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25 de novembro de 2018

Holanda

Desde que se confirmou o nome de Marcel Keizer como novo treinador do Sporting, pensei várias vezes em Co Adriaanse, treinador holandês que passou há uns anos pelo Porto. Se bem me lembro, esteve apenas uma época no Porto, onde foi campeão, metendo em prática um futebol ultra-ofensivo. Não me recordo agora dos nomes dos jogadores, mas lembro-me que ficou célebre o 3-4-3 ofensivo que implementou na equipa. Quando a equipa do Porto tinha a posse da bola, o "trinco" recuava para o centro defensivo do terreno, os centrais "abriam", funcionando quase como defesas laterais e os próprios laterais subiam no terreno, actuando como extremos. Se não era isto, era uma coisa parecida. Típico futebol total made in Holland. Também não me recordo como foi essa época, não me lembro bem se foi naquela época (com Paulo Bento no banco) em que estivemos na luta contra o Porto até à última jornada ou se foi outra mas o essencial lembro-me: o treinador holandês desconhecido que foi campeão no Porto a jogar um futebol ofensivo e bonito. Ah, lembrei-me agora que Co Adriaanse, apesar de desconhecido da maioria dos portugueses, já tinha sido campeão pelo AZ Alkmaar, creio. E agora que acabei de escrever a frase anterior, lembrei-me: teria sido ele o treinador do Alkmaar naquela época 2004/05, quando os eliminámos na meia-final da Taça UEFA? Podia ir à Wikipedia confirmar isto tudo mas não me apetece e não é relevante para aquilo que quero transmitir.


Adriaanse, o treinador do AZ Alkmaar na célebre meia-final contra o Sporting, na Taça UEFA 2005? Não me lembro bem, mas acho que sim



Lembrei-me de Co Adriaanse porque Marcel Keizer é, tal como ele, um treinador de futebol holandês, também desconhecido para a maioria dos portugueses e, mais importante, é um treinador que também que gosta de praticar um futebol ofensivo e de posse de bola. Ora, para quem, como eu, está habituado a ver passar pelo banco de suplentes do Sporting treinadores de calibre como Carlos Carvalhal, Paulo Sérgio, Domingos Paciência ou Peseiro, ver chegar um treinador do país de Cruyff, o inspirador de Pep Guardiola, é impossível não sentir um ligeiro entusiasmo. Melhor do que um treinador holandês para o Sporting, só mesmo um português "top" (Leonardo, Mourinho, até mesmo o adjunto de Mou...) ou italiano. Treinadores espanhóis, brasileiros, franceses ou alemães seriam comidos de cebolada pelos adversários e media nacionais. Treinadores ingleses de topo, hoje em dia, não existem.

É o Keizer e é o meu treinador. É desconcertante: num dos piores períodos do clube, por todos os motivos e mais alguns, numa altura em que menos sinto o clube, eis um treinador que me entusiasma. Oxalá que corra tudo bem e que, pelo menos, consiga aguentar até final da época, de modo a poder preparar devidamente a próxima. Só peço isso.


Lembrei-me de Adriaanse por outra razão, além da questão desportiva. Se bem me lembro, Adriaanse foi campeão no Porto e, por absurdo que possa parecer, lembro-me que Adriaanse demitiu-se imediatamente do Porto nesse ano. Inclusive, foi condenado a pagar uma indemnização ao Porto (sim, fui googlar).

O momento-chave dessa época e, creio, aquilo que fez Adriaanse pensar em sair do Porto no final da época, mesmo sendo campeão, foi o que se passou em janeiro desse ano. "Quando Co Adriaanse foi atacado com very-light", lê-se numa notícia do Record de 2015, a propósito dos protestos dos adeptos do Porto aos maus resultados da equipa treinada por Paulo Fonseca.

