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17 de outubro de 2017
26 de outubro de 2015
Novo anúncio BTV, versão 0.3
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22 de outubro de 2015
O medo é uma merda.
"Eu acho que o Benfica teve medo do Sporting."
Jorge Jesus, flash-interview após o jogo da Supertaça (Sporting 1-0 Benfica)
O medo é uma merda.
Agora, que já passaram alguns anos, posso dizê-lo: alguns dos meus piores momentos como Sportinguista foram quando Jorge Jesus era treinador do Benfica. Lembro-me que nunca tive tanto medo de um Sporting-Benfica como na aquela época em que começámos com Paulo Bento e acabámos com Carvalhal e menos 28 pontos em relação ao Benfica. Vinte e oito. Recordo-me perfeitamente de um Sporting-Benfica para a Taça da Liga e de ter temido uma goleada histórica (ficou "apenas" 1-4). A partir daí, foi sempre assim que encarei os derbies e clássicos: com medo. Um medo que nunca tinha sentido antes. É que o medo não era de perder o jogo - isso já estava assegurado -, era de sofrer goleadas. Assustador.
Faltam poucos dias para o derby na Luz e não tenho medo nenhum. Aliás, estou até com confiança que vamos ganhar. Ora, isto é impagável. É um sentimento que vale 14 milhões. Há muito tempo que não me sentia assim antes de um derby. Claro que podemos perder o jogo - claro! -, mas tenho a certeza que não será um vexame nem que colocará em risco o resto da época.
Agora são eles que 'tão com medo.
Jorge Jesus, flash-interview após o jogo da Supertaça (Sporting 1-0 Benfica)
O medo é uma merda.
Agora, que já passaram alguns anos, posso dizê-lo: alguns dos meus piores momentos como Sportinguista foram quando Jorge Jesus era treinador do Benfica. Lembro-me que nunca tive tanto medo de um Sporting-Benfica como na aquela época em que começámos com Paulo Bento e acabámos com Carvalhal e menos 28 pontos em relação ao Benfica. Vinte e oito. Recordo-me perfeitamente de um Sporting-Benfica para a Taça da Liga e de ter temido uma goleada histórica (ficou "apenas" 1-4). A partir daí, foi sempre assim que encarei os derbies e clássicos: com medo. Um medo que nunca tinha sentido antes. É que o medo não era de perder o jogo - isso já estava assegurado -, era de sofrer goleadas. Assustador.
Com Leonardo Jardim, o medo começou a desvanecer. Com Marco Silva já não o sentia. E eis que chegamos a... Jorge Jesus.
Faltam poucos dias para o derby na Luz e não tenho medo nenhum. Aliás, estou até com confiança que vamos ganhar. Ora, isto é impagável. É um sentimento que vale 14 milhões. Há muito tempo que não me sentia assim antes de um derby. Claro que podemos perder o jogo - claro! -, mas tenho a certeza que não será um vexame nem que colocará em risco o resto da época.
Agora são eles que 'tão com medo.
21 de agosto de 2015
Two Cars in Every Garage and Three Eyes on Every Fish
Ontem, no programa "A Quinta da Bola", apresentado pelo diretor e sub-diretor do jornal A Bola, Vítor Serpa e José Manuel Delgado respectivamente, e com os convidados Fernando Seara, Pedro Marques Lopes e José Couceiro, falou-se a certa altura do caso "João Gabriel vs Jorge Jesus/Bruno de Carvalho". E, sem exagero, os vinte minutos dedicados a esta temática foram gastos a debater e a criticar a "forma" como o presidente do Sporting resolveu defender o clube e o seu treinador, Jorge Jesus, e nunca, ou quase nunca, o "conteúdo" da temática. "BdC não deveria ter respondido a um diretor de comunicação", "BdC não resiste a um microfone", "as redes sociais estão impestadas de cretinos" (ao mesmo tempo que se gabam os 400 comentários que a notícia online d'A Bola teve na notícia João Gabriel vs JJ/Bdc), etc, etc, etc.
Por exemplo, não houve um único comentário ao timing do anúncio do processo apresentado ao Benfica contra Jorge Jesus, que, para mim, é o mais importante disto tudo. Ok, tenho quase a certeza de que se o Jorge Jesus tivesse assinado pelo Al Ahli ou pelo Paris Saint Germain, nunca o Benfica teria iniciado este processo de indemnização mas o timing é, por si só, a prova de que importa mais ao Benfica danificar o presente e futuro de Jorge Jesus (e por inerência, do Sporting) do que realmente ressarcir o passado.
Os anglo-saxónicos têm uma expressão excelente: "honor among thieves". Basicamente, quer dizer que, mesmo entre facções de criminosos em guerra, há alturas em que outros valores falam mais alto do que a mera quezília. Por exemplo, lembro-me da célebre história dos soldados ingleses e alemães terem parado de lutar num dia de natal durante a 1ª Guerra Mundial e terem trocado presentes entre si e, inclusive, terem jogado uma partida de futebol. Os jogos europeus - Liga dos Campeões e Liga Europa - são os "dias de Natal" dos clubes de futebol. Atacar um rival nessa altura é (ou deveria ser) considerado um sacrilégio. Atacar antes de um Tondela-Sporting ou de um Benfica-Estoril é normal, é "guerra". Atacar antes de um jogo europeu é um vil e sabujo ataque, digno de um Mr. Burns, como muito bem o presidente do Sporting ilustrou de uma forma digital e que deixou a restante plateia analógica à nora. É caso para dizer que, afinal, não há "honor among thieves" no futebol português. Curiosamente, os únicos casos recentes que me lembro de ataques em "dias de Natal" foram ambos protagonizados pelo Benfica: este recente ao Sporting e outro, via proxy Vitória de Guimarães, quando tentaram que o Porto ficasse impedido de disputar as provas europeias no rescaldo do caso "Apito Dourado".
