste momento 76 pontos e se mantiverem o ritmo até final da época, acabarão com uns 90 pontos. Mas não serão campeões.



Na terça-feira, dois dias depois de ter feito um hat-trick em Cagliari (onde a última conquista tinha sido em 1995 - a vitória da época passada foi atribuída na 'secretaria'), Mattia Destro, jovem avançado da Roma, apanhou 3 jogos de castigo pela Federação Italiana, devido a uma suposta agressão ao defesa do Cagliari, Astori, e que não foi visualizada pelo árbitro durante o jogo, apesar de nesse lance ter sido marcada falta ao jogador da Roma. Os comentadores "a sério" dirão que não será por isso que a Juventus deixará de ser campeã (tem 8 pontos de vantagem) mas os romanistas lembrarão que já não é a primeira vez esta época que jogadores seus são castigados à posteriori e ouvirão os seus dirigentes dizerem que estão estupefactos com o critério que deixa passar em claro a cotovelada de Pereyra a Guarente, num Catania-Udinese ou a pisadela de Spolli em Matos, noutro Catania-Fiorentina, e ainda ouvirão o seu treinador (Garcia, um francês, primeira época em Itália) dizer que, eles, A.S. Roma, estão, no futebol italiano, "soli contro tutti".


Por alguma razão a Juventus é o clube mais odiado em Itália. Por alguma razão ninguém gosta da equipa dos "mercenários" do Manchester City. Por alguma razão os "reservados" no Marquês (a estátua que tem um leão) são patéticos. Por alguma razão ninguém gosta dos "encarnados".