 Mas nas notícias publicadas no ano em que o incidente aconteceu (2006), antes do surgimento das redes sociais e, mais importante, da CMTV, os cabeçalhos informavam-nos de uma "arruaça".

ar·ru·a·ça 
(a- + rua + -aça)
substantivo feminino
1. Motim nas ruas. = ASSUADA, TUMULTO
2. Grande barulho ou confusão resultante de agitação de muitas pessoas. = BARULHEIRA

Não me recordo, nunca, de ter ouvido a palavra "terrorismo" ter sido mencionada nesta ocasião nem em outras semelhantes. Não quero entrar em grandes teorias, sobre o papel da Comunicação Social ou da Justiça portuguesa no rumo das coisas, mas apenas lembrar que há diferenças na forma como umas coisas ou pessoas são percepcionadas (pelas outras pessoas). É a vida. Uma coisa é ser Pinto da Costa, com o cadastro currículo de trinta anos, outro é ser Bruno de Carvalho, um perfeito desconhecido até há cinco anos e sem qualquer título ou dinheiro no bolso. O mesmo se aplica a Keizer. Neste momento, Keizer não é ninguém aos olhos dos portugueses, principalmente aos olhos dos media e jornaleiros portugueses. Será escrutinado nestes próximos 6 meses como nunca Rui Vitória foi nestes últimos 3 anos. Abre os olhos, Sporting.


22 de maio de 2018

bolso

Um presidente de um clube só tem 'moral' para fazer frente a um jogador se tiver uma de duas coisas no bolso: dinheiro ou títulos. Seria relativamente fácil encontrar vários exemplos públicos de relações tensas entre presidentes de clubes e jogadores, principalmente após derrotas ou acusações de falta de empenho... Desde cortar no salário, críticas públicas, castigos, tudo isto já aconteceu antes no futebol, nacional e internacional. Porém, uma coisa é o presidente do Porto descer ao balneário e dizer que para a semana não há folgas, nem o tal prémio que tinha sido combinado no princípio da época, ou o presidente do Nápoles, ficar fodido após uma derrota no domingo e ordenar que a equipa fique "in ritiro" até final da época, isto é, um castigo aos jogadores equivalente a obrigar o filho ficar o fim de semana enfiado no quarto depois de mau resultado no teste de português. Pinto da Costa pode fazê-lo porque tem Taças dos Campeões Europeus, Taças UEFA e campeonatos no "bolso" e Aurelio De Laurentiis pode fazê-lo porque é um produtor de cinema milionário. Bruno de Carvalho não tem nada.

Tem uma mísera Taça de Portugal (para mim, a Taça Lucílio não conta para nada) e recebe menos por mês de salário do que a maior parte dos jogadores do Sporting. Se, para os adeptos, Bruno de Carvalho pode até parecer um presidente "vencedor" ou "milionário", para os jogadores ele é um zé-ninguém. É injusto? Talvez, mas é a realidade com a qual BdC nunca soube lidar. Está à vista de todos. Quis dominar, torcer, castigar os jogadores, na esperança que isso os fizesse corresponder às expetativas dos adeptos Sportinguistas, que têm e sempre tiveram a ideia generalizada de que os jogadores do Sporting não correm tanto como os de Benfica e Porto, que têm menos "atitude" (e eu sou um desses adeptos), mas nunca conseguiu, em 5 anos de mandato, alterar essa "psique" colectiva dos jogadores, bem pelo contrário. Lembrei-me agora do episódio em Chaves, derrotas seguidas de discussões, com uma "entrevista" de Adrien e William na SportingTV, quais meninos mal comportados, a pedir desculpa por qualquer coisa que já não me lembro o que era. A cada episódio destes, BdC foi perdendo liderança.

É por estes sistemáticos erros de avaliação e gestão de "balneário" que BdC conseguiu chegar ao 3º ano de desilusões de JJ, com o treinador e jogadores a serem poupados e, inclusive, aplaudidos (!) e BdC percepcionado, pela comunicação social e por uma já vasta parte dos Sportinguistas como o grande culpado (que o é, embora de forma "indireta") do fracasso . Enquanto não perceber isto, e continuo a duvidar que terá mais oportunidades para o fazer, nunca conseguirá ganhar o respeito do "balneário", bem pelo contrário.

20 de julho de 2014

Ninguém se mete com a̶ ̶R̶ú̶s̶s̶i̶a̶... o Porto!

Eu sei judo, o Pinto da Costa, não.


Após a queda do avião da Malasyan Airlines na fronteira entre a Ucrânia e Rússia, supostamente devido a um míssil atirado por separatistas pró-russos (e pró-Putkin), a pergunta ensurdecedora que ecoa na sociedade europeia e mundial é "Então mas... e ninguém faz nada?". Ninguém faz nada porque é a Rússia. Ninguém se mete com a Rússia.

O Porto é a Rússia do futebol português. Ninguém se mete com o Porto.


Vejamos este pequeno exemplo*.