Nunca esquecerei esta filha da putice do Benfica na véspera de um Sporting - CSKA. Baixo, demasiado baixo.
Há um episódio magnífico dos Simpsons onde o Mr. Burns é a personagem central. Ainda com a "voz" definitiva por encontrar (era apenas o 4º episódio da 2ª série...) mas já com o perfil idealizado, Mr. Burns vê-se numa embrulhada quando se descobre um peixe com três olhos no lago situado perto da central nuclear onde trabalha Homer Simpson. Os jornais pegam na história do peixe mutante e deixam Burns em maus lençóis. Depois de ter falhado a tentativa de corromper os fiscais que se deslocaram à central para verificar as infrações existentes, restam duas opções a Burns para resolver o problema: dispender - e muito - em reparações na central nuclear, de modo a evitar mais contaminações; ou concorrer para o lugar de Governador, para assim evitar novas leis que possam punir o seu negócio. Uma opção mais barata, no final de contas. Burns escolhe, obviamente, a 2ª opção e não olha a meios para descredibilizar a sua concorrente, a actual Governadora, Mary Bailey.
Não consigo deixar de imaginar esta cena com o encarnado (ou encornado) Mr. Burns do Benfica, tendo ao redor da mesa figuras como: Rui Pedro Braz (o primeiro a anunciar o processo do Benfica a Jorge Jesus na passada terça-feira), Octávio Ribeiro (diretor do CM), José Manuel Delgado (sub-diretor d'A Bola), Pedro Guerra (diretor de conteúdos da Benfica TV e comentador residente no programa Prolongamento, da TVI24), Rui Gomes da Silva (vice presidente do Benfica e comentador residente n'A Bola e do programa O Dia Seguinte, da Sic Notícias), António Simões (ex-jogador do Benfica, familiar de Luís Filipe Vieira e comentador do programa Play-Off, da Sic Notícias) ou José Eduardo Moniz (vice presidente do Benfica e consultor da TVI).
Resta dizer que no final do episódio, Mr. Burns tenta engolir, literalmente, um pedaço do peixe mutante que o colocou nesta embrulhada mas não consegue... nem engolir, nem ser eleito. Mary Bailey vence.
Por exemplo, não houve um único comentário ao timing do anúncio do processo apresentado ao Benfica contra Jorge Jesus, que, para mim, é o mais importante disto tudo. Ok, tenho quase a certeza de que se o Jorge Jesus tivesse assinado pelo Al Ahli ou pelo Paris Saint Germain, nunca o Benfica teria iniciado este processo de indemnização mas o timing é, por si só, a prova de que importa mais ao Benfica danificar o presente e futuro de Jorge Jesus (e por inerência, do Sporting) do que realmente ressarcir o passado.
Os anglo-saxónicos têm uma expressão excelente: "honor among thieves". Basicamente, quer dizer que, mesmo entre facções de criminosos em guerra, há alturas em que outros valores falam mais alto do que a mera quezília. Por exemplo, lembro-me da célebre história dos soldados ingleses e alemães terem parado de lutar num dia de natal durante a 1ª Guerra Mundial e terem trocado presentes entre si e, inclusive, terem jogado uma partida de futebol. Os jogos europeus - Liga dos Campeões e Liga Europa - são os "dias de Natal" dos clubes de futebol. Atacar um rival nessa altura é (ou deveria ser) considerado um sacrilégio. Atacar antes de um Tondela-Sporting ou de um Benfica-Estoril é normal, é "guerra". Atacar antes de um jogo europeu é um vil e sabujo ataque, digno de um Mr. Burns, como muito bem o presidente do Sporting ilustrou de uma forma digital e que deixou a restante plateia analógica à nora. É caso para dizer que, afinal, não há "honor among thieves" no futebol português. Curiosamente, os únicos casos recentes que me lembro de ataques em "dias de Natal" foram ambos protagonizados pelo Benfica: este recente ao Sporting e outro, via proxy Vitória de Guimarães, quando tentaram que o Porto ficasse impedido de disputar as provas europeias no rescaldo do caso "Apito Dourado".
Nunca esquecerei esta filha da putice do Benfica na véspera de um Sporting - CSKA. Baixo, demasiado baixo.