Certamente se lembrarão da polémica da decoração do túnel de acesso da equipa visitante em Alvalade, no tempo de Godinho e Pereira Cristóvão. Um corredor decorado com imagens de "fotos de adeptos em poses agressivas", segundo o jornalista do Público, Hugo Sousa, que descobriu a pólvora nesse dia (uma sexta feira, com direito a manchete na primeira página, véspera de um Sporting-Porto).

Depois disso, tivemos debates, notícias, queixas na UEFA, na Liga, em Fátima, no Vaticano, e fomos "obrigados" a retirar as imagens. Pereira Cristóvão, irónica e magnificamente, substituiu as imagens "agressivas" por imagens mais inofensivas, mostrando "girassóis e borboletas" num magnífico cenário campestre.

Que faz a Rússia, perdão, o Porto esta época?


Vamos ler no site oficial do Futebol Clube do Porto:



"O FC Porto acaba de apresentar a sua nova linha gráfica para os próximos dois anos. A imagem rompe com a linha seguida em anos anteriores e inspira-se na chegada de um novo patrocinador desportivo (Warrior) para fazer uma aproximação ao conceito militar.

Com imagens positivamente agressivas, recreando heráldica própria, texturas e ambientes próprios do estilo militar, o FC Porto mostra um sinal de mudança com a alteração da grande maioria dos seus suportes de branding. Desde a sinalética, aos cartões de acesso, credenciais e convites, passando por grandes formatos no Estádio do Dragão e no Centro de Treinos, tudo está ligado sob o mesmo conceito.

Para além disso, esta aposta proporciona peças visualmente fortes e atractivas, pretendendo galvanizar e contagiar todos os adeptos com este espírito.

O FC Porto continua a destacar-se pela diferenciação e pelo contínuo refrescamento da sua imagem, acompanhando as mais recentes tendências do design gráfico e transmitindo uma imagem cada vez mais contemporânea.

Recorde-se que, durante os dois anos anteriores, o mote foi a “Pop Art” de Andy Warhol, com o objectivo de trazer uma corrente artística para o clube. Esta opção reflectiu um corte radical com a imagem que normalmente é apresentada nos clubes de futebol."


Um dos vídeos no canal oficial do Porto no Youtube é bastante elucidativo e demonstrativo:




Palavras como "batalha" e sons de tiros disparados por metralhadoras em vídeos promocionais são mais provocatórias que "fotos de adeptos em poses agressivas" num corredor de um estádio? Na Liga "Mickey Mouse" Portuguesa, não.






*Créditos ao @Baavin, pois foi ele que se apercebeu primeiro desta absoluta surrealidade, há uns dias no Twitter.

29 de março de 2014

Sanitas

Apanhar gripe em Março é como um soldado americano morrer em Abril de 1945 durante a Batalha de Berlim, ou seja, é um azar do caralho.

Explicada a razão da minha ausência (não que sentissem a minha falta, eu sei, mas ‘tá explicado na mesma), vamos lá então a isto.

Os alemães têm umas sanitas engraçadas. Na Alemanha, ao contrário da vasta maioria dos outros países, quando largamos o “objecto”, este fica numa pequena “varanda”, por cima do buraco com a água, e só de lá sai quando se puxa o autoclismo. Porquê? Porque os alemães não têm pudor em ver a merda que fazem (agora a sério, dizem que é para irem controlando a sua saúde). É por isso que o presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, foi condenado (e vai mesmo cumprir) a três anos e meio de prisão, por fuga ao fisco. Imaginem se tivesse sido condenado por algo mais grave, como corrupção ou uma cena assim.



Na Alemanha, não dá para esconder a merda que se faz.


Já por cá, quando vamos à casa de banho, o “objecto” cai logo no buraco, de modo a que nunca mais o vejamos. Gostamos de enfiar tudo para debaixo do tapete. Prescrições, cafezinhos, suspensões, fruta, anulações, escutas, vai tudo autoclismo abaixo. Excepto se a merda for do Sporting. Nessa altura, é ver benfiquistas, portistas, comentadores, jornalistas, tudo, em fila indiana, à espera de poder entrar na casa de banho de Bruno de Carvalho e poder avaliar, in loco, a “merda” que o presidente fez. Isto não é uma parafilia qualquer, nope, é mesmo só hipocrisia.