Há um episódio magnífico dos Simpsons onde o Mr. Burns é a personagem central. Ainda com a "voz" definitiva por encontrar (era apenas o 4º episódio da 2ª série...) mas já com o perfil idealizado, Mr. Burns vê-se numa embrulhada quando se descobre um peixe com três olhos no lago situado perto da central nuclear onde trabalha Homer Simpson. Os jornais pegam na história do peixe mutante e deixam Burns em maus lençóis. Depois de ter falhado a tentativa de corromper os fiscais que se deslocaram à central para verificar as infrações existentes, restam duas opções a Burns para resolver o problema: dispender - e muito - em reparações na central nuclear, de modo a evitar mais contaminações; ou concorrer para o lugar de Governador, para assim evitar novas leis que possam punir o seu negócio. Uma opção mais barata, no final de contas. Burns escolhe, obviamente, a 2ª opção e não olha a meios para descredibilizar a sua concorrente, a actual Governadora, Mary Bailey.
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Mary Bailey = Jorge Jesus |
Não consigo deixar de imaginar esta cena com o encarnado (ou encornado) Mr. Burns do Benfica, tendo ao redor da mesa figuras como: Rui Pedro Braz (o primeiro a anunciar o processo do Benfica a Jorge Jesus na passada terça-feira), Octávio Ribeiro (diretor do CM), José Manuel Delgado (sub-diretor d'A Bola), Pedro Guerra (diretor de conteúdos da Benfica TV e comentador residente no programa Prolongamento, da TVI24), Rui Gomes da Silva (vice presidente do Benfica e comentador residente n'A Bola e do programa O Dia Seguinte, da Sic Notícias), António Simões (ex-jogador do Benfica, familiar de Luís Filipe Vieira e comentador do programa Play-Off, da Sic Notícias) ou José Eduardo Moniz (vice presidente do Benfica e consultor da TVI).
Resta dizer que no final do episódio, Mr. Burns tenta engolir, literalmente, um pedaço do peixe mutante que o colocou nesta embrulhada mas não consegue... nem engolir, nem ser eleito. Mary Bailey vence.
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2 de julho de 2015
A azia épica de Rui Pedro Braz no dia que Jorge Jesus foi apresentado como treinador do Sporting
O absurdo: a TVI24 coloca na sua grelha de programação um especial de duas horas intitulado "DESPORTO 24: JESUS" dedicado, exclusivamente, à apresentação de Jorge Jesus como novo treinador do Sporting. Um dos convidados do programa, Rui Pedro Braz, não acredita que esta seria a mais mediática apresentação de um treinador/jogador dos últimos tempos e, avaliando pela conversa, nem percebeu por que razão a TVI24 se deu ao trabalho de fazer uma emissão especial. Depois, avaliou o que iria ser a apresentação, em si mesma: "Vamos ter um Jorge Jesus mais comedido", "Jesus não vai proferir uma frase tão ambiciosa, do ponto de vista mediático", etc, etc.
Fiz o seguinte vídeo para contrastar a opiniãoesperança de Rui Pedro Braz quando dizia uma hora antes da apresentação de Jesus que esta seria, basicamente, um flop, e a realidade posterior: 5 mil pessoas no estádio e a alegria estampada no rosto de Jesus.
Rui Pedro Brás (ou Braz?) não gostou, a TVI fez queixa no YouTube e o vídeo foi removido. Ah, a ironia! Quantas vezes ouvimos Braz criticar o autoritarismo de Bruno de Carvalho, a falta de sensibilidade, falta de democracia interna, blá blá blá? E que faz Pedro Braz quando um mero vídeo no Youtube lhe critica, ainda que de uma forma implícita? Chora, berra e faz queixa para que se apague o vídeo. :)
O choradinho do Rui Pedro Braz:
Podem ver o vídeo à mesma aqui:
Fiz o seguinte vídeo para contrastar a opinião
Rui Pedro Brás (ou Braz?) não gostou, a TVI fez queixa no YouTube e o vídeo foi removido. Ah, a ironia! Quantas vezes ouvimos Braz criticar o autoritarismo de Bruno de Carvalho, a falta de sensibilidade, falta de democracia interna, blá blá blá? E que faz Pedro Braz quando um mero vídeo no Youtube lhe critica, ainda que de uma forma implícita? Chora, berra e faz queixa para que se apague o vídeo. :)
O choradinho do Rui Pedro Braz:
Podem ver o vídeo à mesma aqui:
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10 de junho de 2015
"Uma obra-prima não nasce sem loucura"
Os ataques (des)concertados continuam. Ontem, foi a vez do Godinho Lopes - o Godinho!! ahah - atacar o presidente do Sporting com a nova narrativa do "esquizofrénico", seguindo o guião montado pelos "notáveis" como Dias da Cunha, Vasco Lourenço, Roquette e Abrantes Mendes.
Bruno de Carvalho é um louco.
Nos inícios dos anos 70, surgiu no panorama cinematográfico mundial um realizador chileno totalmente desconhecido e completamente alucinado, chamado Alejandro Jodorowsky. Alejandro não percebia nada de cinema, não nasceu no meio, não conhecia ninguém, não era um "notável" de Hollywood, e, após uns anos envolvido no teatro, resolveu realizar um par de filmes que, para a altura, eram considerados verdadeiras obras-primas ou algo que merecia ser banido.
Apesar de tanta polémica, Jodorowsky viu ser reconhecido o seu trabalho em França, onde um produtor local apostou nele e disse-lhe que o apoiaria na realização e produção do seu próximo filme, fosse qual fosse o tema. Jodorowsky escolheu realizar um filme de ficção científica, baseado no livro "Dune", de Frank Herbert. Diz ele que queria fazer de "Dune" um filme que criasse nos seus espectadores o mesmo efeito que a droga LSD produzia nos seus consumidores. eheh. Após o épico "2001 - Odisseia no Espaço", "Dune" prometia ser o maior filme de sempre de ficção científica e, mais que um filme, uma verdadeira experiência de vida. O espiritual Jodorowsky resolveu começar a procurar os seus "guerreiros", pessoas que ele sentisse que estariam verdadeiramente com ele, de corpo e alma, preparados para realizar a obra-prima de uma geração.
Contactou os melhores actores da altura e os melhores "experts" de desenho e efeitos especiais e conseguiu convencê-los a participar nessa aventura. Salvador Dali, Orsow Wells, Mick Jagger, Pink Floyd, Jean Giraud, aka Mœbius (um dos melhores artistas de banda-desenhada de sempre), entre outros, aceitaram o desafio de Jodorowsky. Outros ficaram de fora. Por exemplo, conta o realizador chileno que, quando se deslocou a Hollywood para se encontrar com Douglas Trumbull, o responsável pelos brilhantes efeitos especiais de "2001 - Odisseia no Espaço", de imediato sentiu que este não tinha espírito de "guerreiro" suficiente para embarcar no seu exército. Enquanto discutiam o projeto, Trumbull atendeu o telefone um par de vezes, demonstrando que não estava assim tão interessado no que Jodorowsky dizia. "Falava de si com muita vaidade", disse Jodorwosky. "Não posso trabalhar consigo", disse Jodorowky ao melhor especialista de efeitos especiais, passe a redundância, dos anos 70.
O maior erro de Bruno de Carvalho não foi ter despedido Marco Silva. O maior erro dele foi o ter contratado por quatro anos. Marco Silva não era um "guerreiro" de Bruno de Carvalho, era simplesmente um profissional vaidoso. Leonardo Jardim, apesar de todo o seu profissionalismo, não é(ra) vaidoso. Possivelmente, não assimilava tudo o que BdC pretendia mas nunca colocou o Sporting acima dele e da sua posição de (mero) treinador.
Se Jodorowsky fosse um presidente de um clube de futebol e quisesse construir uma equipa "obra-prima", tenho a certeza de que Jorge Jesus seria uma das suas primeiras escolhas. Possivelmente, o primeiro seria Bielsa, devido às raízes (sul-)americanas de ambos mas se fosse português... Jesus seria, definitivamente, o Paul Atreides de "Dune".
É verdade que "Dune", o melhor filme de sempre jamais visto, nunca chegou a ser realizado por Jodorowsky mas isso deveu-se apenas a um "pormenor": o dinheiro. Ou a falta dele. Quando o amigo produtor francês de Jodorowsky andou a apresentar o guião e o projecto de "Dune" aos grandes estúdios de Hollywood, todos - sem excepção - torceram o nariz e responderam negativamente porque não confiaram em Jodorowsky. Achavam-no demasiado "louco" e demasiado "ambicioso".
"Mas eu tenho ambição. Por que não ter ambição? Porquê? Tenham a maior ambição possível. Querem ser imortais? Lutem para ser imortais. Façam-no! Querem fazer a arte ou o filme mais fantásticos? Tentem! Se falharem, isso não importa. É preciso tentar."
Jodorowky, no documentário "Jodorowsky's Dune", de 2013.
Bruno de Carvalho é "louco" e ambicioso como Jodorowsky mas conseguiu - para já - aquilo que o realizador chileno não conseguiu: dinheiro para contratar o seu "guerreiro", Jorge Jesus.
Vamos ter filme.
Bruno de Carvalho é um louco.
Nos inícios dos anos 70, surgiu no panorama cinematográfico mundial um realizador chileno totalmente desconhecido e completamente alucinado, chamado Alejandro Jodorowsky. Alejandro não percebia nada de cinema, não nasceu no meio, não conhecia ninguém, não era um "notável" de Hollywood, e, após uns anos envolvido no teatro, resolveu realizar um par de filmes que, para a altura, eram considerados verdadeiras obras-primas ou algo que merecia ser banido.
Apesar de tanta polémica, Jodorowsky viu ser reconhecido o seu trabalho em França, onde um produtor local apostou nele e disse-lhe que o apoiaria na realização e produção do seu próximo filme, fosse qual fosse o tema. Jodorowsky escolheu realizar um filme de ficção científica, baseado no livro "Dune", de Frank Herbert. Diz ele que queria fazer de "Dune" um filme que criasse nos seus espectadores o mesmo efeito que a droga LSD produzia nos seus consumidores. eheh. Após o épico "2001 - Odisseia no Espaço", "Dune" prometia ser o maior filme de sempre de ficção científica e, mais que um filme, uma verdadeira experiência de vida. O espiritual Jodorowsky resolveu começar a procurar os seus "guerreiros", pessoas que ele sentisse que estariam verdadeiramente com ele, de corpo e alma, preparados para realizar a obra-prima de uma geração.