Há muitas formas de se provar o real dano que esta época do Sporting está a provocar no FC Porto. A última e mais flagrante foram as declarações de Pinto da Costa, ontem, ao jornal O JOGO. Se em Setembro passado, PdC respondia com um eloquente "Bruno de Carvalho? Não conheço", já em Março respondeu com um ""Bruno de Carvalho? Humoristas só Herman José". Quer dizer que já o conhece. Outra forma seria, por exemplo, contabilizar o número de vezes que os directores e cartoonistas do jornal  O JOGO dedicam os seus espaços ao Sporting e/ou ao Bruno de Carvalho. Eloquente.

Com apenas seis jornadas (ainda) por disputar e com tantos milhões para conquistar, é de temer o pior. 

Espero que o aniversário da direção do Sporting não faça esquecer isso.

25 de fevereiro de 2014

Apito Mata-Ratos

Ontem, ao ver o Dia Seguinte, como costumo fazer sempre, subitamente, depois de ter assistido à teatral não-saída dos jogadores do Porto no dia anterior, quando ouvi o Rui Oliveira e Costa, ao dissertar sobre a crise no seu clube do coração, o Porto, falar sobre qualquer coisa que o António Oliveira teria dito na noite anterior, no programa Play-Off, senti um "click" e que me fez alcançar a real dimensão do que se está a passar no Dragão. Fui rever o programa de domingo à noite e registei algumas das frases mais "fortes" do António Oliveira:

- "E os clubes, não só os clubes, como até algumas infraestruturas desportivas neste momento, estão a começar a perder o respeito ao Futebol Clube do Porto. Eu diria até que, nalguns casos, até abusivamente, com falta de respeito. (...) As Federações, as Ligas, os Conselhos de Disciplina"

- "Eu sei o que estou a dizer e tenho legitimidade para o dizer e, para o fazer, muito mais ainda."

- "O que é que me parece que está aqui? Estamos perante um quadro (...) Não é uma cabala, há aqui uma orquestração enorme, de algumas estruturas do futebol português, para derrubar o Futebol Clube do Porto."

- "Eu sei o que estou a dizer (...) Algumas infraestruturas do futebol português - e não queria, repare, não queria, sequer, mencionar nem colocar nenhum aspecto político em redor desta questão, que até podia fazer mas não vou fazê-lo"

- "Como é que, por exemplo, num programa aqui, a semana passada, alguém* dum clube com responsabilidade, tem a 'certeza absoluta' que vai ganhar ali (sic) e atreve-se a dizer 'mas é a última vitória'?"

* (Acho que aqui o António Oliveira se estava a referir ao Rui Oliveira e Costa, infame adepto do Sporting e que, apesar das patetices que vai dizendo semanalmente, é uma personagem um pouco tenebrosa... Já li algures que o gajo é maçon e como tal, com acesso privilegiado a informação sensível dos meandros da vida política, social e porque não também, desportiva, do nosso país. Por alguma razão o gajo se mantém há anos e anos à "tona" do comentário desportivo televisivo (RTP, SIC) e, sendo dono de uma reputada empresa de "estudos de opinião", a Eurosondagem, (que trabalha directamente com orgãos de comunicação social ligados à Controlinveste - JN, DN, O Jogo, Sporttv), não será de estranhar que o António Oliveira o leve (extremamente) a sério quando ROC diz qualquer coisa do tipo "O fim do ciclo do Porto está próximo e até pode ganhar mais uma Liga mas não ganha mais nenhuma". Quer dizer, creio que foi a isto que o António Oliveira se referiu, não fui rever o Dia Seguinte da semana passada para o confirmar. Mas se não foi ao ROC que ele se estava a referir, então foi ao representante lampião, Rui Gomes da Silva, que é a mesma coisa, e de quem já li algures que também seria "maçon" (e advogado, político, ex-Ministro...) e, portanto, também é alguém com acesso a muita informação privilegiada... Mesmo que aquela cara de pateta pareça dizer o contrário.)

- "Então mas eu digo isto porquê? Digo isto e não tenho conhecimento de nada do que se está a passar? Ninguém anda a dormir. E eu ando nisto há 40 e tal anos. Portanto, eu sei o que estou a dizer, conheço as pessoas, identifico-as, e sei que há uma grande orquestração em relação ao Futebol Clube do Porto."

- "Importante, para mim, é que os portistas, definitivamente, percebam: se unam cada vez mais, cada vez mais ao Futebol Clube do Porto, que se unam e não se desunam. O Porto vai passar por um período dificílimo - não é só desportivamente, atenção, chamo novamente a atenção para isso -"

- "Os problemas do Porto vão começar agora. O Porto não é só futebol. Repare, o Porto não é só um clube de futebol. As pessoas não se iludam."