Contactou os melhores actores da altura e os melhores "experts" de desenho e efeitos especiais e conseguiu convencê-los a participar nessa aventura. Salvador Dali, Orsow Wells, Mick Jagger, Pink Floyd, Jean Giraud, aka Mœbius (um dos melhores artistas de banda-desenhada de sempre), entre outros, aceitaram o desafio de Jodorowsky. Outros ficaram de fora. Por exemplo, conta o realizador chileno que, quando se deslocou a Hollywood para se encontrar com Douglas Trumbull, o responsável pelos brilhantes efeitos especiais de "2001 - Odisseia no Espaço", de imediato sentiu que este não tinha espírito de "guerreiro" suficiente para embarcar no seu exército. Enquanto discutiam o projeto, Trumbull atendeu o telefone um par de vezes, demonstrando que não estava assim tão interessado no que Jodorowsky dizia. "Falava de si com muita vaidade", disse Jodorwosky. "Não posso trabalhar consigo", disse Jodorowky ao melhor especialista de efeitos especiais, passe a redundância, dos anos 70.
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O maior filme de sempre que nunca saiu do papel. |
O maior erro de Bruno de Carvalho não foi ter despedido Marco Silva. O maior erro dele foi o ter contratado por quatro anos. Marco Silva não era um "guerreiro" de Bruno de Carvalho, era simplesmente um profissional vaidoso. Leonardo Jardim, apesar de todo o seu profissionalismo, não é(ra) vaidoso. Possivelmente, não assimilava tudo o que BdC pretendia mas nunca colocou o Sporting acima dele e da sua posição de (mero) treinador.
Se Jodorowsky fosse um presidente de um clube de futebol e quisesse construir uma equipa "obra-prima", tenho a certeza de que Jorge Jesus seria uma das suas primeiras escolhas. Possivelmente, o primeiro seria Bielsa, devido às raízes (sul-)americanas de ambos mas se fosse português... Jesus seria, definitivamente, o Paul Atreides de "Dune".
É verdade que "Dune", o melhor filme de sempre jamais visto, nunca chegou a ser realizado por Jodorowsky mas isso deveu-se apenas a um "pormenor": o dinheiro. Ou a falta dele. Quando o amigo produtor francês de Jodorowsky andou a apresentar o guião e o projecto de "Dune" aos grandes estúdios de Hollywood, todos - sem excepção - torceram o nariz e responderam negativamente porque não confiaram em Jodorowsky. Achavam-no demasiado "louco" e demasiado "ambicioso".
"Mas eu tenho ambição. Por que não ter ambição? Porquê? Tenham a maior ambição possível. Querem ser imortais? Lutem para ser imortais. Façam-no! Querem fazer a arte ou o filme mais fantásticos? Tentem! Se falharem, isso não importa. É preciso tentar."
Jodorowky, no documentário "Jodorowsky's Dune", de 2013.
Bruno de Carvalho é "louco" e ambicioso como Jodorowsky mas conseguiu - para já - aquilo que o realizador chileno não conseguiu: dinheiro para contratar o seu "guerreiro", Jorge Jesus.
Vamos ter filme.
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27 de julho de 2014
Campeonato da Lego
O "brinquedo" do Sporting - e do Marco Silva -, isto é, a equipa e plantel do Sporting, fazem-me lembrar aquela gama mais avançada da Lego, a "Technic". Isto é só mesmo para quem tem paciência e percebe do assunto. Não há peças vistosas, autocolantes fluorescentes, peças soltas, nada. Há "parafusos", muito trabalho e um brinquedo que só funciona se todas as peças estiverem correctamente encaixadas. Uma seca do caralho para os fãs de brinquedos Lego que "cospem fogo" mas o sonho molhado do Freitas Lobo. Um brinquedo que, tacticamente, é perfeito. Não é um brinquedo para ser "brincado" mas para ser exposto, dentro de uma redoma de vidro, numa mesa gigante na cave de um Lego-lover hardcore, tipo o pai que aparece no final do filme "The Lego Movie", e ser apreciado pelos Sportinguistas. Com um sinal bem visível, dizendo "POR FAVOR, NÃO MEXER". Uma máquina perfeita. Não sofre, marca golos e ganha jogos.
Os adeptos benfiquistas são meninos mimados. Andaram anos e anos a receber brinquedos da Lego - daqueles mesmo da Lego!, não eram cópias baratas - e não eram aquelas caixas pequeninas, tipo uma nave espacial de apenas um lugar ou um cowboy em cima de um cavalo, não, eram mesmo a nave inteira do Star Wars - Yoda e Darth Vader incluídos - ou o forte dos cowboys e uma tribo completa de índios. Jorge Jesus e, por consequência, os adeptos benfiquistas, eram uns miúdos privilegiados - se perdessem uma peça numa ida à praia (leia-se "pré-época") ou à montanha (leia-se "mercado de inverno"), o papá (leia-se "Luís Filipe Vieira") tratava logo de lhes arranjar uma peça que encaixasse - e durante estes cinco anos, sempre brincaram com peças Lego dos conjuntos mais caros que há à venda. Naves espaciais, barcos de piratas, fortes de cowboys, castelos, não faltou nada a Jorge Jesus. Mesmo assim, só em dois anos de cinco é que conseguiram completar, até à última peça, aquilo que aparecia no desenho da caixa... Burros do caralho. lol.