- "Atenção. Unam-se, não se desunam. Porque o caminho vai ser muito longo e há muitos movimentos em curso, que vêm de variadíssimos quadrantes, variadíssimas instituições, variadíssimos estruturas que têm de derrubar o Futebol Clube do Porto."




Apito Mata-Ratos




Há duas formas de olhar para estas declarações de António Oliveira: ou as ouvimos como vindo de um mero ex-jogador de futebol e ex-selecionador que não desdenhava formas tão supersticiosas para ganhar jogos como colocar dentes de alho nos balneários ou lançar búzios no Brasil; ou ouvimo-las como vindo do irmão do dono da Sporttv, JN, DN, O Jogo, publicidade estática nos estádios e percentagens em SADs de clubes (incluindo Sporting, Benfica e Porto), recém-formado em advocacia e um dos mais sérios candidatos a candidatos às iminentes eleições no Porto.

Se ouvirmos como descrito na primeira hipótese, acontece-vos o que me aconteceu a mim quando ouvi pela primeira vez no domingo: não liguei.

Se o ouvirmos como descrevi na segunda hipótese, lembrando-nos da curiosa expressão "os ratos não fogem" utilizada anteontem por Pinto da Costa, e sabendo da forma como Angelino Ferreira, o administrador da SAD do Porto para a área financeira, abandonou o "barco", a minha dedução é:


Está para arrebentar um novo Apito Dourado, agora "apontado" para as offshores, fundos de jogadores, fisco, etc. Vai uma aposta?



24 de fevereiro de 2014

Fim de Semana Com o Morto

Quando via ontem a decadente e patética "performance" de Pinto da Costa y sus muchachos, ontem, à saída do estádio do Dragão, rindo-se das perguntas dos jornalistas que o questionavam se Paulo Fonseca teria colocado o lugar à disposição e tentando fazer passar uma ideia de normalidade, lembrei-me de um icónico filme dos finais dos anos 80, o "Fim de Semana Com o Morto" (Weekend At Bernie's).


Foda-se, que Paint Sk1llz! \o/



Na ficção, tão cómica como as cenas ocorridas ultimamente no Dragão, os protagonistas Larry e Richard, a convite do patrão Bernie Lomax, vão passar um fim de semana de sonho à luxuosa mansão deste na ilha de Hampton. Lá chegados, dão de caras com o corpo de Lomax, assassinado pela Mafia, devido à sua ganância e perdição por rabos de saia. Larry e Richard, temendo que os acusem de o ter morto e de modo a manter a "normalidade", passam o fim de semana inteiro a fingir que Lomax está vivo. É isto que Pinto da Costa está a (tentar) fazer crer: que está tudo normal e que o Paulo Fonseca está "vivo". Bullshit. Paulo Fonseca está morto e bem morto e só ainda não foi "enterrado" porque há um Benfica-Guimarães esta noite e o Porto (ainda) está na Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga. Se o Benfica ganhar hoje, como se espera, e se o Porto não conseguir eliminar o Borussia, o Bayern, o Leverkusen, o Eintracht, então, aí sim, tenho poucas dúvidas que assistiremos ao "enterro" do Paulo Fonseca já no próximo fim de semana.

Em 1993, saiu a sequela "Fim de Semana Com o Morto 2" (Weekend At Bernie's II), cujo enredo não me lembro qual é nem me apeteceu ir ver agora. Sei que não teve tanto sucesso como o primeiro. Mas tenho a certeza de que sequela realizada no Dragão terá bastante mais sucesso...






22 de fevereiro de 2014

Paulo Fonseca vai jogar com o Borussia, empata com Bayern e Eintracht e ainda vai a Leverkusen!

Às vezes, esqueço-me que tenho o blog... :P





Duas notas:

- Eu sei muito bem que quando o gajo disse "Bayern" ou "Bayer", se estava a referir ao Bayer Leverkusen, mas colocá-lo a enganar-se nos nomes de 3 clubes alemães tinha mais piada do que se fossem apenas 2... :P

- Sempre que alguém comenta o vídeo, recebo um email de aviso e onde contém o dito comentário. É delicioso ler os comentários dos adeptos do Porto e perceber a absoluta incredulidade, estupefação e raiva, muita raiva, que os portistas sentem em relação ao Paulo Fonseca. De admirar também os apelos a Pinto da Costa para que "faça algo", quase como um católico quando apela ao divino em momentos de aflição. Delicioso. :)

20 de fevereiro de 2014

Bada Bing

Vi, por mero acaso, os últimos 5 minutos do Porto 2-2 Valongo, a contar para o Campeonato Nacional de hóquei em patins, no Porto Canal. Vou só anotar o que mais me ficou na retina:

- A extrema masculinidade exibida pelos atletas (nas tatuagens, na atitude, nos palavrões, nas ameaças ao público, etc) que praticam um desporto em que é necessário saber andar com umas rodinhas nos pés e com um pau nas mãos.

- O Valongo ganhava 1-2 quando comecei a ver o jogo. Passado pouco tempo, o Porto chegou ao empate após um penalty onde foi claro, até para leigos como eu, que o jogador do Porto se mandou para o chão. O treinador do Valongo ficou tão indignado que até foi admoestado com um cartão azul.

- Imediatamente ao apito final, as câmaras do Porto Canal focaram exclusivamente a cara de resignação dos jogadores portistas e nem um segundo foi gasto pela televisão que queria "eliminar o estigma de que isto era um canal do FC Porto" para filmar a natural festa dos jogadores do Valongo junto à bancada onde se encontravam os seus adeptos. Acho que os valonguenses irão manter esse estigma.

- Apreciei a ironia do repórter de campo do Porto Canal, que, logo na primeira pergunta ao treinador do Porto na flash-interview, comenta "importa desmistificar que o Valongo hoje não foi campeão nacional".

- Registei que ninguém do Valongo falou e não houve nenhuma justificação aos telespectadores por que tal não aconteceu. Será que é normal não entrevistarem os jogadores/treinadores adversários? Chiça, até na Benfica TV, um canal de televisão declaradamente de clube, o fazem!



Um destes dois personagens é um mafioso conhecido. Qual?


Para terminar, um sinal de que o "Império" está a cair, é quando o homem do dinheiro bate com a porta antes da venda ou falência do negócio que tantos bolsos fez encher de dinheiro aos seus "accionistas". A saída do Angelino Ferreira, que controlava o cash flow, isto é, o guito do FCP há 20 anos, é quase tão surpreendente como seria se num dos últimos episódios de Os Sopranos, o tipo que controlava o dinheiro do Tony, Silvio Dante, se demitisse de gerente do Bada Bing e fosse gozar o resto da reforma na Florida, levando com ele na memória os segredos do negócio de "família".

 Pensando melhor, talvez outro suicídio nas casas de banho do Dragão fosse demasiado suspeito e assim deixaram-no sair sem problemas... até aparecer morto na piscina da sua casa no Algarve, devido a um ataque cardíaco ou coisa parecida.

Ninguém se reforma da máfia.

11 de outubro de 2013

Guerra Preventiva ou como o Benfica já mexia na "fruta" antes de Pinto da Costa

Os Estados Unidos, os senhores do mundo, já o fazem há algum tempo (Bush utilizou essa hipócrita desculpa até à exaustão durante a sua presidência para, por exemplo, invadir o Iraque) mas talvez não há tanto como o Benfica, o "maior clube do mundo" e arredores.

Os "maiores" do Mundo, dizem eles.


É que já em 1980, o Benfica, através do seu dirigente na altura, Gaspar Ramos, fazia “guerra preventiva” ou, traduzindo para “futebolês”, já mexia na “fruta” do futebol nacional.

 Então não é que ontem, num programa de entrevistas da lampiã Leonor Pinhão, n’A BOLA TV, o ex-dirigente Gaspar Ramos, para mostrar aos actuais dirigentes benfiquistas que no seu tempo não se reagia a supostos erros de arbitragem mas antes, “prevenia-se” supostos ataques vindo do norte, confessou que se reunia com o então presidente dos árbitros e que dessas reuniões resultaram alterações (d)e nomeações de árbitros?

Confidenciou até que, por “alguém” lhe ter contado que, uma semana antes da final da Taça de Portugal de 1979/1980, o árbitro nomeado iria beneficiar o adversário, o Porto, almoçou com o presidente dos árbitros dias antes e dessa confraternização resultou a troca do árbitro e, por coincidência, o Benfica até ganhou depois essa final?

                           

 Sabia que Pinto da Costa tinha de ter aprendido com alguém como se mexer no “sistema”, só nunca pensei que fosse com um ex-dirigente do "maior clube do mundo".