Durante cinco anos, os adeptos do Benfica andaram a cantar, alegremente, o "Everything is Awesome", como faziam os personagens do mundo Lego no "The Lego Movie" mas, infelizmente ;(, parece que, a cada dia que passa, mais e mais benfiquistas começam a aperceber-se que o mundo onde vivem, não passa de uma ilusão manietada pelo "Lord Business" (LFV)...
Quero ver como é que o JJ se vai safar esta época com peças Lego "do chinês", daquelas que, para as conseguirmos encaixar, temos de lhes dar com o martelo. Se o homem conseguir ser campeão com peças da Lego falsificadas... pinto a cara de preto e mudo de país. (e de clube. What?!?)
Já o Porto... não sei. Ainda não sei se estas peças Lego que Lopetegui e C.ia (leia-se Jorge Mendes e Doyen Group) foram buscar, são ou não peças dinamarquesas ou "do chinês". Vamos ter um vislumbre do que será este novo "brinquedo" de Pinto da Costa quando se jogar a importantíssima eliminatória da Liga dos Campeões, já em agosto. Iremos, então, perceber se estas peças encaixam perfeitamente umas nas outras ou se vão ficar "emperradas", à espera de alguém que saiba ler correctamente as instruções. (ou à espera que em janeiro se possa trocar as peças defeituosas).
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O Sporting de Marco Silva não é para brincadeiras |
Os adeptos benfiquistas são meninos mimados. Andaram anos e anos a receber brinquedos da Lego - daqueles mesmo da Lego!, não eram cópias baratas - e não eram aquelas caixas pequeninas, tipo uma nave espacial de apenas um lugar ou um cowboy em cima de um cavalo, não, eram mesmo a nave inteira do Star Wars - Yoda e Darth Vader incluídos - ou o forte dos cowboys e uma tribo completa de índios. Jorge Jesus e, por consequência, os adeptos benfiquistas, eram uns miúdos privilegiados - se perdessem uma peça numa ida à praia (leia-se "pré-época") ou à montanha (leia-se "mercado de inverno"), o papá (leia-se "Luís Filipe Vieira") tratava logo de lhes arranjar uma peça que encaixasse - e durante estes cinco anos, sempre brincaram com peças Lego dos conjuntos mais caros que há à venda. Naves espaciais, barcos de piratas, fortes de cowboys, castelos, não faltou nada a Jorge Jesus. Mesmo assim, só em dois anos de cinco é que conseguiram completar, até à última peça, aquilo que aparecia no desenho da caixa... Burros do caralho. lol.
Durante cinco anos, os adeptos do Benfica andaram a cantar, alegremente, o "Everything is Awesome", como faziam os personagens do mundo Lego no "The Lego Movie" mas, infelizmente ;(, parece que, a cada dia que passa, mais e mais benfiquistas começam a aperceber-se que o mundo onde vivem, não passa de uma ilusão manietada pelo "Lord Business" (LFV)...
Quero ver como é que o JJ se vai safar esta época com peças Lego "do chinês", daquelas que, para as conseguirmos encaixar, temos de lhes dar com o martelo. Se o homem conseguir ser campeão com peças da Lego falsificadas... pinto a cara de preto e mudo de país. (e de clube. What?!?)
Já o Porto... não sei. Ainda não sei se estas peças Lego que Lopetegui e C.ia (leia-se Jorge Mendes e Doyen Group) foram buscar, são ou não peças dinamarquesas ou "do chinês". Vamos ter um vislumbre do que será este novo "brinquedo" de Pinto da Costa quando se jogar a importantíssima eliminatória da Liga dos Campeões, já em agosto. Iremos, então, perceber se estas peças encaixam perfeitamente umas nas outras ou se vão ficar "emperradas", à espera de alguém que saiba ler correctamente as instruções. (ou à espera que em janeiro se possa trocar as peças defeituosas).
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10 de maio de 2014
Reino da águia
O que é que eu penso sobre o momento e o futuro do Sporting? É difícil, perante tanta informação e contra-informação, perspectivar o que será a próxima época do Sporting. No final da época passada, todos - mas mesmo todos! - esperavam que nos batêssemos pelo 3º ou 4º lugar, pois os dois primeiros seriam, inevitavelmente, Porto e Benfica. Acabámos em 2º e, como disse o Adrien, não estivemos até ao fim a lutar pelo título porque aconteceram algumas coisas.
O presidente diz que, para a próxima época, somos assumidamente candidatos ao título desde o início; o treinador diz que "é preciso criar condições" para tal. Ora bem, vou dizer o que eu penso.
O maior candidato a ser campeão na próxima época é o Benfica. E o Porto será o maior candidato ao 2º lugar - aquele que dá acesso directo à Liga dos Campeões -, com o Sporting na espreita, como esteve esta época. Perante todos os factos, não consigo antever mais nada. Não sabemos quem fica, quem sai, se LJ fica, se sai... só nos resta aguardar.
A dinastia do Porto acabou. E como já disse em posts anteriores, não foi nesta época que acabou. As vitórias de pirro da última época e mesmo da anterior, ocultaram a podridão que invadiu o reino do Dragão. O Flopetegui só veio para o Porto porque era barato e porque já não há 18 milhões para pagar por um Danilo qualquer. Agora é tempo de ir às sobras do Barcelona e Real Madrid B.
Não tenham dúvidas: morte ao Dragão, longa vida à águia!
Que sorte que a Benfica TV teve... no ano em que se torna "paga" e transmite os jogos do clube em sinal fechado, eis que JJ consegue o impossível e alcança o "tetra"...! Não será alheio o pormenor de a Marktest (ou alguém usando este nome) andar a telefonar aleatoriamente (?) aos portugueses, com a desculpa de estar a fazer um estudo de mercado, e andar a perguntar se eu admitiria subscrever uma "nova" Benfica TV caso esta tivesse outra designação, tipo "Footv" ou algo do género.
O império de Luís Filipe Vieira alcançou a velocidade de cruzeiro. Ainda que a mais recente campanha de angariação de sócios - onde enviaram 4,5 milhões de folhetos pelo correio - mais pareça uma desesperada acção de "spam", destinada a angariar "guito" junto dos benfiquistas, pois o Banco de Portugal mandou fechar a "torneira" dos bancos aos clubes de futebol, é inegável assumir que o reino da águia está a ocupar, se é que já não ocupou, o lugar que durante os últimos 30 anos era do Futebol Clube do Porto.
Importa referir a diferença entre Sporting e Benfica. Enquanto que, para se ser sócio do Benfica, apenas basta estar sentado em casa à espera de um folheto que caia na caixa do correio, nós, Sportinguistas, temos de ser nós, voluntariamente, a efectivar o acto. Sem pavillhão, sem a Caixa Geral de Depósitos a patrocinar, sem Câmaras a facilitar, sem a RTP a ajudar e sem o Governo a dar a mão, só nos resta a nós próprios, somente a nós, Sportinguistas, a ajudar a crescer o nosso grande amor, o nosso Sporting.
Missão Pavilhão, aqui.
(É muito fácil ser-se benfiquista.)
A propósito:
""Segundo os presidentes das colectividades e os proprietários, as Casas do Benfica vivem de resultados e se o Benfica não ganha, existe menos gente a vir ver o jogo e a comprar bilhetes. “No início da época foi alarmante. Chegámos a vender só cinco bilhetes para os jogos. Para este jogo vendemos 106”, adianta António Chaparro"
Presidente da Casa do Benfica de Samora Correia, na semana passada, no jornal regional, O Mirante.
A nossa esperança é que a notícia de hoje do L'Équipe seja verdadeira e que o Jorge Jesus já tenha mesmo assinado um pré-contrato com o Mónaco, aquele clube cujo director desportivo é um tipo chamado Luís Campos e que uma vez conseguiu treinar dois clubes na mesma época e onde ambos acabaram por descer de divisão. Ah, g'anda Jorge Mendes!
Só espero é que amanhã, em Alvalade, os Sportinguistas não batam palmas ao Marco Silva, tal como fizeram, há uns anos, ao Rúben Micael...
O presidente diz que, para a próxima época, somos assumidamente candidatos ao título desde o início; o treinador diz que "é preciso criar condições" para tal. Ora bem, vou dizer o que eu penso.
O maior candidato a ser campeão na próxima época é o Benfica. E o Porto será o maior candidato ao 2º lugar - aquele que dá acesso directo à Liga dos Campeões -, com o Sporting na espreita, como esteve esta época. Perante todos os factos, não consigo antever mais nada. Não sabemos quem fica, quem sai, se LJ fica, se sai... só nos resta aguardar.
A dinastia do Porto acabou. E como já disse em posts anteriores, não foi nesta época que acabou. As vitórias de pirro da última época e mesmo da anterior, ocultaram a podridão que invadiu o reino do Dragão. O Flopetegui só veio para o Porto porque era barato e porque já não há 18 milhões para pagar por um Danilo qualquer. Agora é tempo de ir às sobras do Barcelona e Real Madrid B.
Não tenham dúvidas: morte ao Dragão, longa vida à águia!
Que sorte que a Benfica TV teve... no ano em que se torna "paga" e transmite os jogos do clube em sinal fechado, eis que JJ consegue o impossível e alcança o "tetra"...! Não será alheio o pormenor de a Marktest (ou alguém usando este nome) andar a telefonar aleatoriamente (?) aos portugueses, com a desculpa de estar a fazer um estudo de mercado, e andar a perguntar se eu admitiria subscrever uma "nova" Benfica TV caso esta tivesse outra designação, tipo "Footv" ou algo do género.
O império de Luís Filipe Vieira alcançou a velocidade de cruzeiro. Ainda que a mais recente campanha de angariação de sócios - onde enviaram 4,5 milhões de folhetos pelo correio - mais pareça uma desesperada acção de "spam", destinada a angariar "guito" junto dos benfiquistas, pois o Banco de Portugal mandou fechar a "torneira" dos bancos aos clubes de futebol, é inegável assumir que o reino da águia está a ocupar, se é que já não ocupou, o lugar que durante os últimos 30 anos era do Futebol Clube do Porto.
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Vou preencher o meu com o nome "Jacinto Leite Capelo Rego" |
Importa referir a diferença entre Sporting e Benfica. Enquanto que, para se ser sócio do Benfica, apenas basta estar sentado em casa à espera de um folheto que caia na caixa do correio, nós, Sportinguistas, temos de ser nós, voluntariamente, a efectivar o acto. Sem pavillhão, sem a Caixa Geral de Depósitos a patrocinar, sem Câmaras a facilitar, sem a RTP a ajudar e sem o Governo a dar a mão, só nos resta a nós próprios, somente a nós, Sportinguistas, a ajudar a crescer o nosso grande amor, o nosso Sporting.
Missão Pavilhão, aqui.
(É muito fácil ser-se benfiquista.)
A propósito:
""Segundo os presidentes das colectividades e os proprietários, as Casas do Benfica vivem de resultados e se o Benfica não ganha, existe menos gente a vir ver o jogo e a comprar bilhetes. “No início da época foi alarmante. Chegámos a vender só cinco bilhetes para os jogos. Para este jogo vendemos 106”, adianta António Chaparro"
Presidente da Casa do Benfica de Samora Correia, na semana passada, no jornal regional, O Mirante.
A nossa esperança é que a notícia de hoje do L'Équipe seja verdadeira e que o Jorge Jesus já tenha mesmo assinado um pré-contrato com o Mónaco, aquele clube cujo director desportivo é um tipo chamado Luís Campos e que uma vez conseguiu treinar dois clubes na mesma época e onde ambos acabaram por descer de divisão. Ah, g'anda Jorge Mendes!
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O jornalista diz que o JJ já sabe falar "um pouco de francês". Ah, então era isso que ele tem vindo a falar nas flash-interviews! |
Só espero é que amanhã, em Alvalade, os Sportinguistas não batam palmas ao Marco Silva, tal como fizeram, há uns anos, ao Rúben Micael...
2 de fevereiro de 2014
Mais sereno que uma estátua da Ilha da Páscoa
No episódio “Remember When” dos Sopranos (temporada 6,
episódio 15), Junior Soprano, o homem a quem Tony Soprano tinha mais respeito que ao próprio pai, é colocado
num asylum, isto é, numa casa para velhotes com Alzheimer e coisas
parecidas, e das primeiras coisas que faz quando lá chega é organizar um jogo
de poker usando botões de camisas brancos e vermelhos como chips, vendendo
coca-colas e barras de chocolates aos participantes da jogatana (doentes psicóticos, sofredores de alzheimer, esquizofrénicos, etc) . Resquícios da sua vida de mafioso.
O Porto é o Junior dos Sopranos. Mesmo depois de Apitos Dourados, fruta,
cafézinhos, viagens ao Brasil, foguetes no estádio e cenas parecidas, a
tentação de começar um jogo decisivo da "Taça da Cerveja" três minutos depois de a partida do
adversário directo se ter iniciado é maior do que a vontade de um ex-alcoólico
russo em beber um shot de vodka na festa de aniversário do irmão. Está-lhes no
sangue.
Por outro lado, dá para aferir da reputação e credibilidade
que o Porto, apesar de dezenas e dezenas de títulos alcançados nos últimos
anos, conseguiu granjear. Três míseros minutos de atraso e ninguém,
Sportinguistas, Benfiquistas e mesmo alguns Portistas (o próprio Paulo Fonseca
admitiu que no Porto não há “anjinhos”…) consegue evitar pensar que houve algum
tipo de marosca, tramóia, trafulhice, chico-espertice ou… dolo no infame atraso
da equipa do Porto. Semeiam ventos, colhem tempestades. Mesmo que em copos d'água.
Entretanto, contratámos o Cristiano Ronaldo do Egipto e o
Nani de Cabo Verde. Hum, espera. Ok. Siga. Para vir o o Heldon, ‘tá na cara que um
dos extremos – Capel, Wilson Eduardo, Carrillo ou Mané - ‘tá de malas aviadas
para fora de Alvalade. Aceitam-se apostas. Pode ser em pesetas.
A grande questão é saber como é que o Shikabala (o melhor
nome de sempre de um jogador de futebol) e o Heldon se vão incorporar na
máquina oleada que o Jardim montou. Será que vamos assistir a um episódio dos
Simpsons em que chega um novo puto à escola primária de Springfield e que
ameaça roubar as gargalhadas que os colegas anteriormente dedicavam às partidas do
Bart Simpson ou, ao invés, assistiremos a uma assimilação do egípcio junto do
grupo leonino tão suave como a integração da Fanny numa festa no Elefante
Branco? Se o Shikabala tivesse assinado pelo Sporting em 2013, teria razões
para duvidar do seu sucesso em Alvalade. Mas ele assinou em 2014.
Isto para dizer que confio em Jardim. Jardim é aquele tipo
de pessoa que qualquer ex-combatente do Ultramar quereria ter como seu Furriel
numa noite quente de Janeiro de 1972, no Cafunfo, norte de Angola, enquanto se
ouvia gritos de “Morte ao branco!” a ecoar na escuridão da floresta. Confio na sua serenidade. O homem é
mais sereno que uma estátua da Ilha da Páscoa.
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Viram ali o olho a piscar?? :) |
Gostei muito de ouvir ontem, tanto o Paulo Fonseca como o
Jorge Jesus, no final dos seus jogos no Funchal e Barcelos, respectivamente, a queixarem-se
do “estado do relvado”. Aposto que o Joaquim Rita também achou piada. Ou não.
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